A Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Cataguases desta terça-feira (19), embora tenha aprovado apenas um projeto, do vereador Geraldo Majela Mazini, demorou mais do que o esperado, pois outros assuntos importantes foram tratados.
O Projeto de Majella, que foi aprovado por unanimidade, acrescentou um parágrafo ao artigo 185 do Código de Posturas Municipal, excluindo os artistas do contexto de vendedor ambulante, podendo os mesmos, a partir da publicação, expor e vender suas obras nas vias públicas de Cataguases sem a necessidade de possuir alvará para tanto. 
No início da reunião, foi lido um pedido do advogado Eduardo Barcelos, para que os vereadores criassem nova Comissão Especial de Inquérito (C.E.I.), para investigar o Cemitério de Cataguases, devido a matéria do Site Mídia Mineira, onde demonstra a existência de caixões queimados, diversos pontos com lixo, como roupas de cadáveres, configurando crime ambiental e até um crânio humano. Porém, os vereadores acharam que devido a ação da Prefeitura Municipal em criar duas comissões que irão investigar o fato, não seria necessário a criação de uma terceira comissão, devendo por enquanto, fiscalizar o funcionamento das comissões do executivo.
O vereador Jose Augusto Guerreiro Titoneli, falou sobre visita que realizou no bairro Carijós e da situação dos moradores que precisam subir a pé cerca de 500 metros de morro, pois não existe ônibus no local. Confira reportagem completa sobre este assunto, mais tarde aqui no site.
Dois Requerimentos importantes deram entrada em caráter de urgência e foram aprovados pelos vereadores. O primeiro, do vereador Aquiles Branco Ribeiro, que homenageará em Sessão Solene, 30 mulheres (duas por vereador) por ocasião do Dia Internacional da Mulher em março.
O segundo, assinado por 9 vereadores, (Serafim Spindola, José Augusto Titoneli, Walmir Linhares, Antônio Batista Pereira, João Manoelino Bolina, Maurício Rufino, Paulo Sergio Ventura, Antônio Gilmar de Oliveira e Michelângelo de Melo Correa), solicitou providências da Mesa Diretora, sobre a declaração dada pelo promotor de eventos e um dos responsáveis pela New Mídia (vencedora da licitação do carnaval) ao Site Mídia Mineira, Osmar Antunes da Costa, de que existem alguns vereadores "bandidos" na Câmara Municipal de Cataguases.Destaque também para o requerimento do vereador Michelângelo de Melo Correa, que deseja saber sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Prefeitura e Ministério Público para a realização de Concurso Público, que segundo informações do vereador, possuía prazo até dezembro de 2013. O vereador deseja saber se o prazo foi estendido e se o município corre risco de pagamento de multa.
Titoneli acrescentou e o que quando era Presidente da Câmara, a mesma transferiu R$ 150 mil para a realização do Plano Diretor e que se a prefeitura não tiver recursos o mesmo poderá ser feito, outro fato levantado pelo vereador, foi a questão das proibições impostas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). "A gente precisa brigar agora é com o IPHAN" disse.
Grande Expediente
Os vereadores Walmir Linhares e Serafim Couto Spindola, utilizaram o grande expediente, para expor ao plenário da Câmara de Cataguases, a matéria exibida pelo Site Mídia Mineira, onde mostrou entrevista exclusiva com o proprietário da empresa New Mídia, Paulo Roberto de Souza e o Promotor de eventos Osmar Antunes da Costa, vencedora da licitação do Carnaval 2014 em Cataguases.
Walmir, mostrou o vídeo da entrevista ao Site Mídia Mineira e as fotos que ele produziu em visita a sede da empresa em Santana de Cataguases, deixando todos os presentes estarrecidos com as declarações do Proprietário, do Promotor de Eventos e o que foi encontrado no local por ocasião de sua visita, a saber, uma bicicleta velha, uma balança, uma grade, vários sacos no chão, não tendo nenhuma aparência de escritório. "Fiz o meu trabalho, o meu dever e quero continuar lutando, pois creio que nossa cidade carece de políticos sérios" disse o vereador.
Após, Serafim Spíndola, fez um discurso contundente, dizendo sobre o total desconhecimento do proprietário Paulo Roberto sobre sua empresa. "Eu nunca ví uma sede de empresa deste jeito, [...] a que ponto Cataguases chegou, R$ 180 mil para uma empresa como esta" disse Serafim que também ressaltou que tudo que o proprietário falou, envolvia o engenheiro José Ricardo e Osmar Antunes.
O vereador, apontou vários pontos que precisam ser apurados na fala de Osmar, como dizer que o Ex-Procurador, Dr. Sirley, teria favorecido o radialista Souza Mendonça na colocação de um telão na Praça Governador Valadares, também, em ter dito que houve "maracutaia" entre o Ex-Secretário de Cultura do Governo William José Vitor e o responsável pela Pró1.
O legislador lembrou que a licitação já era anunciada, que quinze dias antes ele e o vereador Titoneli, receberam denuncia de que quem ganharia seria o "JotaErre". "Criou uma sociedade, um grupo e depois diz que tem vereador que é bandido. Se eu estivesse lá, se fosse uma licitação séria, o dono da empresa tinha de estar lá, para depois não falar que o valor não foi passado para o proprietário".
Novas Denuncias
Serafim, fez novas denuncias que teriam chegado até ele de forma anônima. A primeira, dizia que a empresa teria de fazer um depósito caução em dinheiro, segundo o edital, que isto não teria ocorrido e que agora, teria um cheque na mão de um funcionário da prefeitura. "Está fácil de comprovar, se tiver, está depositado, mas se não tiver, tem maracutaia lá dentro [...] Por enquanto, nós não estamos vinculando o pessoal da prefeitura não, mas se não tiver caução depositado, ai sim!" Segundo o vereador, este fato, se comprovado, envolveria crime de peculato e Improbidade Administrativa.
A outra denuncia que chegou ao vereador, é que a prefeitura pensa em cancelar a licitação e dividir a organização entre as mesmas pessoas da New Mídia.
O vereador finalizou criticando o prefeito "Ele é um homem de coragem, ele não tem coragem de colocar um ônibus no bairro Carijós, mas pra fazer uma licitação como esta ele tem"
Serafim, lembrou que já havia avisado sobre vícios na licitação e que todos os fatos apresentados foram levados ao Ministério Público.
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