Evento realizado pela APRAC celebrou o Setembro Verde e destacou trabalhos que ampliam conscientização sobre transplantes na Zona da Mata
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Marcos Gama, diretor do Site Mídia Mineira recebeu a homenagem das mãos de Rafael Moreira, presidente de Honra da APRAC. |
O mês de conscientização sobre doação de órgãos ganhou um momento especial em Cataguases na última semana. Durante celebração organizada pela Associação dos Pacientes Renais de Cataguases (APRAC), realizada no Manto Verde, profissionais e voluntários que contribuem para a causa receberam reconhecimento público.
Entre os homenageados estava Marcos Gama, responsável pelo portal Mídia Mineira. A distinção veio como reconhecimento pelo trabalho contínuo de divulgação de informações relacionadas à doação de órgãos e aos tratamentos de hemodiálise, temas que ainda carecem de visibilidade na região.
A placa entregue durante a cerimônia destacou a atuação do veículo em levar notícias e conteúdos de conscientização para Cataguases e municípios vizinhos. O Setembro Verde é uma campanha nacional que busca sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, além de esclarecer dúvidas sobre o processo.
Segundo informações apresentadas no evento, o trabalho desenvolvido pelo portal tem sido importante para fortalecer a causa e dar maior alcance às ações da associação. A APRAC atua no apoio a pacientes renais e suas famílias, além de promover campanhas educativas sobre prevenção de doenças renais e a necessidade de doadores.
A homenagem reflete o reconhecimento da sociedade civil organizada ao papel da comunicação na construção de uma cultura de solidariedade. Quando veículos de imprensa dedicam espaço regular para temas de saúde pública, contribuem para amplificar mensagens que podem salvar vidas.
O Brasil ainda enfrenta desafios significativos em relação à doação de órgãos. Apesar de ter um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo, a fila de espera permanece extensa, com milhares de pessoas aguardando por um órgão compatível.
A conscientização da população é considerada fundamental para aumentar o número de doadores. Muitas famílias ainda têm dúvidas sobre o processo ou não conhecem a posição de seus entes queridos sobre o tema, o que pode dificultar a autorização no momento necessário.
Um ponto crucial que o Setembro Verde enfatiza é a necessidade do diálogo familiar. No Brasil, mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida o desejo de ser doadora, a decisão final cabe aos familiares. Por isso, conversar abertamente sobre o assunto com pais, filhos, cônjuges e irmãos é essencial para que a vontade do possível doador seja respeitada.
Muitas doações deixam de acontecer justamente pela falta dessa conversa prévia. Em momentos de dor e luto, a família que desconhece a vontade do falecido tende a negar a doação por medo de estar contrariando seus desejos. Quando há clareza sobre a posição da pessoa, a decisão se torna mais tranquila e assertiva.
Especialistas recomendam que essa conversa aconteça em momentos cotidianos, sem dramaticidade. Manifestar o desejo de ser doador durante uma refeição em família, por exemplo, pode ser suficiente para que todos fiquem cientes dessa vontade. O importante é que o tema seja abordado de forma natural e que todos os membros da família tenham conhecimento.
Iniciativas como o Setembro Verde buscam justamente preencher essa lacuna de informação. Durante todo o mês, organizações de saúde, associações de pacientes e voluntários promovem palestras, eventos e campanhas nas redes sociais para esclarecer a população. A campanha, que ocorre desde 2014 no país, ganhou força nos últimos anos e já se consolidou como um dos principais momentos de mobilização em torno da causa.
O mês de setembro foi escolhido por coincidir com o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. A cor verde simboliza a esperança de uma nova vida para quem aguarda na fila de transplantes. Durante esse período, prédios públicos e monumentos são iluminados de verde, e materiais informativos são distribuídos em unidades de saúde e espaços públicos.
A participação da imprensa local nesse movimento é vista como estratégica. Veículos regionais têm a capacidade de dialogar diretamente com suas comunidades, usando linguagem acessível e abordando realidades próximas ao cotidiano das pessoas.
O evento no Manto Verde reuniu pacientes, familiares, profissionais de saúde e apoiadores da causa. A programação incluiu momentos de confraternização e troca de experiências, fortalecendo a rede de apoio que se forma em torno dos pacientes renais.
A APRAC desenvolve trabalho continuado ao longo do ano, oferecendo suporte aos pacientes em tratamento de hemodiálise e promovendo ações de prevenção. A associação também atua como ponte entre pacientes e o sistema de saúde, facilitando o acesso a informações e serviços.
As homenagens prestadas durante o evento reforçam a importância do trabalho em rede. Quando diferentes atores da sociedade se mobilizam em torno de uma causa comum, os resultados tendem a ser mais expressivos e duradouros.
Vale lembrar que um único doador pode beneficiar até oito pessoas com a doação de órgãos e melhorar a qualidade de vida de muitas outras através da doação de tecidos, como córneas, pele e ossos. Essa informação revela o impacto transformador que uma simples conversa em família pode ter, gerando um legado de solidariedade que transcende a própria existência.
Por Mídia Mineira.
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