Ação coordenada pelo MPMG e forças de segurança, que aconteceu no mesmo dia da ação no Rio de Janeiro, mira desarticulação de célula criminosa na Zona da Mata
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| Foto: PM/Divulgação. |
investigações apontam comando do tráfico a partir de presídios
A Polícia Militar de Minas Gerais, em conjunto com o Ministério Público estadual e outras forças de segurança, deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a segunda fase da Operação Saracura, voltada ao combate do crime organizado na Zona da Mata. A ação resultou na prisão de 14 pessoas com suspeita de envolvimento com o Comando Vermelho, sendo cinco detidas em Bicas e seis em Juiz de Fora. Outros três alvos já se encontravam no sistema prisional.
A operação mobilizou um efetivo de aproximadamente 150 policiais civis, militares e penais, que utilizaram 46 viaturas, um helicóptero e um cão farejador. Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão domiciliar nas duas cidades. Segundo informações das autoridades, as investigações começaram há cerca de um ano na comarca de Bicas e foram conduzidas pelo MPMG com apoio das polícias Civil e Militar.
Os detidos são apontados como integrantes de uma associação criminosa dedicada ao tráfico de drogas, além de responderem por crimes de tortura e ameaça. De acordo com a Polícia Militar, o grupo atuava principalmente nos bairros Retiro e Jardim Esperança, em Juiz de Fora, e no bairro Saracura, em Bicas. Este último funcionava como ponto de refino de entorpecentes, especialmente pasta base de cocaína e maconha.
Um dado que chama atenção nas investigações é que parte dos detidos comandava as atividades ilícitas de dentro de unidades prisionais. Eles se comunicavam por telefone para dar ordens e coordenar as operações do grupo na região. A operação contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) da Zona da Mata e da Polícia Rodoviária Federal.
Segundo o Ministério Público, a ação representa mais uma iniciativa de enfrentamento às tentativas de fixação de facções criminosas de alcance nacional em território mineiro. As investigações indicaram que a organização buscava estruturar bases nos municípios da região, impondo medo à população e fortalecendo a presença da facção em áreas consideradas estratégicas para expansão.
A operação aconteceu no mesmo dia em que o Rio de Janeiro realizou uma megaoperação contra o Comando Vermelho, considerada a mais letal da história do estado, com 64 mortes registradas. Apesar da coincidência de datas, as ações não possuem relação direta, segundo as autoridades. No entanto, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais informou que os serviços de inteligência das polícias Civil e Militar foram acionados para acompanhar os desdobramentos da operação fluminense.
As forças de segurança mineiras permanecem em alerta para eventuais movimentações de criminosos que possam tentar fugir do Rio de Janeiro em direção a Minas Gerais. A BR-040, principal ligação entre os dois estados, está sendo monitorada, mas até o momento não há registro de impacto direto na região de Juiz de Fora relacionado à operação carioca.
Em setembro, outra operação do GAECO já havia mirado o Comando Vermelho na Zona da Mata, com cumprimento de mandados em dez cidades da região, incluindo Juiz de Fora, Astolfo Dutra, Bicas, Coronel Pacheco, Mercês, Muriaé, Pedro Teixeira, Piraúba, Três Corações e Lima Duarte. As investigações apontaram que a organização buscava expandir sua atuação em áreas estratégicas da região.
A Polícia Civil segue investigando os casos relacionados à atuação da facção na Zona da Mata. As autoridades trabalham para identificar outros possíveis envolvidos na rede criminosa e desarticular completamente a célula que atuava entre Juiz de Fora e Bicas.
Por Mídia Mineira.
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