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    sábado, 27 de outubro de 2018

    Premiação de curtas e Homenagem a Ruy Guerra marcam final do Festival Ver e Fazer Filmes em Cataguases




    Com uma concorrida sessão de apresentação pública e premiação dos curtas-metragens produzidos a partir do Edital Usina Criativa de Cinema, bem como homenagem ao cineasta moçambicano, radicado no Brasil, Ruy Guerra, encerrou-se de forma sublime a 6º edição do Festival Ver e Fazer Filmes, no auditório do Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases nesta sexta-feira (26).

    O evento que teve inicio na quarta-feira (17), mobilizou cerca de 300 profissionais locais, em diversas áreas da produção audiovisual, estudantes de escolas públicas de Cataguases e de municípios da região, além de educadores e produtores do audiovisual com mostra de filmes, fóruns e workshops.


    Mostra Edital Usina Criativa de Cinema

    A noite, que já havia iniciado com o último e brilhante filme de Ruy Guerra, "Quase Memória", com Tony Ramos no papel principal, trouxe muita expectativa para os produtores de Cataguases e Ubá, contemplados no 3º Edital Usina Criativa de Cinema. 

    Quatro projetos que foram selecionados para produção de curtas-metragens e um diretor convidado da capital mineira realizaram filmes em cidades da região e distritos de Cataguases. Ao longo dos últimos seis meses, cada projeto recebeu $30 mil reais para sua produção, além de suporte e apoio de 10 consultorias especializadas em diversas áreas do audiovisual.

    Com apresentação de Renatta Barbosa e Igor Amim, o público que lotou o auditório do Centro Cultural pôde finalmente assistir as criações e votar para escolha do melhor curta.


    Filmes

    Os filmes que concorreram às premiações foram:


    A Partida do Menino Neimar

    Animação rotoscopia, 6 minutos, Ubá (MG) - 2018
    Rafael Bianchini
    "O contexto é a Copa do Mundo de 2014. A seleção Brasileira de Futebol disputa, em um jogo violento, uma vaga para as semifinais da competição. Enquanto os olhos do mundo se voltam para o estádio, em um bar de uma periferia no interior de Minas, um menino chamado Neimar assiste ao jogo pela televisão. A narração empolgante da transmissão da TV passa a narrar também o “jogo da vida” do menino que, recebe a bola, corre, dribla, sofre marcação e, simultaneamente a seu ídolo de mesmo nome, sofre uma entrada criminosa por trás e são obrigados a “saírem de campo”.



    Casulo

    Ficção, 15 minutos, Cataguases (MG) - 2018
    Rafael Aguiar
    "Mário e seu pai vivem isolados num pequeno sítio no interior de Minas Gerais, lá cultivam hortaliças e criam animais para garantir o sustento dos dois. A cada dia que passa Mário se descobre e essas descobertas irão levá-lo até o seu mais intimo desejo".




    Santa


    Ficção, 19 minutos, Cataguases (MG) - 2018
    Marco Andrade Gonçalves
    "Na comunidade do Glória, distrito de Cataguases, Santa, uma mulher transexual, assume o lugar da mãe nas obrigações da igreja, no reforço escolar e torna-se defensora dos direitos da comunidade e porta voz da associação de mulheres rurais contra a mineradora que explora o local. Entre a briga com a mineradora e a preparação para a coroação da virgem, Santa conhece Cícero, o novo supervisor da mineradora e se apaixona por ele. Como amar a quem pode ser seu inimigo? Como amar a quem representa tudo o que lhe é contrário? Uma história sobre resistência, afeto, pertencimento e primeiro amor".




    Um Certo Maralonso

    Documentário ficção, 17 minutos, Ubá (MG) - 2018
    Samuel de Oliveira Fortunato
    Comparado por muitos a Lampião, por sua ousadia nos crimes e seu senso de justiça, Mário Alonso foi um cidadão mineiro contraditório, que transitou entre as qualidades de bandido e herói matador “de gente e de fome” nas décadas de 40 e começo de 50. O documentário revela histórias e causos que pairam acerca dessa lenda e sobre a microrregião da Zona da Mata de Minas Gerais, onde ele viveu. Remontando acontecimentos a partir da memórias de antigos moradores, o filme é um mergulho na cultura rural da Zona da Mata mineira de meados do século passado.


