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    domingo, 13 de dezembro de 2015

    Programa "Filme em Minas" viabiliza restauração do último roteiro de Humberto Mauro

    Longa “A noiva da cidade”,  filmado em 1978, chega ao grande público em janeiro por cópias em DVD

    “A noiva da cidade” somente agora, 37 anos depois, chega para apreciação do grande público.
    Foto: Divulgação
    O programa Filme em Minas, da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), viabiliza a restauração de um longa metragem de Humberto Mauro, cineasta precursor da sétima arte no Estado que inspirou gerações por vir. “A noiva da cidade” somente agora, 37 anos depois, chega para apreciação do grande público através do empenho do professor e historiador além-paraibano André Martins Borges.

    Bastidores do filme raro ‘A noiva da cidade’,
    de Humberto Mauro - Foto: Divulgação
    A obra está sendo recuperada pelo Museu de História e Ciências Naturais e tem Elke Maravilha (no papel principal) e Grande Otelo. Com trilha original de Chico Buarque e Francis Hime, o enredo trata da história de uma famosa atriz que volta à sua cidade natal em busca de refúgio, mas a aventura parece impossível, pois toda a cidade se apaixona por ela. O filme teve locações em Volta Grande, Além Paraíba e Cataguases.

    Profícuo entendedor de história, André Martins reconhece a importância da preservação e resgate de traços que constroem a identidade mineira e vem trabalhando com preservação da memória audiovisual desde 2005, sempre contando com os incentivos da SEC, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Mas foi somente para o trabalho com o último roteiro de Humberto Mauro que Martins usou dos recursos advindos do Filme em Minas.

    “Foi uma grata descoberta o conhecimento da categoria ‘Preservação da memória’, do Filme em Minas, uma vez que o edital permite e realiza uma distribuição mais igual dos recursos destinados ao audiovisual para uma parcela maior de profissionais da área. Não somente os grandes produtores têm acesso aos recursos, mas também aqueles que tinham dificuldade de captar apoio junto ao mercado. Estou ansioso pelas próximas edições do programa”, diz Martins.

    O resgate da fita

    Martins descobriu uma única cópia do filme, em Betacam, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio. Os recursos do Filme em Minas, no valor de R$ 39 mil, serviram para restaurar e digitalizar a cópia da fita, que já estava em estado terminal. O processo de digitalização já está na fase final.

    Em janeiro, na cidade de Volta Grande, terra natal de Humberto Mauro e locação principal das filmagens, o longa será lançado. Duas mil cópias em DVD e 300 em blu-ray de “A noiva da cidade” serão distribuídas gratuitamente para entidades educacionais e culturais em Minas Gerais e demais estados.

    André Martins ainda acrescentou um extra ao DVD, que consiste em documentário, com entrevistas de moradores da região que participaram das gravações e com a estrela do filme - Elke Maravilha -, bem como um making of com as curiosidades das gravações.

    Humberto Mauro

    Humberto Mauro (Volta Grande, 30 de abril de 1897 — 5 de novembro de 1983) foi um dos pioneiros do cinema brasileiro. Fez filmes entre 1925 e 1974, sempre com temas brasileiros.

    Foto: Divulgação
    Filho de Gaetano Mauro, imigrante italiano, e de Teresa Duarte, mineira culta e poliglota, ele nasceu na Zona da Mata mineira dois anos depois da histórica sessão cinematográfica promovida pelos irmãos Lumière, em Paris. Quando criança, mudou-se com a família para Cataguases.

    Mauro filmou diversos filmes utilizando-se de Cataguases como locação, tornando-se parte da história cataguasense onde manteve estreitas ligações com poetas e escritores modernistas da época, especialmente com os integrante do chamado Movimento Verde. Criado em Cataguases após a Semana de Arte Moderna de 1922, tinha como integrantes Rosário Fusco, Francisco Inácio Peixoto, Ascânio Lopes e Guilhermino César, dentre outros, que eram responsáveis pela edição da Revista Verde, um dos marcos da literatura modernista brasileira.

    Afastado do cinema desde 1974, quando fez o curta-metragem "Carro de Bois", mas apesar de longe dos sets, ainda acompanhou Viany para a filmagem do filme a noiva da cidade no final dos anos 70. Passou a viver em seu sítio Rancho Alegre, em Volta Grande, onde morreu, aos 86 anos, quase que completamente cego, após uma forte pneumonia. 

    Fontes: Agência Minas e Wikipedia

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