O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou há pouco a lista com os nomes de políticos sobre os quais o Procurador-Geral da República pediu abertura de inquérito no caso da Operação Lava Jato. Entre eles, estão os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dez senadores são citados, além de deputados e ex-governadores como Antônio Anastasia (PSDB) e Roseana Sarney (PMDB). Alguns dos pedidos foram arquivados, como é o caso dos senadores Delcídio Amaral, Romero Jucá, Aécio Neves e Ciro Nogueira; os deputados federais Henrique Eduardo Alves e Aguinaldo Ribeiro; os ex-deputados Cândido Vacarezza, João Alberto Júnior e Pedro Correa; e o empresário Alexandre José dos Santos.
O ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, deferiu 21 pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, referentes a autoridades com prerrogativa de foro e outras pessoas que podem estar envolvidas na investigação que teve como foco principal desvios de recursos da Petrobras. Zavascki revogou o sigilo da tramitação dos procedimentos, tornando públicos todos os documentos referentes ao processo.
Veja a lista publicada:
Políticos que já estavam sob investigação:
PSDB
Antônio Augusto Junho Anastasia (senador por Minas Gerais)
PTB
Fernando Collor de Mello (senador por Alagoas)
Políticos que serão investigados:
PP
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba)
Aline Lemos Correa de Oliveira Andrade (ex-deputada por São Paulo)
Arthur Cézar Pereira de Lira (deputado por Alagoas)
Benedito de Lira (senador por Alagoas)
Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)
Gladison de Lima Cameli (senador pelo Acre)
Simão Sessim (deputado pelo Rio de Janeiro)
Nelson Meurer (deputado pelo Paraná)
Eduardo da Fonte (deputado por Pernambuco)
Luiz Fernando Faria (deputado por Minas Gerais)
Dilceu João Sperafico (deputado pelo Paraná)
Jerônimo Goergen (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Sandes Jr. (deputado por Goiás)
José Afonso Hamm (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Missionário José Olímpio (deputado por São Paulo)
Lazaro Botelho Martins (deputado por Tocantins)
Luiz Carlos Heinze (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Renato Mölling (deputado por Rio Grande do Sul)
Roberto Egídio Balestra (deputado por Goiás)
Roberto Pereira de Britto (deputado pela Bahia)
Waldir Maranhão (deputado por Maranhão)
José Otavio Germano (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Mário Sílvio Mendes Negromonte (ex-ministro e ex-deputado pela Bahia)
João Pizzolatti (ex-deputado por Santa Catarina)
Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)
Roberto Teixeira (ex-deputado por Pernambuco)
Carlos Magno (ex-deputado por Rondônia)
João Leão (ex-deputado pela Bahia e vice-governador
Luiz Argôlo (ex-deputado pela Bahia, deixou o PP em 2013, filiado ao Solidariedade)
José Linhares (ex-deputado pelo Ceará)
Pedro Henry (ex-deputado pelo Mato Grosso)
Vilson Covatti (ex-deputado pelo Rio Grande do Sul)
PMDB
Aníbal Ferreira Gomes (deputado pelo Ceará)
Romero Jucá (senador por Roraima)
Renan Calheiros (senador por Alagoas, atual presidente do Senado)
Roseana Sarney (ex-senadora e ex-governadora pelo Maranhão)
Edison Lobão (senador pelo Maranhão e ex-ministro)
Valdir Raupp (senador por Rondônia)
Eduardo Cunha (deputado pelo Rio de Janeiro e atual presidente da Câmara Federal)
PT
Gleisi Hoffmann (senadora pelo Paraná e ex-ministra da Casa Civil)
Humberto Costa (senador por Pernambuco e ex-ministro)
Lindbergh Farias (senador pelo Rio de Janeiro)
Vander Loubet (deputado por Mato Grosso do Sul)
Cândido Vacarezza (ex-deputado por São Paulo)
José Mentor (deputado por São Paulo)
Políticos que tiveram processos remetidos a outros tribunais, onde poderão ser investigados:
PT
Antônio Palocci (ex-ministro)
Cândido Vacarezza (ex-deputado por São Paulo)
PP
João Pizzolatti (ex-deputado por Santa Catarina)
Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba e ex-ministro)
Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)
O que é a operação Lava Jato?
Operação Lava Jato é o nome de uma investigação realizada pela Polícia Federal do Brasil, cuja deflagração da fase ostensiva foi iniciada em 17 de março de 2014, com o cumprimento de mais de uma centena de mandados de busca e apreensão, prisões temporária, preventivas e conduções coercitivas, tendo como objetivo apurar um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar mais de 10 bilhões de reais.
A operação recebeu esse nome devido ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis pela quadrilha para movimentar os valores de origem ilícita. A denuncia inicial partiu do empresário Hermes Magnus, em 2008, quando o grupo de acusados tentou lavar dinheiro na sua empresa Dunel Indústria e Comércio, fabricante de componentes eletrônicos. A partir da denúncia inicial, foram empreendidas diligências investigativas que culminaram com a identificação de quatro grandes grupos criminosos, chefiados por Carlos Habib Chater, Alberto Youssef, Nelma Mitsue Penasso Kodama e Raul Henrique Srour.
No curso da investigação identificou-se ainda que o doleiro Alberto Youssef havia adquirido um veículo Land Rover Evoque para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Foram ainda colhidos indícios iniciais de pagamentos indevidos realizados por empresas vencedoras de contratos na RNEST (Refinaria Abreu e Lima) para o doleiro Alberto Youssef.
Até abril de 2014, a operação já contava com 46 pessoas indiciadas pelos crimes de formação de organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro e 30 pessoas presas, dentre elas o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Em junho de 2014, o ex-diretor negou participação no esquema criminoso, porém, após a Polícia Federal realizar buscas em empresas da esposa, filhas e genros e encontrar indícios que incriminavam a ele e toda sua família, Paulo Roberto Costa decidiu colaborar com o Ministério Público Federal valendo-se do recurso da delação premiada, podendo obter dessa forma a redução de sua pena e a possibilidade de cumprimento da mesma em regime domiciliar e o pagamento de uma multa.
Em janeiro de 2015, o Ministério Público Federal lançou um portal que reúne uma série de informações, como número de pessoas sob investigação, quantidade de procedimentos instaurados e a íntegra das denúncias apresentadas pelo MPF. A página foi produzida pela força-tarefa que cuida da Operação, em parceria com a Secretaria de Comunicação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Paulo Roberto Costa afirmou que a escolha dos membros da diretoria da estatal não era por capacidade técnica e sim por indicação política e que era necessário "dar algo em troca" para ocupar o alto escalão da empresa.
Fonte: Agência Brasil/EBC e Wikipedia
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