Homem sem habilitação dirigia na contramão sob efeito de álcool quando provocou o acidente no distrito de Sereno
A Delegacia de Polícia de Cataguases finalizou as investigações sobre o acidente fatal que vitimou um motociclista na Rodovia MG-447, no distrito de Sereno, no dia 7 de julho. O responsável pelo sinistro foi formalmente indiciado por homicídio doloso na modalidade de dolo eventual, crime que reconhece a assunção consciente do risco de matar.
O episódio trágico ocorreu quando o condutor de um automóvel, em estado de embriaguez e sem possuir carteira de habilitação, invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com uma motocicleta. O impacto resultou na morte instantânea do motociclista.
Durante o processo investigativo, os peritos confirmaram que o veículo seguia em trajetória completamente irregular no momento da colisão. Os exames técnicos descartaram outras hipóteses que haviam sido levantadas inicialmente, estabelecendo de forma inequívoca a dinâmica do acidente.
A perícia técnica, aliada ao laudo necroscópico, comprovou a materialidade do crime. As evidências coletadas demonstraram que o condutor assumiu deliberadamente comportamentos de alto risco ao volante, desconsiderando por completo as consequências de seus atos.
O histórico criminal do investigado revela um padrão preocupante de desrespeito às normas de trânsito. Registros policiais apontam que ele já havia sido autuado recentemente por conduzir veículo sob influência de álcool, evidenciando reincidência no comportamento criminoso.
O delegado Conrado Rodrigues Guedes, responsável pelo caso, destacou que a combinação de fatores apurados durante a investigação caracteriza completo desprezo pela vida humana. A embriaguez, a ausência de habilitação, o tráfego na contramão e o histórico criminal recente formam um conjunto probatório robusto.
As investigações seguiram protocolos rigorosos, incluindo análise de depoimentos de testemunhas oculares, laudos periciais detalhados e reconstituição do acidente. Todos os elementos coletados convergem para a mesma conclusão sobre a culpabilidade do investigado.
A classificação como homicídio doloso na modalidade de dolo eventual fundamenta-se no artigo 121 do Código Penal. Esta tipificação reconhece que o agente, mesmo não tendo intenção direta de matar, assumiu conscientemente o risco de provocar a morte de terceiros.
O processo investigativo demonstrou celeridade e eficiência da Polícia Civil mineira. Em apenas nove dias, todas as diligências necessárias foram realizadas, garantindo a completa elucidação dos fatos e a responsabilização criminal adequada.
O investigado encontra-se em prisão preventiva desde o ocorrido, medida que visa garantir a ordem pública e evitar a reiteração criminal. A custódia preventiva foi mantida devido à gravidade do delito e ao risco que o indivíduo representa para a sociedade.
Com a conclusão do inquérito policial, o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para as providências legais cabíveis. Caberá agora ao Ministério Público oferecer a denúncia criminal e ao Judiciário conduzir o processo até o julgamento final.
Por Mídia Mineira.
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