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    quarta-feira, 10 de setembro de 2014

    "Cataguases não tem condições de ter empresas" diz empresário que está deixando o município

    O empresário português do ramo de café, Sr. Luis Moniz, usou a tribuna da Câmara na noite desta terça-feira (9), para manifestar sua indignação com a fiscalização da Vigilância Sanitária em Cataguases, o que teria tornado seu negócio inviável no município.

    Segundo o empresário, ele já está há 10 anos no município onde estabeleceu a sede de sua empresa que completou 20 anos em 2012, o Kaza Coffee, e que por questões de desacordo com a vigilância Sanitária, não consegue renovar seu alvará sanitário desde 2013, por causa de exigências como mudar a cor das paredes e do teto, para branco, contrariando o padrão de cor da empresa que é laranja entre outras coisas. Ele falou que se sente perseguido, pois segundo ele, sua marca hoje, é líder em Minas Gerais em qualidade, higiene e limpeza, atingindo 97% de pureza, conforme comprovante do CETAC (Centro Técnico de Avaliação de Café), mas mesmo assim, não consegue se adequar as exigências da vigilância sanitária em Cataguases e que a fiscalização da Vigilância Sanitária estaria tirando seu produto das prateleiras dos supermercados.

    O empresário falou que no ano passado, faturou cerca de R$ 1,3 milhões e que pagou mais de R$ 30 mil de ICMS. Seu objetivo para 2020, será alcançar um faturamento de R$ 500 milhões pois hoje trabalha apenas com café, mas que pretende produzir azeite, óleo de amendoim entre outras coisas.

    O motivo para se manifestar na tribuna da Câmara, foi para comunicar aos vereadores que estará deixando o município no próximo mês e levará a sede da empresa para São Sebastião da Vargem Alegre, pois encontrou o apoio que necessitava. "Cataguases não tem condições de ter empresas" disse o empresário que fará também este comunicado ao prefeito Cesinha Samor, em uma reunião na próxima sexta-feira (12) às 14 horas.

    Segundo ele, a própria vigilância sanitária de Cataguases não segue as normas que impõe as empresas, pois quando precisou ir no escritório da mesma, não encontrou no banheiro itens como toalha de papel, sabonete e papel higiênico, exigidos as empresas e que "nunca viu tanta porcaria" como as que viu na própria vigilância sanitária, as quais fotografou.

    O Sr. Luis Moniz, disse que se sente triste, porque sua esposa é cataguasense, mas que além de sua empresa, outras duas ou três, estarão retirando sua sede do município, que viu vereadores dizerem que o município precisa de mais empregos e que um dos motivos de usar a tribuna seria justamente para alertar ao legislativo para que estes problemas não aconteçam com outras empresas.

    O empresário ressaltou que não necessita de nenhum incentivo, apenas condições de trabalho, que sua marca levava o nome de Cataguases para fora do país e perguntou: Quantas marcas de produtos são de Cataguases hoje?

    Os vereadores receberam a notícia em clima de pesar e o presidente da Câmara, Fernando Pacheco, chegou a pedir desculpas pela ineficiência administrativa do município e disse que embora trabalhe na Secretaria de Indústria e comércio, não ficou sabendo do que estava ocorrendo, mas tanto ele como outros, se dispuseram a acompanhar a reunião com o prefeito Cesinha Samor na sexta-feira para tentar reverter a situação. 

    *Com fotografias de Rafael Guedes/Mídia Mineira
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