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    quarta-feira, 23 de julho de 2025

    Ex-deputado Fernando Pacheco desmascara fake news e ataques durante campanha eleitoral

    Político revela bastidores da eleição de 2024 e aponta graves deficiências na saúde, segurança e infraestrutura de Cataguases


    O ex-deputado estadual Fernando Pacheco concedeu entrevista ao Podcast Pod-Opinar, apresentado pelo Pastor e comunicador Rogério Linhares em Leopoldina, onde esclareceu polêmicas surgidas durante a campanha eleitoral de 2024. O político negou as alegações que circularam nas redes sociais e aproveitou para fazer uma análise crítica da situação atual de Cataguases.


    Durante a conversa, Pacheco fez questão de esclarecer boatos que circularam durante o período eleitoral. "Eu falo olhando dentro dos seus olhos, você como pastor, pastor Rogério, que eu, como cristão, eu nunca traí a ninguém, muito menos da minha família. Como que eu iria olhar para o meu filho?", declarou o ex-deputado ao se referir às fake news sofridas onde postagens maldosas em redes sociais davam conta de que ele teria traido sua esposa. Segundo ele, as acusações afetaram sua vida familiar, causando instabilidade em seu casamento de 20 anos que culminou com a separação. "Eu jamais fiz isso nem com namoradas minhas. Vou fazer isso com a minha esposa, até então, mãe dos meus filhos? Jamais! é um princípio de vida que eu prezo. É ser cristão na prática, não só no discurso."


    Pedido de voto para Lula gerou polêmica durante a campanha


    Um dos principais alvos dos ataques foi um vídeo em que Pacheco pede voto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O político explicou que o apoio ao petista no segundo turno de 2022 foi uma decisão partidária. Segundo ele, não pretendia manifestar apoio para nenhum dos lados, pois mantém eleitores tanto de direita quanto de esquerda, mas, quando ficou sem partido após a extinção do PHS, resolveu se filiar ao PV. Na época, o partido ainda não fazia parte da Federação que uniu PV, PT e PC do B, pois isso só aconteceu após passado o período da janela eleitoral.

    Para ter ajuda com estrutura de campanha junto ao PV, a condição era que ele manifestasse o apoio pelo menos no segundo turno, o que ele precisou fazer. Pacheco esclareceu que sua posição política é mais centrista. Para demonstrar isso, ele reafirmou posicionamentos conservadores em temas como aborto, ideologia de gênero nas escolas e liberação das drogas, sendo contra todas essas pautas. O ex-deputado destacou que honrar a palavra empenhada faz parte de seu caráter, mesmo quando isso pode gerar interpretações equivocadas. "Eu não sei roer corda, quando eu dou a minha palavra eu vou até o final", complementou 

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    Questionamentos sobre estratégias utilizadas na campanha


    Além das alegações pessoais, Pacheco afirmou ter recebido mais de seis notificações do Ministério Público durante o período eleitoral. Segundo ele, os processos eram parte de uma estratégia para causar desgaste. 

    O político mencionou casos específicos, como o do comandante do Corpo de Bombeiros, que foi processado por ter recebido um caminhão doado por Pacheco fora do período eleitoral. "Esse tipo de político não pode prevalecer. Ele tem que prevalecer pelo sucesso próprio", comentou sobre o que considera ser um modelo coronelista de política.

    Hospital de Cataguases: estrutura subutilizada

    Ao comparar a gestão pública de Cataguases com a de Leopoldina, Pacheco apontou graves deficiências no sistema de saúde local. O Hospital de Cataguases, que possui 13 andares e é considerado o oitavo em área construída no estado, opera muito abaixo de sua capacidade. Segundo o ex-deputado, faltam médicos pediatras, UTI neonatal e neurocirurgiões, além de problemas básicos como escassez de lençóis e medicamentos.

    Pacheco criticou a falta de planejamento da gestão municipal, contrastando com Leopoldina, que em breve terá UTI neonatal. "Isso tudo para mim, é má gestão, é falta de previsibilidade nas prioridades. [...] O político, tem plano de saúde, né? Geralmente a Assembleia paga um bom plano, geralmente um prefeito tem um bom plano. Mas e o cidadão?", questionou o ex-deputado. Para ele, essa situação deixa a cidade vulnerável em casos de emergências médicas graves.

