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    segunda-feira, 29 de julho de 2013

    CULTURA: Palácio da Liberdade vira museu interativo e a mais nova atração turística em Belo Horizonte

    Exposição permanente traz nova museografia que propõe uma viagem pela história política do Estado e do país por meio de modernas tecnologias

    O Palácio da Liberdade, sede histórica do Governo de Minas Gerais e um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, transforma-se definitivamente em atração turística a partir desta segunda-feira (29). A nova museografia, concebida pelo designer e curador Marcello Dantas, propõe uma viagem interativa pela história política de Minas e do país, por meio de modernas tecnologias de vídeo, animação e outras mídias digitais.

    O projeto museográfico é uma parceria do Governo de Minas com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e custou aproximadamente R$ 1 milhão. A inauguração ocorrerá às 17h, com as presenças do governador Antonio Anastasia, da secretária de Cultura de Minas, Eliane Parreiras, e do presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Júnior.

    A exposição permanente dispõe, pelos cômodos e pelo mobiliário do museu, objetos como porta-retratos e espelhos através dos quais são apresentados vídeos e animações com personagens marcantes da política mineira. O público é convidado a interagir com as instalações, que remetem a episódios históricos. Ao atender a um telefone, por exemplo, o visitante ouvirá um diálogo entre o ex-governador de Minas Gerais Juscelino Kubitschek e o arquiteto Oscar Niemeyer.

    O prédio central do conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade e do Circuito Cultural Praça da Liberdade foi inaugurado em 1897. Em seus salões e gabinetes foram tomadas decisões políticas e ocorreram encontros que definiram a história de Minas Gerais e também a do país.


    Aos percorrer os 30 cômodos que integram o roteiro de visitas, o visitante vai conhecer detalhes sobre a vida e ações de 16 ex-governadores do estado – de Afonso Pena a Itamar Franco. A pesquisa da exposição “Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias” foi feita pela historiadora Maria Eliza Linhares Borges, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e o levantamento iconográfico, por Vanessa Viegas e Solange Santos.

    Espaço de aprendizagem político-cultural

    Para o governador Antônio Anastasia, o novo museu é um marco para os mineiros. “A transformação do Palácio da Liberdade em museu é um divisor de águas na história política de Minas Gerais. É o momento em que paramos para olhar para a história e entender, com os recursos da modernidade, grandes personalidades e momentos políticos que transformaram o estado”, afirmou. “Estamos entregando à população o mais novo museu do estado com a proposta de ser não apenas um local de lazer, mas principalmente um espaço de aprendizado político-cultural”, destaca o governador mineiro.

    A secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, também ressalta o papel educativo no novo projeto. Segundo ela, a museografia do Palácio da Liberdade alinha-se o conceito dos demais museus do Circuito Cultural Praça da Liberdade que busca promover, democratizar e despertar a curiosidade pelo conhecimento e a cultura. “O objetivo principal é relembrar a história para quem a viveu e torná-la palpável para quem, até então, só tinha ouvido falar. As antigas sedes das secretarias de Governo já cumprem esse papel, que agora se consagra por meio da entrega do museu Palácio da Liberdade à população”, explica Eliane Parreiras.

    O presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Junior, observa que o Palácio da Liberdade é um dos símbolos da cidadania brasileira, já que foi placo de importantes acontecimentos que marcaram a história e o projeto possibilita o acesso dos industriários e de toda população de Minas Gerais a um acervo que contribui de maneira decisiva para a formação de novas gerações.

    Para garantir que a experiência da visita seja enriquecedora, o Palácio da Liberdade vai contar com dez educadores disponíveis para orientar moradores e turistas, em um percurso com duração média de uma hora.

    O espaço será aberto ao público no domingo, 04 de agosto. A partir daí, as visitações poderão ser feitas aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h (entrada, gratuita, até uma hora antes do horário de fechamento). 

    Sobre o Palácio da Liberdade

    De traçado neoclássico, o projeto do Palácio da Liberdade mescla padrões arquitetônicos que vão desde o Luís XV (estilo de decoração de interiores e mobiliário que se desenvolve a partir da França durante o reinado de Luís XV, no século 18) ao mourisco (também chamado neo-islâmico, estilo artístico surgido na Europa no século 19, que buscava imitar e recriar a arte islâmica antiga). Seu objetivo era servir como sede administrativa do Governo de Minas Gerais e residência oficial dos governadores.

    O primeiro a ocupar o Palácio foi Chrispin Jacques Bias Fortes (1847-1917), seguido por muitos outros, até que Juscelino Kubitschek, durante seu governo (1951 a 1955), encomendasse ao arquiteto Oscar Niemayer a construção de uma nova moradia para os governadores mineiros, o Palácio das Mangabeiras.

    A partir da década de 1970, os governadores optaram por trabalhar no Palácio dos Despachos, o prédio anexo. O Palácio da Liberdade voltou a ser prestigiado por Tancredo Neves, Eduardo Azeredo, Itamar Franco e Aécio Neves.

    Grande parte dos materiais utilizados na edificação foi importada da Europa: artefatos de ferro da Bélgica, telhas de Marselha, pinho-de-riga da Letônia são alguns exemplos. No hall empregou-se o mármore de Carrara, e os diversos salões do palácio foram recobertos em parquete ricamente trabalhado, formando desenhos geométricos.

    A escadaria metálica em estilo art nouveau, minuciosamente confeccionada em ferro batido com ornamentação em motivos florais, é considerada obra prima.

    Entre os principais atrativos do palácio estão o Salão Dourado, no qual se destacam os móveis ao estilo Luis XV, a Sala dos Banquetes, com sua mesa de oito metros que pode ser aumentada para 12, e a Sala dos Retratos, que expõe fotos de todos os governadores e presidentes de Minas, desde os tempos em que a capital mineira ficava em Ouro Preto.

    O Palácio da Liberdade foi incorporado ao Circuito Cultural Praça da Liberdade e aberto à visitação pública em 2010, após a transferência da sede do Governo Estadual para o Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa de Minas Gerais.

    Sobre Marcello Dantas

    Marcello Dantas é reconhecido designer e curador de exposições e diretor de documentários desde 1986. Formado em Cinema e Televisão pela New York University, e pós-graduado em Telecomunicações Interativas pela mesma universidade. Estudou História da Arte e Teoria de Cinema em Florença na Itália e Relações Internacionais e Diplomacia em Brasília.

    No seu currículo incluem-se prêmios de melhor documentário na Bienalle Internationale du Film Sur L'Art do Centro Georges Pompidou em Paris, no FestRio, no International Film & TV Festival of New York e o prestigioso ID Design Award da Business Week.

    Entre os seus trabalhos de curadoria de arte destacam as de Bill Viola, Gary Hill, Jenny Holzer, Shirin Neshat, Laura Vinci, Tunga, Peter Greenaway, Ângelo Venosa, Arthur Omar e Anish Kapoor. Nas artes cênicas, Ópera Mundi no Maracanã, o balé Floresta Amazônica de Dalal Achcar e a peça Uma Noite na Lua de João Falcão com Marco Nanini, Como Chegamos Aqui a Historia do Brasil Segundo Ernesto Varela e a opera O Cientista. Em 2006, Dantas inaugurou o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo como diretor artístico.
    Fonte: Agência Minas


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