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    quarta-feira, 10 de maio de 2023

    A Princesinha e o complexo de inferioridade - Coluna de Silvio Ricardo

    Silvio Ricardo
    Empresário, graduado em História, diretor na UAMC e militante de causas sociais.

    A Princesinha e o complexo de inferioridade

    Só a cidadania participativa pode resgatar o respeito de nossa cidade.

    Ainda que tenha memoria um tanto fraca, recordo-me dos tempos em que CATAGUASES era tida e havida como A PRINCESINHA DA ZONA DA MATA.O título de nobreza era largamente utilizado nos discursos eleitoreiros pela imensa maioria de nossas lideranças, lideranças estas que não honraram e pouco atuaram no sentido de manter a titularidade.  

    Curiosamente a decadência da PRINCESINHA até se confunde com a situação da ZONA DA MATA, outrora protagonista em MINAS GERAIS e atualmente, segunda região com pior ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DE MINAS GERAIS.

    Lamentavelmente, a PRINCESINHA vem ao longo dos sucessivos anos perdendo protagonismo na região e lentamente nosso povo vem se acostumando e cristalizando o sentimento de PERDER.  Deste modo, não temos SUPERITENDENCIA REGIONAL DE ENSINO, GERENCIA REGIONAL DE SAUDE, BATALHAO POLICIA MILITAR, ou DELEGACIA SECCIONAL, perdemos até a sede do CIRCUITO SERRAS E CACHOEIRAS, importante ferramenta para fomentar o TURISMO, uma das indústrias que mais cresce no planeta.  Sabemos o tamanho e o potencial que pode ser explorado no TURISMO em CATAGUASES, considerando nosso acervo HISTÓRICO, ARQUITETONICO, ARTISTICO.

    Cataguases é a segunda maior arrecadação dos cento e quarenta e quatro municípios da ZONA DA MATA e somos sede de importantes empresas no cenário nacional. Desenvolvemos, com extrema competência, cadeias produtivas como a indústria dos BISCOITOS, TEXTIL, RECICLAGEM DE PLASTICOS – polímeros.  Nosso comercio é vigoroso e exercemos liderança em nossa micro região.

    Enfim, somos uma terra fértil, entretanto, e como é sabidamente obvio, é preciso do LAVRADOR.  E nossa CATAGUASES, também tem esta peculiaridade, basta recorrermos ao passado e lembrarmos de DR NORBERTO CUSTODIO FERREIRA, SEVERINO PEREIRA DE ARAUJO, JOSE INACIO PEIXOTO, entre tantos. No presente   temos grandes empreendedores locais, vejamos os cases de sucesso do SICOOB COPEMATA, SUPERMERCADO MORAIS, etc.  Inquestionavelmente percebemos que, no que compete a iniciativa privada, vamos muito bem, somos EXCELÊNCIA, até mesmo sem a atuação do PODER PUBLICO, seja LEGISLATIVO OU EXECUTIVO.

    Ainda assim, insistimos em não crescer, optamos por pavimentar e trafegar a estrada na contramão do desenvolvimento até porque nos falta LIDERANÇAS. Lideranças que não estejam comprometidas com seus limitados projetos de PODER PESSOAL ou extensivo a um pequeno grupo que habita a mesma bolha. A tal bolha que ofusca a razão de nossos gestores e/ou legisladores e constrói muros onde deveriam serem edificados filtros para aguçar, para despertar a sensibilidade para a percepção da necessidade de construção de POLITICAS PUBLICAS.

    Reiteradamente delegamos poderes, através das urnas eleitorais, a uma classe política local, extremamente limitada e que apenas se capacita a praticar o exercício de captar MIGALHAS DO BANQUETE das chamadas EMENDAS PARLAMENTARES.  Deste modo   não desenvolvemos projetos ou nos habilitamos em programas consistentes de desenvolvimento.  Nos contentamos e comemoramos o MÍNIMO.  E, como cita o dito popular, O BOM É INIMIGO DO ÓTIMO, DO MELHOR, DA EXCELENCIA.

    É imprescindível despertar o gatilho da conscientização popular, do efetivo exercício da cidadania participativa para que deixemos de nos portar como massa de manobra de políticos que só tem o MÍNINO a nos OFERECER, até porque temos potencialidades para VOAR e estamos, tristemente, optando pelo NAUFRÁGIO.

    Nosso município carece de convergência entre nossas lideranças, entre o poder executivo e legislativo, tal qual nossa vizinha LEOPOLDINA tem praticado nos últimos anos. Homens públicos focados na próxima GERAÇÃO e não na próxima GESTAO-ELEIÇÃO.

    Temos que resgatar o RESPEITO por nossa cidade, uma grande campanha para que possamos voltar a ser A PRINCESINHA DA ZONA DA MATA, sem complexos.


    ATENÇÂO: A opinião dos colunistas não reflete necessáriamente a opinião do Site Mídia Mineira.

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