Ao todo, 578 cidades de Minas Gerais (68%) paralisaram as atividades nesta segunda-feira (24), conforme informou a Associação Mineira dos Municípios (AMM).
A Falta de atualização dos valores destinados ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), redistribuição da arrecadação de impostos, definição dos repasses pendentes dos convênios entre a União, Estado e municípios e revisão do Pacto Federativo, estão entre as pautas municipalistas que deram origem ao movimento.
Segundo o presidente da Associação Microrregional do Vale do Itapecerica (Amvi) e prefeito de Iguatama, Leonardo Muniz, é fundamental sensibilizar o cidadão sobre o atual momento. “Queremos mostrar para a população os motivos do corte de gastos, das demissões e da defasagem dos serviços públicos. A administração municipal passa por um arrocho financeiro e estamos literalmente pedindo socorro ao Estado e à União”, explica.
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Paralisação em Santana de Cataguases |
“Além do pouco repasse de verbas, é preciso rever o que de fato é dever das prefeituras. Realizamos muitos serviços que são de responsabilidade do Estado e da União, prejudicando assim a qualidade dos serviços públicos que a prefeitura deve oferecer”, reforça o presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Baixo Sapucaí (Ambasp) e prefeito de Campo Belo, Robson Machado.
O levantamento do número de prefeituras que participaram da manifestação foi apurado pela AMM, junto às microrregionais. As prefeituras tiveram liberdade para a manifestação e, portanto, a forma de paralisação variou de cidade para cidade. Na maioria delas, apenas serviços essenciais foram mantidos em funcionamento, como atendimentos de urgência e emergência na área da saúde.
Adesão
Cidades com mais de 100 mil habitantes como Uberaba, Juiz de Fora, Itabira, Barbacena, Itajubá, Divinópolis e Ituiutaba, participaram da manifestação. As pequenas cidades foram as mais efetivas, pois muitas dependem, exclusivamente, do FPM. Para o presidente da AMM e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, os repasses do governo federal são as maiores fontes de receitas da maioria dos municípios, quando não são a única. “Esses valores diminuem cada vez mais, forçando os prefeitos a tomarem decisões drásticas para conseguirem atender as demandas da população”.
O movimento superou as expectativas das microrregionais e da AMM.
Reunião em Juiz de Fora
Cerca de 30 prefeitos da Zona da Mata se reuniram na tarde desta segunda-feira (24) no auditório da Prefeitura Municipal para discutir os próximos passos da manifestação.
A reunião foi conduzida pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB), acompanhado do presidente da Associação dos Municípios da Micro Região do Vale do Paraibuna (Ampar), Agostinho Ribeiro de Paiva e do diretor regional da AMM na Zona da Mata, Itamar Ribeiro Toledo (Mazinho) que também é prefeito de Dona Eusébia.
Ao final, o prefeito "Mazinho" foi taxativo: “A situação que está é insuportável. Fechamos as portas e Se for preciso fecharemos uma, duas, três quatro, cinco vezes e inclusive a BR se for necessário se o governo do estado e o Governo federal não atender às nossas reivindicações frente aos desafios que enfrentamos no dia a dia em nossos municípios”.
Fonte: AMM
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