Com uso de deepfakes, criminosos criam vídeos falsos de celebridades para enganar consumidores em busca de promoções
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| Foto: Sarah Torres / ALMG |
A Black Friday de 2024, marcada para o dia 28 de novembro, chega com uma nova modalidade de golpe que preocupa especialistas em defesa do consumidor. A utilização de inteligência artificial por fraudadores tem permitido a criação de conteúdos extremamente realistas, tornando ainda mais difícil a identificação de ofertas falsas.
A tecnologia conhecida como deepfake permite que criminosos produzam vídeos de alta qualidade nos quais personalidades públicas aparecem promovendo produtos inexistentes ou ofertas fraudulentas. A técnica reproduz com precisão a imagem e a voz de pessoas famosas, criando anúncios que circulam principalmente em redes sociais e aplicativos de mensagens.
Segundo o Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, os consumidores devem manter cautela redobrada diante de qualquer propaganda que utilize celebridades. A recomendação é buscar a verificação das informações em plataformas especializadas em checagem de fatos antes de realizar qualquer compra baseada nesses anúncios.
Além das fraudes digitais, o período de promoções também acende o alerta sobre o endividamento das famílias. A orientação é que as pessoas avaliem cuidadosamente a real necessidade da aquisição, a disponibilidade de recursos para pagamento à vista e a urgência da compra antes de tomar qualquer decisão.
Os golpes digitais têm chegado aos consumidores por múltiplos canais. Mensagens em aplicativos, publicações em redes sociais e até ligações telefônicas oferecem descontos aparentemente irresistíveis, mirando especialmente aqueles que não verificam a autenticidade das ofertas.
Entre as estratégias recomendadas para evitar prejuízos está a comparação de preços em múltiplas plataformas. Quando uma oferta parecer muito abaixo da média de mercado, a sugestão é acessar diretamente o site oficial da loja, digitando o endereço no navegador, sem clicar em links recebidos por mensagens ou redes sociais.
A análise da reputação das empresas em plataformas de avaliação de consumidores também figura entre as medidas preventivas. Sites especializados costumam reunir experiências de outros compradores e podem revelar padrões de problemas com determinadas lojas virtuais.
O acompanhamento da evolução dos preços antes da data da Black Friday permite identificar se os descontos anunciados são genuínos. Algumas plataformas oferecem gráficos históricos de valores, facilitando a comparação e a identificação de promoções enganosas que aumentam preços dias antes para depois anunciarem reduções fictícias.
A questão da disponibilidade em estoque merece atenção especial. Casos de compras efetivadas sem que o produto estivesse disponível já foram registrados, gerando transtornos aos consumidores que pagaram por mercadorias não entregues.
Sites fraudulentos têm se tornado cada vez mais sofisticados, reproduzindo com fidelidade a aparência de lojas legítimas. Um sinal de alerta importante é a oferta exclusiva de pagamento por pix, boleto ou transferência bancária, sem a opção de cartão de crédito ou débito.
Quando o pagamento por pix for inevitável, a verificação criteriosa do destinatário da transferência torna-se fundamental. O nome do beneficiário deve corresponder exatamente à empresa que está vendendo o produto, caso contrário, trata-se de fraude.
O registro de todas as etapas da negociação, incluindo capturas de tela e salvamento de comunicações, cria um histórico que pode ser útil em caso de necessidade de reclamação. As conversas e comprovantes servem como evidência das condições acordadas.
Para compras online, a legislação brasileira garante o direito de arrependimento em até sete dias após o recebimento do produto. O fornecedor tem a obrigação de informar de forma clara os procedimentos para exercer esse direito, conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor.
O uso de computadores públicos ou redes de internet abertas para realizar transações financeiras representa um risco significativo. Esses ambientes podem conter programas maliciosos projetados para capturar dados bancários e senhas de usuários.
Técnicas de pressão psicológica, como cronômetros em contagem regressiva indicando o fim iminente de uma promoção, são recursos utilizados para apressar a decisão de compra. O objetivo é impedir que o consumidor reflita adequadamente sobre a transação.
A Fundação Procon de São Paulo mantém uma lista pública de sites fraudulentos ou problemáticos, organizada alfabeticamente com dados das empresas. A consulta a esse material pode evitar que consumidores caiam em armadilhas já identificadas pelos órgãos de defesa.
A exigência de nota fiscal permanece como direito básico em qualquer transação comercial. O documento comprova a operação e é essencial para garantir direitos como garantia e possíveis trocas.
Em caso de problemas, os consumidores podem buscar os Procons municipais ou registrar reclamações na plataforma consumidor.gov.br, desde que o fornecedor esteja cadastrado no sistema. A formalização da queixa é o primeiro passo para buscar a resolução de conflitos.
Por Mídia Mineira com informações da ALMG
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