VÍDEO EXCLUSIVO: Ex-Administrador do cemitério de Cataguases confirma violação de túmulos e contesta relatório da Comissão da Câmara

O Ex Administrador do Cemitério São José do município de Cataguases, Sr Waldecir Machado Taveira, concedeu uma entrevista exclusiva ao Site Mídia Mineira na tarde desta quinta-feira (29) e falou sobre seu ponto de vista em relação ao relatório da Comissão Especial de Assuntos Relevantes da Câmara Municipal de Cataguases, onde seu nome foi arrolado como principal envolvido no desvio de R$ 215 mil reais constatado pela comissão.

Waldecir, iniciou dizendo que a comissão da Câmara dos vereadores, não chamou as pessoas que ele indicou e que houve informações que não quiseram investigar por motivos políticos. Segundo o ex-funcionário municipal, o relatório da Comissão da Câmara não investigou as transferências ilegais que foram realizadas no Cemitério e que foram apontadas por ele. "Eles não queriam fazer uma CPI" disse.

Confira abaixo os principais pontos da entrevista concedida a Marcos Gama:

Venda de Túmulos:

Sobre a venda de túmulos, ele disse que não intermediava e sim indicava os túmulos de pessoas que eram proprietárias e que queriam repassar.

Túmulos Violados:

O Sr. Waldecir, afirmou que houve violação de túmulos na administração que o antecedeu. Segundo contou, por volta do ano de 2005, o túmulo nº 2980, de propriedade do Sr. Efigênio Julio, foi violado. O túmulo teria sido esvaziado sem autorização do proprietário e o administrador da época teria mandado jogar fora os restos mortais que se encontravam neste túmulo mas que o funcionário resolveu guardar no ossário.

Esvaziamento de Túmulos:

Sobre o destino dos restos mortais dos túmulos que eram vendidos, ele afirmou que nunca ocorreu de um túmulo ter de ser esvaziado para a venda pois, segundo ele, todos os túmulos que foram vendidos estavam vazios e não possuíam restos mortais antes.

Desfalque:

Ele também contesta o valor de R$ 215 mil reais que o município está acusando de ter desviado, pois conforme disse, o valor dos 50 túmulos que supostamente não chegaram aos cofres públicos seria em torno de R$ 72 mil reais sendo que foram cobrados 100% de juros e que deveria ser abatido desse valor os descontos que foram concedidos pelo então procurador do município, Roosevelt Pires. Ele também afirma ter provas de que o valor de alguns túmulos que estão relacionados entraram para o erário e contesta o direito do então procurador Roosevelt, em dar descontos dizendo que a comissão deveria ter ido mais além, pois ele mesmo entrou em contato no setor de fiscalização e foi informado que o decreto utilizado por Roosevelt não o autorizava a conceder os tais descontos.

Investigação da Câmara de Vereadores:

Sobre a Comissão de Assuntos Relevantes da Câmara dos vereadores, ele disse que faltou ouvir muitas pessoas e que nada foi investigado a fundo, mas que ele até entende pois não se tratava de uma comissão de inquérito e sim de uma comissão especial.

Assista a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:

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