O Projeto do vereador Serafim Spíndola, número 46/2014 que "Consolida e sistematiza a legislação sobre farmácias e drogarias no Município de Cataguases" foi um dos projetos que trouxe maior polêmica na sessão da Câmara Municipal na noite desta terça-feira (3).


Mesmo retirado da votação, os proprietários de farmácias João de Paula Facchini Cerqueira (Farmácia Santa Rita), Sérgio Fernandes de Paula (Droganova) e Roberto de Almeida Gonçalves (Drogaria Econômica), expuseram ao plenário os motivos porque são contrários ao projeto.
O empresário João Cerqueira, iniciou falando que de imediato a farmácia encontraria muitos problemas trabalhistas, pois é regida pela CLT e que entre outras coisas, não poderia exceder a 2 horas extras diárias por pessoa, que a jornada de trabalho não pode ser estendida, necessitando que o funcionário fizesse paradas noturnas para descanso, além de presença de um farmacêutico responsável, entre outros. O empresário disse que o município precisaria de maior eficiência nos serviços básicos como transporte público que também não funciona 24 horas e atendimento médico, além de mais segurança. Segundo João Cerqueira, quando a pessoa precisa de atendimento durante a noite, ela se dirige ao Pronto Atendimento Municipal e se o problema for grave, ela já seria medicada no PSM, necessitando de medicamento somente quando as farmácias já abriram, às 7 horas da manhã. Ele também ressaltou que o plantão das farmácias estão organizados diariamente até as 22 horas e que são amplamente divulgados por vários meios de comunicação. "Eu acho que quando se faz uma Lei, a gente precisa investigar também as implicações e não colocar uma faca no pescoço dizendo faça e se vire pra fazer" Concluiu.
Roberto Gonçalves, reforçou a questão da obrigatoriedade do farmacêutico e disse que quando se abre um estabelecimento farmacêutico, tem de declarar o horário de funcionamento ao Conselho Regional de Farmácia e que durante todo o período, deve-se ter um farmacêutico responsável e que cada farmacêutico só pode trabalhar 40 horas semanais, o que forçaria as farmácias a contratar outro profissional, inviabilizando a proposta de Serafim.
O empresário Sérgio Fernandes de Paula, também falou sobre a questão de contratação de um farmacêutico que segundo ele, custaria mais de R$ 4 mil conforme piso estabelecido e reforçou sobre o plantão das farmácias dizendo que as farmácias investem em panfletos e cartazes para informar a população as farmácias que estão de plantão.
Serafim Spíndola, iniciou citando a Bíblia dizendo "Ai daqueles que fazem Leis injustas e escrevem decretos opressores para privar aos pobres os seus direitos" e ao começar a explanar sobre o problema enfrentado por mães que as vezes não tem onde recorrer a noite, foi interrompido várias vezes, com gritos de que o problema não era dos empresários e sim dos políticos. Serafim, então disse que diante das interrupções, não poderia apoiar mais a audiência pública, porque as pessoas não o deixavam expor as idéias e irritou-se, quando um empresário falou que não era problema deles e disse entre outras coisas que eles não estavam ligando para os pobres e os ânimos se exaltaram.

O vereador Michelângelo também se posicionou contrário ao projeto, porque acredita que não existe demanda para venda de remédios durante toda a noite, além de não ser rentável para o empresário. No fim da sessão, o mesmo deu uma declaração ao Site Mídia Mineira como você pode conferir abaixo.
É ridiculo quem é contra farmacia 24 Horas .. coisa de gente que tem cabeça retrograda e pequena ... espero que tenham uma grande diarreia a noite e não tenham como comprar um simples remedio para resolver o problema ... Hospital ?? é para casos graves e não para atender estas pequenas emergencias que podem ser evitadas com uso de simples remedios .Quem é contra é dono de farmacia que tem preguiça de trabalhar .
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