Uma pesquisa feita em dezembro pelo Ibope indica que o WhatsApp é o aplicativo mais usado no país. Está no telefone de 93% dos internautas brasileiros. Não é à toa que o bloqueio deu o que falar. Primeiro, por meio de mensagens. Depois que o aplicativo saiu do ar, o assunto ganhou as ruas.
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Foto: Bruno Fortuna/ Fotos Públicas |
O juiz criminal Marcel Montalvão determinou a suspensão do serviço por 72 horas, a partir das 2 horas da tarde dessa segunda-feira. O pedido foi feito pela Polícia Federal e teve parecer favorável do Ministério Público. O juiz entendeu que foi preciso tirar do ar o WhatsApp em todo o país, para investigar o tráfico de drogas na cidade de Lagarto, em Sergipe.
De acordo com a decisão judicial, a medida se baseia no Marco Civil da Internet. O diretor do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Carlos Affonso, que colaborou com a elaboração do Marco Civil, discorda. Para ele, o Marco Civil da Internet diz exatamente o oposto e proíbe esse tipo de suspensão.
O processo segue em sigilo e, por isso, nem o juiz Marcel Montalvão nem o Tribunal de Justiça de Sergipe responderam à critica.
O problema é que o WhasApp é tão popular, que virou ferramenta de trabalho e até um canal para vendas. Bárbara Manduca é gerente de marketing de um shopping popular em Belo Horizonte que usa o aplicativo para vender produtos para todo o país. De acordo com ela, somente nas primeiras horas de bloqueio, as vendas caíram cerca de 30%.
O presidente da Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, João Rezende, avaliou que a suspensão do aplicativo em todo o país é uma medida desproporcional porque pune os usuários do serviço. Entre as alternativas para troca de mensagens estão os aplicativos Telegram, e o ZapZap, um programa desenvolvidos por brasileiros, além do torpedo SMS.
Agencia Brasil
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