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    segunda-feira, 18 de novembro de 2024

    Casos de mpox no Brasil atingem mais de 1,5 mil em 2024

    Doença continua a ser monitorada pelo Ministério da Saúde e OMS avalia nova variante.


    O Brasil registrou 1.578 casos confirmados de mpox em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Outros 60 casos são classificados como prováveis, enquanto 434 permanecem sob investigação. A faixa etária mais afetada é a de 30 a 39 anos, que concentra 751 infecções, seguida pelas faixas de 18 a 29 anos e 40 a 49 anos, com 496 e 275 casos, respectivamente.  

    Homens representam 81% dos diagnósticos confirmados, sendo que 70% relataram manter relações sexuais com homens. Em termos raciais, a maioria dos casos foi registrada entre brancos (46%), seguidos por pardos (29%) e pretos (11%).  

    A região Sudeste lidera em número de infecções, com 1.269 casos. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados mais afetados, com 866 e 320 casos, respectivamente. Em outras regiões, o Nordeste registrou 137 casos, o Centro-Oeste 97, o Norte 712 e o Sul 61.  

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    Situação global e emergência sanitária  
    A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma nova reunião de seu comitê de emergência para avaliar a situação global da mpox, que já foi declarada emergência de saúde pública de importância internacional em 2022. No cenário mundial, 109.699 casos foram confirmados até setembro deste ano, com 236 mortes.  

    A África continua sendo o continente mais impactado, com 11.148 casos confirmados e 46.794 suspeitos em 2024. A República Democrática do Congo lidera com 8.662 infecções confirmadas, 39.501 suspeitas e 43 mortes. A transmissão local da nova variante 1b também foi registrada no Reino Unido, marcando a primeira ocorrência fora do continente africano.  

    Compreendendo a mpox  
    Popularmente conhecida como varíola dos macacos, a doença recebeu a nomenclatura oficial de mpox em 2022, após campanhas da OMS e de especialistas para evitar associações errôneas que levaram à violência contra primatas em algumas regiões do Brasil. O vírus é transmitido exclusivamente entre humanos, por contato direto ou por compartilhamento de objetos contaminados.  

    Os sintomas incluem febre, cansaço, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo, ínguas, bolhas ou feridas na pele. Em casos graves, principalmente em pessoas imunodeprimidas, a taxa de mortalidade pode variar entre 0,1% e 10%, dependendo do acesso a cuidados de saúde.  

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    Prevenção e combate à desinformação  
    O Ministério da Saúde reforça a importância do isolamento imediato em casos suspeitos, para evitar o contágio. Não há tratamento específico, mas a assistência médica pode aliviar sintomas e prevenir complicações.  

    Além disso, a pasta alerta sobre a disseminação de informações falsas, como a ideia de que a mpox seria um efeito colateral de vacinas contra a covid-19. Especialistas confirmam que a doença é causada por um vírus específico e não tem relação com imunizantes.  

    Vigilância e esforços futuros  
    Apesar do aumento nos casos, o Brasil ainda não vive um surto, segundo o Ministério da Saúde. Medidas de vigilância e ações focadas nos grupos de maior risco seguem sendo prioritárias. O objetivo é interromper a transmissão da doença, garantindo que a mpox não se torne um problema maior de saúde pública no país.  

    PRIMEIRO CASO DA NOVA VARIANTE DE MPOX É CONFIRMADO NOS EUA

    Paciente esteve em viagem recente à África Oriental e está em isolamento domiciliar

    O Departamento de Saúde Pública da Califórnia confirmou o primeiro caso da nova variante de mpox nos Estados Unidos. Segundo comunicado do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a infecção está associada ao surto da variante identificado na África Central e Oriental.  

    O paciente, que havia viajado recentemente para a África Oriental, procurou atendimento médico ao retornar ao país. Após os exames confirmarem a infecção, ele foi liberado para isolamento domiciliar, apresentando quadro clínico estável e sem necessidade de tratamento específico. O CDC informou que as amostras do caso estão sendo enviadas para análise mais detalhada e caracterização viral.  

    As autoridades de saúde trabalham em conjunto com o estado da Califórnia para rastrear e monitorar possíveis contatos próximos do paciente. Apesar da confirmação do caso, o CDC considera o risco para o público em geral como baixo e reforça que os Estados Unidos continuam a registrar casos esporádicos de outra variante mais comum da mpox.  

    A nova variante ganhou atenção devido ao aumento de casos registrados na África, particularmente em áreas da África Central e Oriental. Embora a situação seja acompanhada de perto, especialistas destacam que o número de infecções nos Estados Unidos ainda é limitado e não representa um surto generalizado.  

    Por Mídia Mineira com 
    informações da Agência Brasil.

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