VÍDEO: Defensora Geral se emociona com homenagem na Câmara de Cataguases

A Defensora Pública Geral do Estado de Minas Gerais, Andréa Abritta Garzon, foi homenageada na noite desta quarta-feira na Câmara Municipal de Cataguases, juntamente com a Coordenadora da Mata II, Dra. Eliana Maria de Oliveira Spindola e o Defensor Público, Dr. Davi Cleriston Campos Pereira.

Estiveram presentes na ocasião, diversas autoridades, entre elas o Prefeito Cesinha Samor, o Gerente Regional de Saúde, Willian Lobo de Almeida, o Major Miranda, atual Comandante da PM de Cataguases, o Defensor, Dr. Bruno Meirelles Jardim, o ex-prefeito de Cataguases, Dr. Tarcísio Humberto Parreiras Henriques, entre outros.

A cerimônia contou também com apresentação dos reeducandos do Presídio Municipal que apresentaram uma poesia por Eduardo Erasmo Dutra, que faz parte do livro que foi lançado pelo presídio recentemente e vários números musicais do coral Recomeço.

Doutor Tarcísio lembrou quando ele trouxe a defensoria pública para Cataguases e das lutas passadas para a implantação do serviço, antes do Estado assumir a Defensoria Pública. Lembrou de quando era secretário de justiça e conheceu a Dra Andrea Garzon, emocionando a Defensora “Eu gostaria de dizer doutora, que nós conseguimos uma conquista que há de perdurar por muito tempo”.

O vereador José Augusto Guerreiro Titoneli, discursou falando sobre a importância da defensoria pública como “catalisador social”. “A Defensoria Pública não apenas interessa aos carentes, mas a própria democracia. As consequências da atuação da Defensoria Pública têm reflexo direto com a pacificação social e o advento de uma sociedade muito mais justa e igualitária” disse.

O Vereador Serafim Couto Spindola, também discursou dizendo que quase deixou a Polícia Civil para ser Defensor Público, lembrou a família de Andréa Abritta Garzon, que é neta do poeta cataguasense, Oswaldo Abritta, um dos criadores da Revista Verde que iniciou o movimento modernista no município.

Serafim ressaltou os esforços que foram feitos anteriormente por parte da Câmara Municipal e do Ex-Prefeito William Lobo para tentar implantar a Regional da Defensoria Pública, mas que só pode ser concretizado devido a ousadia e determinação da Defensora Geral, desafiando forças políticas da região. “O povo de Cataguases reconhece o trabalho árduo que foi feito [...] Esteja certa que Vossa Excelência está sendo abraçada e homenageada pelos habitantes de Cataguases”.

O vereador destacou também o trabalho da Dra. Eliana Spindola à frente da Defensoria Pública em Cataguases e também do Defensor Público Dr Davi Pereira.

O Prefeito de Cataguases, José César Samor, falou sobre a importância da Regional Mata II ter vindo para Cataguases, agradeceu a Defensora Geral pelo empenho e disse que pelo reconhecimento que o município alcançou através dos movimentos artísticos, não só no passado mas nos dias de hoje, lembrando-se do escritor Luiz Ruffato. O prefeito disse também que no entendimento dele, uma cidade com toda essa cultura e com a arrecadação de impostos que possui, sendo a terceira na Zona da Mata, precisa ser respeitada.

O Defensor Público, Davi Cleriston Campos Pereira, agradeceu a homenagem e disse que a Defensoria Pública deseja fazer muito mais, pois a população não conhece ainda o potencial da Defensoria, que ainda carece de regulamentação de Leis mas que vem crescendo muito.

A Coordenadora da Mata II, Dra. Eliana Spindola, pediu aos vereadores para pensar no povo quando for legislar, relatou o amor que possui pela profissão e da importância do Defensor Público para o município.

A Defensora Geral, Andréa Abritta Garzon, lembrou seu avô Osvaldo Abritta, suas raízes em Cataguases e disse que sempre se sentiu filha de Cataguases, que a cidadania honorária apenas oficializou este fato. Modesta, a Defensora disse não ser digna da homenagem mas que a receberia em nome da Instituição, pelos Defensores Públicos e pelo seu avô. Contou histórias que vivenciou na Defensoria pública, emocionando a todos e continuou: “Há de se questionar, que passados mais de 30 anos da Constituição Cidadã, de 1988, onde a Defensoria Pública ganha status constitucional e nós estamos convencidos de que não há Estado Democrático de Direito sem Defensoria Pública e que a miséria é muito mais do que sentir fome, a miséria muitas vezes é bater em uma porta que nunca se abre, porque você tem o direito e não pode exercê-lo porque você não tem dinheiro.” Disse a Defensora que questionou o motivo de com o passar dos anos, a Defensoria Pública tenha caminhado menos que os outros órgãos. “Será que os direitos que a gente defende, os direitos que a Constituição colocou pra gente guardar são direitos menores? São direitos menos importantes?” perguntou e terminou citando trecho da Constituição brasileira que diz “Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”.

Também o vereador Geraldo Majella Mazini se manifestou e disse que ficou muito feliz quando soube do empenho da Defensora Pública Geral em trazer a regional para Cataguases, em uma sociedade que já acostumou a ver outras cidades prestigiadas, se sente honrada ao ver o prestígio dado pela Defensora Geral. Majella falou sobre o trabalho e empenho da Dra Eliana e concluiu: “Nos somos, cada um de nós, representantes do povo e nós temos a oportunidade de falar em nome desse povo e trazer o agradecimento de Cataguases, que às vezes, neste momento não consegue abranger o quanto a senhora está nos prestigiando e nos felicitando por esta decisão, muito obrigado e que as suas decisões sempre tenha um “Q” de Cataguases nela ”.

Por fim, o Presidente, Fernando Pacheco Fialho, disse que a Defensora Geral, possibilitou que Cataguases fosse referência em Defensoria Pública no estado de Minas Gerais, ao trazer para o município a Regional Mata II. “É de extrema importância, relevância e resolutividade, ter nossa cidade no cenário estadual como uma das sedes regionais. Cataguases merecia tudo isso e temos muito que agradecer a Vossa Excelência. A Câmara Municipal de Cataguases, tem orgulho de prestar esta humilde homenagem e ao mesmo tempo, agradecer pelos bons serviços prestados tanto pela Defensoria local, regional e estadual [...] A Defensoria é a mais importante instituição de acesso ao cidadão que precisa de tratamento digno as suas necessidades mais prementes, é muito triste as pessoas não poderem fazer valer os seus direitos, por não ter acesso aos bens e aos serviços essenciais que são direitos delas [...] Entendo, que o estado social, democrático de direito, na sua plenitude é exercido quando temos incluídos os atendimentos prestados pelos defensores públicos [...] O poder econômico as vezes oprime e muito, mas a defensoria é sempre libertadora para oferecer uma mão amiga.” disse o presidente.