Estrutura cedeu em área movimentada, deixando uma vítima fatal e funcionários presos em loja.
Foto: Redes Sociais |
Foto: Corpo de Bombeiros. |
Na tarde desta quinta-feira (21), a queda de uma marquise na Rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Juiz de Fora, resultou na morte de Thiago Ramon de Freitas Ferreira, de 38 anos. Professor de música no Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, Thiago caminhava pela calçada quando foi atingido pela estrutura. O acidente ocorreu próximo ao número 171, em uma região movimentada da cidade.
O Corpo de Bombeiros, o Samu, a Defesa Civil e a Polícia Militar foram acionados para atender a ocorrência. Após o desabamento, quatro funcionários de uma loja situada no térreo do prédio ficaram presos no local devido à marquise que bloqueava a saída. Eles foram resgatados por volta das 17h40, sem ferimentos. A remoção do corpo de Thiago e o início do trabalho de desmonte da estrutura foram realizados após a perícia preliminar da Polícia Civil.
A Defesa Civil informou que a provável causa do desabamento foi o desgaste natural da estrutura, agravado pela falta de manutenção. O prédio não possuía o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), e os proprietários do imóvel nunca apresentaram o laudo de estabilidade exigido pela Lei nº 084/2007. Segundo a legislação, a manutenção das marquises é responsabilidade dos proprietários, e irregularidades devem ser denunciadas à Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur).
Além do impacto humano, o acidente causou transtornos no trânsito. A Rua Marechal Floriano Peixoto ficou interditada entre a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Batista de Oliveira, gerando congestionamentos no Centro. Por volta das 18h, uma faixa da via foi liberada, aliviando parcialmente o fluxo de veículos.
O Conservatório Estadual de Música, onde Thiago lecionava, publicou uma nota de pesar lamentando a morte do professor. "Thiago era uma pessoa admirável, cuja ausência deixará um vazio imensurável no coração de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo", afirmou a instituição. Licenciado em música pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Thiago também era produtor musical e havia sido aprovado recentemente em um concurso público.
O caso levanta questões sobre a fiscalização de marquises na cidade. A Prefeitura de Juiz de Fora informou que, em 2024, 508 prédios foram fiscalizados, resultando em 84 diligências fiscais, 321 termos de intimação, 71 autos de notificação e 32 autos de infração. No entanto, não foi confirmado se o prédio onde ocorreu o acidente havia sido inspecionado recentemente.
A tragédia evidencia a necessidade de medidas preventivas mais rigorosas para evitar novos acidentes, principalmente em áreas urbanas com grande circulação de pessoas. A Prefeitura orienta que denúncias sobre estruturas irregulares sejam feitas pelo número (32) 3690-7984, disponível para mensagens de WhatsApp.
Por Mídia Mineira.
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