Segundo a nota, o prefeito José Henriques não é alvo da investigação que apura possível omissão de agentes públicos no município
A manhã desta quinta-feira (13) trouxe movimentação intensa em Cataguases. O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou a Operação Clonagem, que investiga um possível esquema de fraude no processo licitatório para concessão do transporte coletivo urbano. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e a ação recolheu celulares, computadores, documentos e uma quantia considerável em dinheiro vivo.
A investigação conduzida pelo Gaeco Regional da Zona da Mata aponta para um cenário no mínimo peculiar: empresas diferentes que, na verdade, funcionariam como uma só. Segundo as apurações, as companhias teriam montado uma estrutura para fingir que havia concorrência de verdade na licitação. Na prática, essas pessoas jurídicas estariam operando de forma integrada, todas sob o comando dos mesmos empresários.
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O MPMG investiga crimes de associação criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, prevaricação e corrupção. Mas há um detalhe que chamou atenção: a Promotoria também apura possível omissão de agentes públicos na fiscalização dos contratos firmados. Só não informou quem são esses agentes.
Foi aí que a Prefeitura de Cataguases resolveu se antecipar e, antes que as especulações ganhassem corpo, a assessoria de comunicação enviou nota oficial para veículos de imprensa para esclarecer que o prefeito José Henriques não está entre os investigados e nem é mencionado no caso. Nossa redação também recebeu a nota que publicamos na íntegra no final da matéria.
Na nota, a administração municipal garantiu que o processo licitatório seguiu todas as normas legais, com acompanhamento técnico e jurídico. Segundo o texto, houve ampla divulgação dos atos nos canais oficiais e igualdade de condições para as empresas participantes. A Prefeitura também afirmou que não é alvo da investigação e que está colaborando com as autoridades.
O tom da manifestação foi de quem não quer ser pego de surpresa. A administração frisou que, se ficar comprovado envolvimento de qualquer servidor ou pessoa ligada ao município, não haverá complacência. Medidas serão tomadas, prometeu o texto oficial.
A Prefeitura ainda fez questão de listar os avanços da atual gestão nos processos licitatórios e na fiscalização de contratos públicos. Mencionou modernização dos sistemas de controle interno e integração com órgãos de auditoria. Tudo muito correto no papel, como costuma ser.
Por fim, a nota encerrou com a expressão de confiança no trabalho do Ministério Público e da Justiça. A administração disse acreditar que a apuração dos fatos confirmará a correção dos procedimentos adotados pelo município. Resta agora aguardar o desenrolar das investigações.
O que se sabe até o momento é que a operação mirou empresas e pessoas suspeitas de armar um esquema para burlar a licitação. A questão da possível omissão de agentes públicos ainda permanece nebulosa, sem nomes divulgados.
A população de Cataguases agora observa como esse episódio vai se desenrolar. De um lado, empresários investigados por suposta fraude. De outro, autoridades que precisam explicar se houve ou não falhas na fiscalização. E no meio disso tudo, uma Prefeitura que tratou logo de deixar claro: o prefeito não tem nada a ver com isso.
Confira abaixo a nota da prefeitura de Cataguases na íntegra
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Prefeitura de Cataguases vem a público prestar esclarecimentos à população diante de notícias veiculadas sobre a operação denominada “Clonagem”, deflagrada nesta quinta-feira, 13 de novembro, pelo Ministério Público de Minas Gerais, que apura possíveis irregularidades em processo licitatório relacionado à concessão do transporte coletivo urbano no município.
Desde já, a administração municipal esclarece que o prefeito José Henriques, gestor à frente do Executivo de Cataguases, não é mencionado nem é alvo de qualquer investigação relacionada a esse caso.
A Prefeitura reafirma seu comprometimento absoluto com a legalidade, a transparência e a lisura de todos os seus atos administrativos. O processo licitatório em questão foi conduzido em estrita observância à legislação vigente, com acompanhamento técnico e jurídico e ampla publicidade de todos os atos nos meios oficiais, assegurando igualdade de condições entre as empresas participantes.
A administração municipal não é alvo da investigação e tem colaborado integralmente com as autoridades competentes, disponibilizando todas as informações e documentos solicitados.
Caso venha a ser constatado envolvimento de qualquer agente público, servidor ou pessoa vinculada à Prefeitura de Cataguases, a administração não compactuará com qualquer ato ilícito e adotará todas as medidas cabíveis, em defesa do interesse público e da correta aplicação dos recursos municipais.
Desde o início da atual gestão, a Prefeitura tem promovido melhorias contínuas nos processos licitatórios e na fiscalização dos contratos públicos, com modernização dos sistemas de controle interno e integração com os órgãos de auditoria e transparência.
Por fim, a administração municipal confia plenamente na atuação do Ministério Público e da Justiça, acreditando que a apuração dos fatos trará à luz a verdade e confirmará a correção dos procedimentos adotados pelo Município de Cataguases.
A Prefeitura reafirma seu respeito à população e reitera que continuará trabalhando com ética, responsabilidade e transparência, em benefício de todos os cidadãos cataguasenses.
Cataguases, 13 de novembro de 2025
Prefeitura Municipal de Cataguases
Por Mídia Mineira.
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