    Infraestrutura urbana em estado precário

    A questão da infraestrutura também foi abordada de forma crítica pelo ex-deputado. Ele mencionou problemas como a falta de iluminação pública, árvores sem poda e sujeira acumulada em diversos pontos da cidade. Pacheco citou especificamente a região do Bandeirantes e o canteiro da Guido Marliere como exemplos da má conservação urbana em Cataguases.

    Pacheco também criticou a situação da rodoviária municipal, que segundo ele não oferece condições adequadas aos usuários. "A rodoviária de Cataguases é um dos piores exemplos da má gestão pública em Cataguases", afirmou. O ex-deputado lembrou que existe um prédio na Taquara Preta que foi comprado para ser uma nova rodoviária, mas que permanece abandonado.

    Problemas estruturais ainda sem solução

    Entre os problemas crônicos da cidade, Pacheco destacou a Ponte de Sinimbu, que está destruída há oito anos. A situação obriga moradores a fazer um desvio de quase 10 quilômetros para atravessar o rio, prejudicando especialmente os viveiristas da região. Alguns comerciantes estão considerando mudar para Dona Eusébia devido às dificuldades de transporte de mercadorias.

    O ex-deputado também criticou o acordo com a Copasa para fornecimento de água e tratamento de esgoto. Segundo ele, Cataguases cerca de 90% da conta de água sem que o esgoto seja adequadamente tratado, enquanto outras cidades da região, como Leopoldina, não assinaram contratos similares e buscaram recursos federais para construir suas próprias estações de tratamento.

    Promessas eleitorais não cumpridas

    Pacheco denunciou que várias promessas feitas durante a campanha eleitoral não foram cumpridas. Entre elas estão os 37 milhões prometidos para o hospital, a canalização do córrego Lava-Pés, o fim dos alagamentos na Avenida Astolfo Dutra e a criação de um restaurante popular. Segundo ele, essas promessas fazem parte de um padrão de comportamento político que se repete a cada eleição.

    O ex-deputado criticou o modelo de gestão que concentra obras apenas em períodos eleitorais, deixando a cidade estagnada nos demais momentos. Ele observou que as obras realizadas durante a última campanha já apresentam sinais de deterioração, sem que haja garantias ou reparos adequados. Para Pacheco, esse ciclo reflete "toda essa pobreza política da região".

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    Comparação com cidades vizinhas


    Durante a entrevista, Pacheco fez questão de contrastar a situação de Cataguases com a de Leopoldina, destacando os avanços da cidade vizinha. Ele destacou melhorias no transporte urbano, infraestrutura, geração de emprego e renda, além de investimentos em tecnologia.

    Pacheco observou que Cataguases possui um orçamento significativo, valor superior ao de Leopoldina. Mesmo assim, a cidade não consegue oferecer serviços públicos de qualidade equivalente.

    Preocupação com a política atual


    Fernando Pacheco demonstrou preocupação com o modelo político que prevalece na região. Ele defendeu que os políticos devem crescer através de propostas eficazes e resultados concretos, não através de ataques pessoais aos adversários. O ex-deputado ressaltou sua experiência de 36 anos na administração pública, incluindo passagens pela Secretaria de Finanças e Saúde, além dos mandatos como vereador, presidente da Câmara e deputado estadual. "Comigo é a coletividade em primeiro lugar, não é o setor pessoal, eu trabalho em cima do meu conhecimento de trinta e seis anos na prefeitura", disse.

    O ex-deputado está trabalhando na prefeitura,  onde é servidor de carreira, porque o atual prefeito não aceitou seu pedido de licença sem vencimentos para ser acessor na ALMG em Belo Horizonte,  revelou.

    Pacheco encerrou fazendo um apelo por uma política mais madura e propositiva, que coloque os interesses da coletividade acima de projetos pessoais de poder. Para ele, apenas dessa forma será possível superar os problemas crônicos que afetam Cataguases e outras cidades da Zona da Mata mineira.

    Para assistir o podcast na íntegra clique aqui.

    Por Mídia Mineira.

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