Cultivar convergência para colher desenvolvimento em Cataguases - Coluna de Silvio Ricardo

	Silvio Ricardo Empresário, graduado em História, diretor na UAMC e militante de causas sociais.

Cultivar convergência para colher desenvolvimento em Cataguases

Quando as lideranças cultivam revanchismo e falta de convergência em virtude da cegueira pelo poder repete os mesmos erros do passado esperando resultados diferentes.

Nossa história política-administrativa sempre foi marcada pela total falta de convergência entre LIDERANÇAS locais, basta considerar que os grupos que se revezavam no PODER, no século passado, fomentavam   estrategicamente este revanchismo entre as correntes eleitorais com objetivo claro de se perpetuarem no PODER ou manterem a possibilidade de ascensão ao mesmo.

Lamentavelmente, ainda no século XXI, com toda facilidade de acessar informações para o efetivo exercício da cidadania, percebemos claramente que a pratica do revanchismo e a absoluta falta de convergência ainda norteia nossas lideranças e as mantem ofuscadas em virtude da cegueira pelo PODER.  Optamos pela construção de grandes e intransponíveis MUROS quando deveríamos atuar na execução de pontes rumo ao desenvolvimento econômico, social, cultural/educacional de nosso município.  E assim, comprometemos o FUTURO, haja vista, a pratica de ações do imediatismo necessário a possível/provável recondução ao PODER – Legislativo/Executivo, via próxima eleição.  O ciclo vicioso não se fragmenta e continuamos a elege-los, mesmo que mudem apenas alguns atores protagonista e/ou coadjuvantes, mesmo que sejam apenas transformados pela maquiagem do populismo e do encantador discurso que propaga BELOS SONS A QUEM OUVE, até porque nossa capacidade de ESCUTAR encontra-se, gravemente, comprometida. 

Nesta toada, no que se refere a falta gritante de convergência, especificamente entre PODER EXECUTIVO E LEGISLATIVO MUNICIPAL, não há como deixar de mencionar que a atual gestão do Executivo Municipal tem sido, amplamente, criticada pelo número recorde de VETOS a projetos da CASA LEGISLATIVA.  Neste caso, é preciso destacar que quando acionado o PODER JUDICIARIO os vetos e ações de INCONSTITUCIONALIDADES são acolhidos e prosperam em favor do EXECUTIVO.  Inclusive nosso prefeito, em recente participação no programa de RADIO CONVERSA FRANCA mencionou que a aprovação do décimo terceiro de nossos edis atropelou a legislação vigente e pertinente, de modo escancarado, ferindo nossa LEI ORGANICA MUNICIPAL.

Me recordo de uma celebre frase de MAGALHAES PINTO, onde afirmava que POLITICA É COMO NUVEM, VOCE OLHA E ELA ESTÁ DE UM JEITO. OLHA DE NOVO, E JÁ MUDOU...  em nosso município a frase tem sido aplicada com grande frequência e deste modo, o aliado de ontem é o desafeto de hoje ou o inimigo de amanhã.  E assim, violamos e ferimos a coerência.  Ávidos pelo PODER, nossas lideranças fazem uso da frase proferida pelo poeta OVIDIO e atribuída, a MAQUIAVEL - o fim justifica os meios – para depois quebrarem o elo de confiança e apoio, que os conduzem ao PODER, deixando órfãos alguns apoiadores ou cabos eleitorais rasos ou não.  Nesta nova fase aplicam, de fato, MAQUIAVEL, considerando que AOS AMIGOS OS FAVORES, AOS INIMIGOS O RIGOR DA LEI.   E com o advento da internet, entendida por muitos como terra de ninguém, aqueles se sentem órfãos tornam-se CRIADORES DE TRETAS com o simples e único objetivo, de MAMAREM NAS TETAS.  Não apresentam projeto algum, não se capacitam, não tem qualificação, entretanto, se auto proclamam proprietários da verdade absoluta, salvadores do município. Apenas e tão somente, praticam o exercício da CRITICA pela CRITICA e não imensa maioria, INFUNDADAS.

Nesta conjuntura promovemos e cristalizamos a cada instante e de modo acirrado o tal revanchismo que nos impede de convergir, até porque é mais viável, pela facilidade e comoção do discurso, explorar, rasteiramente, os problemas sem analises consistentes em busca da construção de soluções.

Necessitamos, com urgência extrema, de promover o resgate ao apreço a nossa cidade, despertar o gatilho do encanto de nosso povo por nossa sofrida e surrada terra, que clama por cuidado, por zelo de lavradores comprometidos com projetos e programas coletivos de desenvolvimento local e não vinculados a seus grupinhos eleitorais.  

Não se trata de propor cenário de utopia e sim da necessidade, veemente, de transformar indignação em ação, através da força do efetivo exercício da cidadania, até porque é insano repetir os mesmos erros e esperar resultados diferentes.  

É imprescindível desenvolver sensibilidade para perceber e entender que não podemos nos contentar com o mínimo que algumas lideranças nos propõe ou nos concedem, até mesmo porque grande parte de seus seguidores/assessores, a imensa maioria com limitações criativas quanto a políticas públicas,   são recrutados com foco no tilintar das moedas e  regiamente remunerados com recursos púbicos custeados com pagamento de nossos impostos/tributos  e, sobretudo,  se portam como vendedores da ilusão  de que QUEM NÃO SABE ONDE QUER CHEGAR,  QUALQUER CAMINHO SERVE....

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