Pimentel falta a debate na Rede TV! e Pimenta questiona denuncias contra petista para lugar vazio

Tucano questionou sobre matéria da Revista "Isto é" sobre processo por improbidade contra o adversário

Foto: Reprodução Rede TV!

Aconteceu na noite deste domingo (21), mais um debate entre os candidatos ao governo de Minas Gerais, desta vez realizado pela Rede TV! e o iG e apresentado pela jornalista Amanda Klein.

Apenas 3 candidatos participaram do debate: Pimenta da Veiga (PSDB), Fidélis Alcântara (PSOL) e Tarcísio Delgado (PSB). O candidato do PT, Pimentel, também foi convidado, mas não compareceu, desmarcando por volta das 20 horas, alegando uma faringite.

Além dos candidatos que segundo a Lei Eleitoral tem o direito de participar, existem outros três candidatos ao governo do estado: Cleide Donária (PCO), Eduardo Ferreira (PSDC) e Professor Túlio Lopes (PCB).

A ausência de Pimentel, foi muito criticada pelos adversários, principalmente seu principal concorrente, Pimenta da Veiga.

O candidato Fernando Pimentel do PT, não compareceu
alegando recomendações médicas por uma faringite
Foto: Reprodução Rede TV!

No primeiro bloco, quando cada candidato pode escolher um dos candidatos para realizar uma pergunta, Fidélis escolheu Tarcísio que depois perguntou para Pimenta da Veiga. Na vez de Pimenta perguntar, no entanto, o candidato do PSDB, contestou a ausência de Pimentel. "Rouquidão não é razão para não vir. Eu mesmo não estou com a voz muito boa hoje" disse Pimenta e pediu para perguntar para o Candidato ausente, pois estava se sentindo prejudicado. Autorizado, Pimenta fez críticas e perguntou: "Lamentando a ausência de Fernando Pimentel, eu quero perguntar se sua ausência se deve as gravíssimas denuncias feitas este fim de semana pela revista Isto é? Se ele não veio para não responder a estas denuncias? São fatos graves que merecem respostas. Eu mesmo tinha denuncias a fazer aqui. Lamento muito a ausência dele porque alguém que prega o diálogo está fugindo ao debate, isto não é bom para a democracia, uma profunda incoerência política que não fica bem sobretudo nas tradições de Minas" disse.

Além do confronto direto, os candidatos responderam perguntas de jornalistas do iG, da Rede TV! e do jornal O Tempo.

O primeiro a perguntar, foi o jornalista Rodrigo Cabral, da Rede TV! que questionou a Pimenta da Veiga, sobre as acusações de que ele tenha mais negócios e bens em Goias e não em Minas Gerais. Pimenta respondeu que não estava fora de Minas e sim da Mídia, que sempre esteve em Belo Horizonte trabalhando como advogado e frequentando os lugares de sempre.

O diretor de jornalismo do iG, Rodrigo Almeida, perguntou para Tarcísio Delgado se sua candidatura pelo PSB não seria um improviso, após a desistência de Márcio Lacerda, atual prefeito de Belo Horizonte e indicação de seu filho o Deputado Federal Júlio Delgado. O candidato respondeu que não era o candidato de seu filho, que foi escolhido por Eduardo Campos. "Eduardo Campos me chamou a Brasília e disse que precisava em Minas de alguém que empunhasse a sua bandeira. Se o prefeito da capital não quer ser candidato, se vai trair o partido e votar contra o partido, eu estou as suas ordens”, disse.

A jornalista, Carla Kreefft, do jornal O Tempo, perguntou para o candidato Fidélis Alcântara, sobre a possível demissão de servidores e aposentados da chamada "Lei 100" após ser considerada inconstitucional pelo STF. Alcântara disse que a primeira coisa a ser feita é a realização de concurso público com pontuação diferenciada para os servidores que estão na "Lei 100". O comentário da resposta, ficou por conta de Pimenta da Veiga que disse que esta lei existe em 4 estados e só em Minas, ela foi considerada inconstitucional por causa de denuncias da oposição. Ele também não descartou a proposta de Fidélis em relação de concurso público, mas disse que precisa ser visto a inconstitucionalidade.

