O presidente da Câmara Michelângelo Correa, juntamente com os vereadores Sargento Jorge Roberto, Maria Ângela Girardi, Mauro Ruela, Rafael Moreira e o assessor do vereador Betão do Remo, resolveram reunir, na tarde desta sexta-feira (15), com representantes de todos os bancos estabelecidos no município (exceto o Sicoob que não compareceu) e com a Polícia Militar, representada pelo tenente Marinato, para finalmente tratar do tema segurança pública e principalmente dos dois projetos de Lei aprovados recentemente pela Câmara Municipal, sendo que, pelo menos um deles, não teve repercussão favorável entre a população.
O primeiro, do vereador Mauro Ruela, já foi sancionado pelo prefeito Willian Lobo e virou a Lei nº 4.434/2017 que obriga a colocação de película espelhada em agências bancárias do município. O segundo projeto, do vereador Sargento Jorge Roberto, de número 64/2017 que promove a contratação de segurança e vigilância por parte de instituições financeiras e estabelecimentos congêneres para o período noturno, também já foi aprovado mas ainda aguarda a sanção do prefeito.
Na reunião, os representantes das agências bancárias, se posicionaram contrários às duas leis. Com relação a primeira, os representantes alegaram que dificulta a segurança com a falta de visualização externa do interior da agência por parte da Policia Militar. Sobre o segundo projeto, os representantes alegaram que o padrão na maioria das agências é manter apenas os serviços de câmera e alarme durante a noite e que um vigilante no local, poderia prejudicar inclusive o acionamento do alarme. Nos dois casos, os bancos alegam que já existe uma política nacional sobre o assunto e que se realmente fosse melhorar a segurança isso já teria sido feito em todas as cidades.
A Polícia Militar, no entanto, se posicionou contrária a Lei do vereador Mauro Ruela mas favorável a Lei do vereador Sargento Jorge Roberto. "O nosso posicionamento em relação a primeira Lei que já está sancionada, que é a instalação das películas, é que nós olhamos do nosso ponto de vista, da forma da nossa atuação operacional. Nós entendemos que atrapalha sim a nossa atuação, tanto em caso de averiguação, de cunho preventivo como quando já instalado o problema nas agências bancárias com a nossa atuação já de forma repressiva. Com relação ao projeto que já foi aprovado na Casa mas que ainda carece da sanção do prefeito, nós entendemos que quanto mais vigilância no local, menor o potencial daquele local ser alvo de uma ação delituosa e é uma pessoa a mais para poder auxiliar e acionar a Polícia Militar e os demais órgãos para poder coibir aquele princípio de ilícito", disse o tenente Marinato a reportagem do Site Mídia Mineira. Ele disse também que a Lei do Sargento Jorge Roberto, ainda precisa ser melhor discutida pois ainda existem pontos como a possibilidade de uma vítima a mais no local e também como funcionará em relação aos alarmes. O militar considerou a reunião produtiva por trazer a questão da segurança pública para o Legislativo e para a população.
Após a reunião, o vereador Michelângelo Correa disse para o Site Mídia Mineira que será lavrada uma Ata sobre tudo que foi dito na reunião e enviada para o Executivo para que o mesmo analise se terá necessidade de revogar a primeira lei e vetar ou não a segunda. Perguntado porque o legislativo não fez uma reunião como esta antes e também porque não ouviu especialistas, bem como o Conselho de Segurança sobre o assunto antes de colocar em votação, o presidente disse que foi um erro da Câmara e que isso não acontecerá novamente.
O vereador Mauro Ruela disse para nossa reportagem que sua Lei foi feita com boas intenções e para aumentar a segurança das pessoas e não para prejudicar ninguém. Perguntado se ele enviaria novo projeto para revogar a lei, o vereador disse que o prefeito já sancionou e que se ele quiser poderá revogar.
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