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    quinta-feira, 16 de outubro de 2025

    Psicólogo é detido pela PM em operação que apura crimes sexuais contra menores em Muriaé

    Profissional está preso preventivamente e defesa contesta as acusações


    Um profissional da área de psicologia foi capturado por agentes da Polícia Militar na terça-feira, dia 14 de outubro, na cidade de Muriaé, localizada na Zona da Mata mineira. A prisão de Luidis Francisco de Souza ocorreu durante uma ação denominada Operação "Anjos da Guarda", coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais com apoio da corporação militar.

    As investigações apontam que o acusado teria cometido violações sexuais contra jovens pacientes, entre eles adolescentes portadores de deficiência. De acordo com as apurações preliminares, os crimes teriam sido praticados durante o exercício de suas funções profissionais, aproveitando-se da relação de confiança estabelecida no ambiente terapêutico.

    Além do mandado de prisão preventiva, a operação cumpriu três ordens de busca e apreensão, além de determinar a suspensão de atividades econômicas ou financeiras vinculadas ao caso. Equipamentos eletrônicos e outros materiais foram recolhidos durante a ação e serão submetidos a perícia técnica.

    O promotor Breno Costa da Silva Coelho, responsável pela coordenação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na região, informou que todo o conteúdo apreendido passará por análise minuciosa. O objetivo é verificar a existência de outras possíveis vítimas e identificar eventual envolvimento de terceiros nos crimes investigados.


    O Ministério Público ressaltou em nota a gravidade de violações cometidas contra crianças e adolescentes, principalmente quando praticadas por profissionais que ocupam posição de confiança e autoridade. A instituição destacou que esses casos envolvem o aproveitamento da fragilidade emocional das vítimas.

    A defesa do psicólogo, representada pelo advogado Fillipe Inácio Magalhães Silva Paula, contestou a necessidade da prisão preventiva. Segundo o defensor, seu cliente já tinha conhecimento das investigações e vinha prestando esclarecimentos às autoridades de forma espontânea. "Ele compareceu a todos os atos solicitados, forneceu informações necessárias e ficou surpreso com a decretação da prisão", declarou.

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    O advogado informou que pretende requerer a revogação da medida cautelar, argumentando que o acusado não possui antecedentes criminais, mantém endereço fixo em Muriaé e nunca se esquivou de colaborar com as apurações. A defesa nega todas as acusações e também refuta a alegação de que o profissional teria usado sua posição para cometer qualquer tipo de crime.

    De acordo com o defensor, todo o material recolhido durante a operação, incluindo computador de trabalho, aparelho celular e outros dispositivos eletrônicos, foi entregue voluntariamente com todas as senhas de acesso. "Ele tem interesse em que as provas sejam examinadas rapidamente para demonstrar sua inocência", afirmou o advogado.

    O psicólogo está recolhido no Presídio de Muriaé, conforme informação divulgada pela Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais. Ele permanece à disposição da Justiça enquanto as investigações prosseguem.

    O Conselho Regional de Psicologia não se posicionou sobre o caso até o momento. O órgão é responsável pela fiscalização do exercício profissional e pode instaurar processos éticos contra seus registrados.

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    Segundo o Código Penal Brasileiro, o crime de estupro de vulnerável está previsto no artigo 217-A e estabelece pena de reclusão de oito a 15 anos. A legislação considera vulnerável qualquer pessoa menor de 14 anos, bem como aquelas que não possuem discernimento necessário para o ato devido a enfermidades ou deficiências mentais.

    Nos casos em que o crime resulta em lesão corporal grave, a pena pode aumentar para dez a 20 anos de reclusão. Se houver morte da vítima, a condenação pode variar de 12 a 30 anos de prisão. A lei também engloba situações em que a vítima se encontra impossibilitada de oferecer resistência.

    O Ministério Público orienta que qualquer pessoa que possua informações relacionadas ao caso entre em contato com as Promotorias de Justiça de Defesa das Crianças e dos Adolescentes de Muriaé. As denúncias podem ser feitas de forma anônima e são essenciais para o prosseguimento das investigações.

    Por Mídia Mineira.

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