
As premiações são resultado de muito trabalho, esforço e empenho da comunidade escolar e dos alunos e dão para perceber a seriedade com que a Polícia Militar lida com a educação. Para discutir um pouco mais sobre temas ligados à área, cerca de 130 profissionais, dentre eles pedagogos, professores e diretores das unidades dos Colégios Tiradentes, estão reunidos até esta sexta-feira, dia 23.
Na 15ª edição do encontro, uma novidade: é a primeira vez que foram convidados 20 militares que desempenham a função de secretários de ensino. Eles terão espaço dedicado à discussão de temas exclusivos da área, com um conteúdo especial.
MUITOS OLHARES
De quem busca a qualidade
Para a Cel Rosângela de Souza Freitas, Diretora de Educação Escolar e Assistência Social – DEEAS, a expectativa é buscar a qualificação profissional. “Alguns pontos que se mostraram falhos na execução serão abordados e discutidos. O momento é importante para promover a reflexão sobre o papel da educação. O jovem precisa de uma base sólida para o seu desenvolvimento. A educação faz parte da formação do cidadão”, afirma a oficial, que enfatizou o apoio da família e o considerou fundamental na formação do estudante.
O subdiretor da DEEAS, Ten-Cel Alan Elias da Silva, por sua vez, considera o momento importante para padronizar procedimentos de normas específicas e, sobretudo, buscar o nivelamento das ações. “Todos os anos a equipe se reúne para esse fim”, disse.
Para reunir as cerca de 130 pessoas, no auditório do Hotel Tauá, em Caeté, participantes e comissão organizadora, o coordenador do encontro, Maj Paulo Sérgio da Silva, chefe da DEEAS 3, que cuida das normas e planejamento, enfatizou que o cuidado que a Diretoria teve com o planejamento do evento: “Estamos detalhando esse encontro há três meses e ficamos atentos para todas as demandas e detalhes, principalmente, com as palestras que vão abordar desde a ética nos relacionamentos à segurança em ambiente digital”, explicou. Cel Rosângela está há cinco meses à frente da DEEAS: “É gratificante trabalhar na área da educação”
De quem ama o que faz
E a cada ano, os resultados são palpáveis. Se existe alguém que vem acompanhando a evolução dos colégios no cenário educacional é a Cel Nilma Froes Vieira. A oficial participa dos encontros, desde 2009, como diretora do Colégio, e, desde 2004, como integrante da DRH. “Este é o 10º encontro que participo. No início, somente pedagogos discutiam o processo educacional. O encontro cresceu tanto e ficou de tal modo importante que, hoje, estamos estendendo à participação de militares que atuam como secretários de ensino”, pontuou a comandante. Segundo ela, o evento promove um sincronismo de ações e um intercâmbio necessários para uma atuação similar. Este é o 10º encontro que a Cel Nilma participa: “O que move uma escola é o amor. Sem ele, não conseguimos convencer ninguém”
De Pedagoga
Para lidar com jovens é preciso aguçar os sentidos. E o olhar da pedagoga Terezina Carvalho Arduíne Fernandes, do Centro de Educação Escolar e Assistência Social – CEEAS, é um daqueles que garantem a qualidade do ensino. Ela trabalha com o servidor civil, ajuda a compor os quadros da escola e acompanha todo o processo de inclusão até sua implantação no sistema. Também presta assessoria. “Já participei de cinco encontros e eles são uma ótima oportunidade de compartilhar experiências e as várias formas de trabalhar.”
Para a gestão inclusiva
Se o evento consistia em um momento para reflexão, o chefe do Estado-Maior da PM, Cel Divino Pereira de Brito, sugeriu, na abertura do encontro, diversos pontos da gestão escolar para serem objeto de análise e abordou a participação dos pais, a autonomia da escola, o trabalho dos professores e o espaço de convivência dos profissionais.
No entanto, de todos os pontos citados pelo oficial, o destaque ficou para o conceito de escola moderna e participativa. “Como lidar com os diversos públicos, aqueles que estão dentro do ambiente escolar e os que estão no entorno dos educandários, mas que têm presença efetiva no processo? As pessoas estão sendo chamadas para participar?”, indagou o oficial.
