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    segunda-feira, 26 de agosto de 2013

    Senador Boliviano Roger Pinto Molina que fugiu para o Brasil diz que quer reconstruir sua vida


    Após 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia, o senador de oposição Roger Pinto Molina, de 53 anos, disse neste domingo (25) à Agência Brasil que sonha em reencontrar a família, reconquistar a liberdade e reconstruir a vida. Sofrendo de cálculo renal e demonstrando sentimentos que intercalam tristeza e melancolia, Pinto Molina se disse “muito agradecido” à presidenta Dilma Rousseff e à sociedade brasileira. “Só tenho a agradecer à presidenta e ao povo brasileiro por compreenderem o que se passava comigo”.

    Para chegar ao Brasil, o senador boliviano enfrentou 21 horas e meia de viagem de carro, saindo de La Paz, a capital boliviana, passando por Cochabamba, Santa Cruz de La Sierra, Puerto Soares até chegar à cidade brasileira de Corumbá (MT). Como está enfrentando um problema renal, ele pediu para o carro parar por duas vezes, porque teve náuseas e mal-estar. Mas, agora, já em Brasília, o senador se disse feliz e confiante. 

    A seguir, os principais trechos da entrevista de Pinto Molina à Agência Brasil.

    Agência Brasil – O que senhor planeja fazer agora que está no Brasil?
    Roger Pinto Molina – Quero reencontrar minha mulher e minhas filhas [elas estão no Brasil desde o ano passado] e tomar decisões de forma conjunta. Não é fácil pensar em reconstruir a vida. Mas tenho fé em Deus e confiança, que tudo se acertará. Sou advogado por formação profissional.

    ABr – O senhor se sente seguro agora?
    Pinto Molina – Só tenho a agradecer a presidenta Dilma [Rousseff] ao povo e toda a sociedade brasileira por terem compreendido o que se passava comigo. Todos entenderam que havia ausência de justiça e que eu, um senador de oposição, era um perseguido.

    ABr – Mas o senhor deixou bens, propriedades e uma vida na Bolívia.
    Pinto Molina – Sim, é verdade. Mas a liberdade vale mais do que qualquer bem material. Por isso, estou aqui. Passei 455 dias sem ver a luz do sol e privado da liberdade. A vida sempre encontra alternativas e eu confio nisso.  

    ABr – O governo da Bolívia diz que o senhor é acusado de vários crimes, como desvio de recursos públicos. O que senhor responde a isso?
    Pinto Molina – Todas as acusações são políticas. Não sou um criminoso, nem perseguido pela Justiça do meu país, mas, sim, um perseguido pelo governo [atual] da Bolívia. Essa é a realidade.

    ABr – O senhor pensa em um dia voltar à Bolívia?
    Pinto Molina – Oxalá isso ocorra mais cedo do que parece. Confio na possibilidade de retornar à Bolívia. Defendo a liberdade e a democracia, e acredito que um dia meu país poderá viver isso plenamente.

    O Ministério das Relações Exteriores informou por meio de nota divulgada neste domingo (25) que abrirá inquérito para apurar as circunstâncias da transferência para o Brasil do senador senador boliviano. Leia a nota na íntegra a seguir:

    "O Ministério das Relações Exteriores foi informado, no dia 24 de agosto, do ingresso em território brasileiro, na mesma data, do Senador boliviano Roger Pinto Molina, asilado há mais de um ano na Embaixada em La Paz.
    O Ministério está reunindo elementos acerca das circunstâncias em que se verificou a saída do Senador boliviano da Embaixada brasileira e de sua entrada em território nacional. O Encarregado de Negócios do Brasil em La Paz, Ministro Eduardo Saboia, está sendo chamado a Brasília para esclarecimentos. 
    O Ministério das Relações Exteriores abrirá inquérito e tomará as medidas administrativas e disciplinares cabíveis."

    *Com informações da Agência Brasil / Renata Giraldi
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