Edmar, um paciente de 43 anos que estava internado no Hospital Psiquiátrico Municipal de Juiz de Fora (Casa de Saúde Esperança), acabou tendo o braço amputado após ter ficado amarrado a cama por mais de 17 horas, segundo informou o Centro de Referência em Direitos Humanos de Juiz de Fora e Zona da Mata.
O procedimento, chamado de contenção mecânica aconteceu no dia 29 de maio por causa de uma briga no dia anterior. No dia 18 de junho ele apresentou problemas vasculares e foi necessário proceder a amputação de parte do braço.
Conforme Resolução do Conselho de Enfermagem, o paciente que precisar de contenção mecânica deve ser observado de hora em hora com os sinais vitais e a circulação nos locais contidos observados com atenção.
Segundo informou a comissão de direitos humanos, houve negligência e violação de direitos no atendimento ao paciente.
A irmã do paciente, Ana Maria Souza Silva, 33 anos, ficou chocada após uma visita ao paciente no dia 29 de maio e contou que ele estava sujo de sangue e reclamando de dor no braço esquerdo que se encontrava caído e sem movimento nos dois dedos. Ela então, solicitou a transferência de seu irmão para o Pronto Socorro que segundo ela, demorou muito pois teve de esperar cerca de 3 horas para que ele fosse atendido e levado ao HPS. Segundo ela, o médico não pediu nenhum exame, apenas olhou e liberou o paciente. Após continuar com problemas circulatórios, a família teve de assinar o termo de amputação no dia 14 de junho.
A família já formalizou denuncia as autoridades competentes e pede apuração do caso.
O secretário Municipal de Saúde, José Laerte Barbosa, disse que já determinou uma sindicância no Hospital, através de uma comissão e que já foi produzido relatório a respeito e que é interesse da Secretaria entender toda a situação.
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