    Premiações

    O curta mais premiado da noite foi "Santa", que levou 5 troféus, além de Melhor Filme pelo júri popular, seguido de "Um Certo Maralonso" que ficou com quatro troféus e o prêmio de Melhor Filme pelo júri técnico e Casulo que também foi premiado quatro vezes. Confira abaixo todas as premiações:

    • Melhor Figurino: Miron Soares (Um Certo Maralonso);
    • Melhor Direção de Arte: Leandro Silveira (Santa);
    • Melhor Trilha Sonora: Mazinho Mendonça (Casulo);
    • Melhor Som: Tiago Glomer, Vanderlei Sperandio, Jorge Rauli e Guilherme Haddad (Um Certo Maralonso);
    • Melhor Produção: Mariana Moss (Um Certo Maralonso);
    • Melhor Fotografia: Igor Freitas e Alexandre Branco (Santa);
    • Melhor Roteiro: Rafael Aguiar (Casulo);
    • Melhor Montagem: Rafael Bianchini (A Partida do Menino Neimar);
    • Melhor Atriz Coadjuvante: Daniela Lacerda (Santa);
    • Melhor atriz protagonista: Jéssica Müller (Santa);
    • Melhor Ator Coadjuvante: Samir Hauaji (Casulo);
    • Melhor Ator Protagonista: Ramon Brant (Casulo);
    • Melhor Diretor: Rafael Bianchini (A Partida do Menino Neimar);
    • Melhor Filme (Juri Popular): "Santa" - Marco Andrade (Cataguases);
    • Melhor filme (Júri Técnico): "Um Certo Maralonso" de Samuel de Oliveira Fortunato (Ubá).




    Homenagens

    Na noite também foram homenageados: Américo Sobrinho, o cineasta e crítico Geraldo Veloso e o cineasta Ruy Guerra.

    Mônica Botelho disse que a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e o Polo Audiovisual da Zona da Mata se sentiam honrados em receber Ruy Guerra em Cataguases, onde o cineasta rodará seu próximo longa. "A gente ficou muito feliz de ele ter escolhido Cataguases como sede deste novo projeto. Ruy é uma figura icônica do nosso cinema e realmente é uma honra muito grande", disse.

    Ruy Guerra iniciou falando sobre Cataguases, que enfatizou ser uma "cidade acolhedora com uma belíssima tradição cultural" e revelou já conhecer a cidade há muitos anos e também a Humberto Mauro, onde teve um breve encontro no Rio de Janeiro. Ruy disse ter se aproximado timidamente para uma breve conversa onde procurou mostrar seu respeito e admiração pelo cineasta "Todos nós naquela época, iniciando o Cinema Novo, tínhamos esse grande respeito ao conversar com ele. É uma figura de fato que marca a história do cinema brasileiro e o cinema brasileiro marca também a história do cinema mundial que por nós todos merece ser reverenciada e não pode ser esquecida por aqueles que tiveram a honra de nascer na região que ele nasceu", disse ressaltando que se esquece de muitas coisas, mas que desse encontro com Humberto Mauro nunca se esqueceu.

    Ele também aconselhou aos jovens, disse que no principio foi difícil, mas que valeu apena, disse que é necessário ter persistência.
    "Seu eu tivesse esse conhecimento quando tinha quando comecei a filmar o primeiro filme com 16 anos de idade na primeira câmera de 8 mm, se eu soubesse o que eu ia passar ai sim eu teria certeza que é isso que eu queria fazer", finalizou aplaudido de pé.

    As homenagens foram entregues por Mônica Botelho (Diretora-presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho), Marcos Pimentel (diretor de formação do Polo Audiovisual), Fausto Menta (secretário municipal de Cultura e Turismo) e Ângelo Oswaldo (secretário de Estado de Cultura).






    O Festival Ver e Fazer Filmes é uma realização do Instituto Fábrica do Futuro, Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e da Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, com o patrocínio da Energisa através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. O evento conta também com a parceria das Superintendências Regionais de Ensino (SRE) de Leopoldina, Muriaé, Ubá e Juiz de Fora da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, do Instituto Cidade de Cataguases, das Secretarias Municipais de Cultura e Educação de Cataguases, Instituto Federal – IF Sudeste, Cia Brasileira de Alumínio e Sebrae.

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