Seis anos após tragédia em Brumadinho bombeiros encontram segmentos de possível vítima

Os segmentos corpóreos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal de BH para análise. Três pessoas seguem desaparecidas.

Foto: Ibama/Wikimedia Commons.

Mais de seis anos após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que deixou 270 mortos, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais anunciou, na manhã desta quinta-feira (6), a descoberta de "vários segmentos de interesse" durante as buscas pelas vítimas ainda desaparecidas. Os fragmentos, descritos como "segmentos corpóreos, supostamente humanos", foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte para análise e identificação.

A Polícia Civil, responsável pelos procedimentos de identificação, destacou que utiliza tecnologias avançadas para garantir a precisão na determinação da identidade das vítimas. "Há uma equipe dedicada à análise célere do caso, com o objetivo de trazer respostas às famílias que aguardam há anos por notícias", afirmou a instituição. A última identificação ocorreu em dezembro de 2022, quando Cristiane Antunes Campos, funcionária da Vale, foi reconhecida por meio de exames de DNA.

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Desde o rompimento da barragem, em 25 de janeiro de 2019, quando 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram despejados sobre instalações da empresa, comunidades e o Rio Paraopeba, três vítimas seguem desaparecidas: Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, que estava de férias em uma pousada soterrada pela lama; Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, estagiária da Vale que conversava com o marido por telefone no momento do desastre; e Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos, engenheiro mecânico recém-transferido para a mina.

As buscas, que continuam ininterruptas, contam com o apoio de estações de processamento de material, onde máquinas separam fragmentos maiores dos mais finos. Os bombeiros, treinados para inspecionar visualmente o material, passaram a utilizar, desde o final de 2023, inteligência artificial para auxiliar no processo. Ao longo de 2024, a Polícia Civil já recebeu 20 segmentos humanos localizados na área de buscas.

A tragédia de Brumadinho é considerada uma das maiores catástrofes ambientais e humanitárias do Brasil. Além das vidas perdidas, o desastre causou impactos ambientais profundos, afetando comunidades, rios e ecossistemas da região. A busca pelas vítimas desaparecidas segue como uma prioridade para as autoridades e um símbolo de esperança para as famílias que ainda aguardam por respostas.

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A Polícia Civil reforçou o compromisso de continuar trabalhando com as tecnologias mais avançadas para garantir a identificação das vítimas e o esclarecimento completo do caso. Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros mantém sua atuação na área, demonstrando que, mesmo após seis anos, a busca por justiça e dignidade para as vítimas e suas famílias permanece viva.

Por Mídia Mineira.

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2/06/2025 06:04:00 PM