Segundo o chefe do Estado-Maior, a burocracia deve ser abolida, as relações interpessoais devem ser saudáveis e as boas práticas incentivadas. E foi enfático sobre o papel do gestor: “São pontos importantes para esee profissional lidar”.
Sobre logística, lembrou as parcerias que a Corporação mantém com a Secretaria de Estado da Educação e citou as obras e materiais adquiridos com recursos dessa Pasta do Governo.
O olhar do Cel Brito percorreu pontos sensíveis do ambiente escolar, como segurança, bullying e disciplina, ressaltando que o grande diferencial do Colégio Tiradentes está na disciplina de alunos e seriedade do quadro de profissionais. “Toda escola tem que ter objetivos bem traçados. O resultado são alunos de alto nível e excelência. A escola tem um peso muito grande, quando ajuda a tornar o estudante apto a prestar concursos.”
Cuidado com as Redes
Internet – Responsabilidade compartilhada
O Cel QOR Paulo Leonardo Benício Praxedes, assessor de Inteligência do Ministério Público de Minas Gerais, abriu o ciclo de palestras, falando sobre O tema Segurança nas Redes Sociais. O oficial desenvolve, por meio de palestras dirigidas a pais, alunos e educadores, um trabalho de prevenção, alertando sobre os cuidados a serem tomados no ambiente virtual e com o uso da tecnologia.
“Estamos vivendo um fenômeno, talvez, mais marcante que a Revolução Industrial e tudo está acontecendo muito rápido. Acredito que a tecnologia está aí para nos ajudar a promover um mundo melhor, mas é preciso educar os jovens para que eles possam navegar com segurança”, alertou.
O oficial apresentou situações onde a tecnologia apresenta-se como facilitadora do cotidiano em várias partes do mundo, suas virtudes e as vantagens, mas, também ressaltou os problemas. “Precisamos aprender em rede a compartilhar, discutir e conversar, mas é preciso ficar atento. O ato de curtir uma página tem significado: estabelece conexão e transferência de informações.”
Quanto ao uso da informática em ambientes escolares, ele delineou um futuro com banda larga nas escolas, alunos usando tablets e dispositivos para ajudar na educação, como livros digitais. “Não tem como fugir disso. É preciso estar preparado.
A Internet é um ambiente seguro? Quem é responsável por ela? O Cel Praxedes esclareceu que a responsabilidade é compartilhada entre todos: governos, pais, educadores e usuários.
“Ninguém faz curso de como navegar na Internet. É intuitivo. Encontramos na rede aquilo que procuramos. Se, porventura, caímos em página com conteúdo que não buscamos, permanecer ali é uma decisão de cada um. O controle do conteúdo é feito pelo usuário. Por isso, pais e filhos precisam se aproximar, tentar retomar a transferência de conhecimento dos mais velhos aos mais jovens e fazer com que este encontro continue sendo agradável”, aconselhou.
A mensagem foi clara: “Não use velhos mapas para explorar novos mundos”, ou seja, “precisamos construir caminhos, principalmente, no item educação, para lidar com essa a nova realidade, um novo ambiente compartilhado com milhões de usuários”.
De quem vê a vida com arte
“Olhe em meus olhos pra perceber.” O trecho da música Meus Olhos, de Drive, sinalizaram para onde o olhar do Sgt Gilberto Nunes deveria se dirigir para captar as nuances do âmbito educacional e montar as imagens de apresentação. É ele quem assina o vídeo exibido no início da apresentação dos trabalhos. Por meio de fotos e música, o Sgt Gilberto mostrou, com sensibilidade, a vida refletida nos olhos de quem vê o mundo com atenção e curiosidade, típico dos jovens.
Incauto
Capitão Márcio Ares
Adormece o poema
nas mãos do menino
que não lê.
Adoece o mundo
Que não guarda a cena
Que o livro fez
E morre o homem
Que a si próprio busca
E não se vê
Fonte: PMMG / Márcia Cândido
0 comments:
Postar um comentário