O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou há pouco a segunda morte após o rompimento de duas barragens no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana. O corpo foi encontrado na cidade de Rio Doce.
Treze pessoas continuam desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros.
As barragens do Fundão e de Santarém, pertencentes à empresa Samarco, romperam ontem, quinta-feira (5), por volta das 16h30 e inundaram a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração.
O Corpo de Bombeiros informou que mais de 500 moradores de áreas afetadas pelo rompimento das barragens foram resgatados pela corporação. No total, 105 bombeiros e 20 viaturas estão em Bento Rodrigues, área rural onde ocorreu o acidente.
e acordo com o comunicado, as vítimas primeiramente tomam banho, para a retirada de resíduos de ferro, e, em seguida, são encaminhadas para unidades de saúde da região.
A corporação informou ainda que quatro feridos – dois adultos e duas crianças – foram resgatados e levados para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Três helicópteros auxiliam nos trabalhos e duas retroescavadeiras estão sendo usadas para abrir passagem e permitir acesso aos locais mais afetados pela tragédia.

Esse tipo de barragem é feita para reter os resíduos sólidos e água dos processos de mineração. O rejeito é o material que deve ser armazenado para proteção do meio ambiente.
Lama atinge cidade a 60 km de Mariana
A lama e a sujeira liberadas após o rompimento de duas barragens em Mariana (MG) atingiram a cidade de Barra Longa, distante 60 quilômetros do local da tragédia. O prefeito Fernando Carneiro informou que o município está completamente inundado e que pelo menos três povoados estão isolados.
Segundo ele, cerca de 50 casas localizadas na parte mais baixa da cidade foram danificadas depois que o Rio Gualaxo do Sul transbordou. Na zona rural, uma residência foi completamente destruída. “A pessoa saiu de lá só com a roupa do corpo”, contou Fernando Carneiro. “Estamos sem acesso a três povoados porque perdemos três pontes e só se chega de helicóptero agora.”
Ainda de acordo com o prefeito, os moradores não esperavam que os estragos pudessem chegar até Barra Longa e foram surpreendidos pelo aumento repentino no nível do rio. “A última enchente que tivemos foi em 1979. Neste momento, não estava nem chovendo por aqui. Graças a Deus, parece que não tivemos vítimas”, disse.
Fonte: Agência Brasil / EBC
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