O terceiro e quarto blocos foram dedicados a perguntas dos jornalistas e no quinto bloco os candidatos fizeram suas considerações finais:

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Tarcísio Delgado: "Mineiros, meditem comigo. Meditem um pouquinho comigo. Nós ficamos já alguns anos, vários anos, com um partido governando Minas Gerais. E outro partido governando o Brasil. Adversários ferrenhos. Parece briga de galo, entre um e outro. E o estado perdendo com isso. Não tem uma grande obra em Minas. Nós ficamos brigando, ‘ele é culpado’, ‘não, ele …’. É um jogo de empurra, na verdade, e as coisas não avançam. Então, mineiros, pensem duas vezes. Vamos fazer com que possa ter sintonia do governo de Minas com o governo federal. Essa sintonia só traria bons resultados para Minas Gerais. Esse trabalho harmônico entre o governo do estado e o governo federal. Por isso, nós estamos tão empenhados na eleição de Marina para presidente da República. Marina eleita, nós teremos uma fraternidade, nós teremos uma solidariedade, nós teremos sintonia fina para fazer com que Minas Gerais volte a ser Minas, ela que deixou de ser Minas já há alguns anos e tem sofrido tanto com tudo o que nós temos visto aí neste estado querido, onde nossas realidades são completamente diferentes de alguns anos antes. Eu fico muito agradecido e fico feliz por estar aqui."

Foto: Reprodução Rede TV!

Fidélis Alcântara: "Primeiro, quero agradecer você que está em casa, a você que nos acompanhou. Agradecer também a todos os trabalhadores e trabalhadoras que colocaram este programa no ar e estão aqui até esta hora, e você aí de casa também. Muito obrigado. Eu lamento que, infelizmente, nenhuma das candidaturas apresentou um debate de ideias. Nós apresentamos nossas propostas, nós colocamos nossa postura, mas ninguém fala nada. Nós falamos sobre a dívida do estado, ninguém falou nada. Nós falamos um pouco sobre educação, mas gostaríamos de falar muito mais. Então, eu convido vocês a conhecerem um pouco da nossa campanha, no fidelis50.com, que é o nosso site, e também amanhã, às 19h, na Praça da Igreja da Boa Viagem, onde a gente faz um comitê aberto, todo mundo pode participar. Nós precisamos, inclusive, aprofundar o debate em diversos temas, como a questão da privatização do Mineirão, dos barraqueiros do Mineirão, de outras questões da saúde, educação, segurança, mobilidade, que infelizmente não tivemos oportunidade de debater aqui também. Convido vocês, que é muito importante, a conhecerem os candidatos da Frente Esquerda Socialista, do PSOL, do PSTU, que é o 50 ou o 16, para deputado federal ou estadual. É muito importante que elejamos parlamentares comprometidos com uma nova política. Vocês podem ver que os três partidos que estariam aqui representados, recebem financiamento de campanha de grandes empresas. Nós não recebemos. Então, te convido também a conhecer Geraldo Batata, nosso senador, 161, e Fidélis 50, no dia 5. Rumo ao segundo turno. Obrigado."

Foto: Reprodução Rede TV!

Pimenta da Veiga: "Eu quero agradecer muito, Amanda, a você, à direção da Rede TV, e quero agradecer, sobretudo, ao telespectador que ficou até essa hora, minha amiga, meu amigo, nos assistindo. Muito obrigado. Espero que o debate tenha sido útil para comparação. Mas quero pedir licença aos demais candidatos e dizer que, na verdade, a eleição está se polarizando entre o nosso nome e o candidato ausente do PT. É sobre isso que Minas vai ter que decidir. Então são dois modelos. Um é o modo PT de governar. Fique atento a isso. A decisão, daqui a 15 dias é isso. Ou nós vamos continuar em Minas a transformação iniciada há 12 anos, onde, em 12 anos de governo, não se apontou um escândalo na Cemig, na Copasa, nas secretarias. Um governo austero e que fez muito. Asfaltou milhares de quilômetros, cuidou bem da saúde, da educação, da segurança pública. E o jeito PT de governar, este que é um escândalo atrás do outro. Agora, até os índices do IBGE estão sendo modificados. É grave, é muito grave. Será que Minas quer, para o nosso estado, o modelo da Petrobras, por exemplo, para administrar a Cemig e a Copasa? Empresas que nós temos tanto carinho. Portanto, a decisão é sua, está chegando o dia."

Confira abaixo os vídeos disponibilizados pelo Canal RedeTVHD no youtube: