Aconteceu na manhã de quinta-feira, dia 22, na sede da Secretaria dos Conselhos, uma palestra sobre o tema “Drogas na Sociedade e nas Escolas”, proferida pelo Juiz de Direito da Vara de Família, Infância e Juventude, Felipe Teixeira Cancela. Após sua apresentação, quando abordou os desafios do Judiciário e os aspectos mais pertinentes ao cumprimento da legislação em vigor referente a esse tema, o magistrado ouviu os relatos de professoras, diretoras e supervisoras pedagógicas sobre as dificuldades por eles enfrentadas diariamente nas escolas, desde abusos de indisciplina a casos envolvendo alunos menores e infratores.
Para lidar com essas situações que envolvem drogas nas escolas, a coordenadora de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social, Elaine Ferraz Rodrigues, detalhou uma experiência piloto que vem sendo realizada no bairro Leonardo, através de articulação em rede. “O trabalho em rede é muito mais que transferência de demanda para o outro, a ideia é reunir diversos atores que conhecem, convivem, trabalham em determinado território, pessoal de CRAS, de PSF, Conselho Tutelar, Polícia Militar, para diagnosticarmos os casos concretos, estabelecermos um plano de trabalho, que pode exigir intervenção junto à família, para tentamos minimizar ou eliminar os conflitos”, disse ela, informando que esse modelo de atuação vem trazendo resultados e será desenvolvido em outros bairros.
O Secretário Municipal de Educação, José Fernando Antunes Millane, sugeriu a manutenção de reuniões periódicas entre profissionais da educação e da assistência social, conselheiros e agentes do estado. “Desta forma, poderemos lidar diretamente com essas demandas e acompanhá-las”, disse. José Fernando também chamou a atenção para o dilema vivido pelo professor, em, por exemplo, conter ou não uma criança que se rebela, embora seja para protegê-la. “Se ela for contida com o uso das mãos, ela ficará marcada. Como responder à justiça ou à família, em situações com essa? Corre-se o risco de o professor ser até mesmo punido, muito embora a sua atitude seja a de evitar um acirramento de conflito”, questionou ele. O secretário disse ainda que a escola está tão engessada por uma legislação rigorosa e protetiva que não pode sequer estabelecer normas minimamente razoáveis de vestimenta em ambiente escolar.“Hoje a qualidade do ensino da matemática, do português e das ciências vem caindo porque o professor tem que dispor boa parte de seu tempo para assumir um papel que pertence à família”, acrescentou.
Questionado, o juiz Felipe Cancela deixou claro que “não comete ato ilícito quem age em legítima defesa, seja essa a defesa de terceiros ou do patrimônio da escola”. Ainda segundo ele, “na Justiça, o que deve sempre prevalecer é o bom senso e, por isso, de minha parte, o professor jamais seria punido em situações com essa”. O juiz de direito disse ainda que não cabe ao professor fazer o papel da família, mas reconheceu que este papel tem sido a ele imposto, “já que a família não tem feito a parte que lhe cabe”. Na oportunidade, o magistrado colocou-se à disposição dos educadores, assistentes sociais e dos conselheiros para a participação em novos encontros. “O evento foi extremamente positivo, mostrando sobretudo a preocupação dos servidores públicos em melhorar a qualidade de seus serviços prestados”, concluiu o magistrado.
Membro do COMAD na qualidade de representante das escolas estudais, o professor João Dione Sarque Augusto disse, ainda, que o evento atendeu a uma crescente demanda dos próprios professores e diretores escolares, que têm dificuldades para lidar com essa realidade. “A palestra e os relatos das experiências colocadas neste encontro serviram de alerta para a responsabilidade da família, da escola, dos conselheiros, de membros do judiciário e do ministério público, enfim, de toda sociedade para lidar com essas situações de conflito que provocam a vulnerabilidade do ambiente escolar com as drogas. Precisamos de união, sozinhos, desarticulados, ninguém vai conseguir superar esse desafio”, comentou.
Para lidar com essas situações que envolvem drogas nas escolas, a coordenadora de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social, Elaine Ferraz Rodrigues, detalhou uma experiência piloto que vem sendo realizada no bairro Leonardo, através de articulação em rede. “O trabalho em rede é muito mais que transferência de demanda para o outro, a ideia é reunir diversos atores que conhecem, convivem, trabalham em determinado território, pessoal de CRAS, de PSF, Conselho Tutelar, Polícia Militar, para diagnosticarmos os casos concretos, estabelecermos um plano de trabalho, que pode exigir intervenção junto à família, para tentamos minimizar ou eliminar os conflitos”, disse ela, informando que esse modelo de atuação vem trazendo resultados e será desenvolvido em outros bairros.
O Secretário Municipal de Educação, José Fernando Antunes Millane, sugeriu a manutenção de reuniões periódicas entre profissionais da educação e da assistência social, conselheiros e agentes do estado. “Desta forma, poderemos lidar diretamente com essas demandas e acompanhá-las”, disse. José Fernando também chamou a atenção para o dilema vivido pelo professor, em, por exemplo, conter ou não uma criança que se rebela, embora seja para protegê-la. “Se ela for contida com o uso das mãos, ela ficará marcada. Como responder à justiça ou à família, em situações com essa? Corre-se o risco de o professor ser até mesmo punido, muito embora a sua atitude seja a de evitar um acirramento de conflito”, questionou ele. O secretário disse ainda que a escola está tão engessada por uma legislação rigorosa e protetiva que não pode sequer estabelecer normas minimamente razoáveis de vestimenta em ambiente escolar.“Hoje a qualidade do ensino da matemática, do português e das ciências vem caindo porque o professor tem que dispor boa parte de seu tempo para assumir um papel que pertence à família”, acrescentou.
Questionado, o juiz Felipe Cancela deixou claro que “não comete ato ilícito quem age em legítima defesa, seja essa a defesa de terceiros ou do patrimônio da escola”. Ainda segundo ele, “na Justiça, o que deve sempre prevalecer é o bom senso e, por isso, de minha parte, o professor jamais seria punido em situações com essa”. O juiz de direito disse ainda que não cabe ao professor fazer o papel da família, mas reconheceu que este papel tem sido a ele imposto, “já que a família não tem feito a parte que lhe cabe”. Na oportunidade, o magistrado colocou-se à disposição dos educadores, assistentes sociais e dos conselheiros para a participação em novos encontros. “O evento foi extremamente positivo, mostrando sobretudo a preocupação dos servidores públicos em melhorar a qualidade de seus serviços prestados”, concluiu o magistrado.
Membro do COMAD na qualidade de representante das escolas estudais, o professor João Dione Sarque Augusto disse, ainda, que o evento atendeu a uma crescente demanda dos próprios professores e diretores escolares, que têm dificuldades para lidar com essa realidade. “A palestra e os relatos das experiências colocadas neste encontro serviram de alerta para a responsabilidade da família, da escola, dos conselheiros, de membros do judiciário e do ministério público, enfim, de toda sociedade para lidar com essas situações de conflito que provocam a vulnerabilidade do ambiente escolar com as drogas. Precisamos de união, sozinhos, desarticulados, ninguém vai conseguir superar esse desafio”, comentou.
Fonte: Prefeitura Municipal de Cataguases
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