Polícia Civil conclui investigação que começou em maio
A Polícia Civil de Minas Gerais finalizou na última sexta-feira (13) as investigações de um grave caso de violência doméstica registrado em Cataguases. O caso envolve um homem de 28 anos que aterrorizou sua ex-companheira, também de 28 anos, através de ameaças constantes e da exposição não autorizada de conteúdo íntimo da vítima nas redes sociais.
As apurações policiais tiveram início no dia 7 de maio, quando a mulher procurou as autoridades para denunciar o comportamento criminoso do ex-namorado. Segundo o inquérito, o suspeito não apenas a intimidava psicologicamente com ameaças diretas, mas também criou um perfil falso em uma plataforma digital para disseminar material íntimo da ex-parceira sem qualquer autorização.
Durante o desenvolvimento das investigações, o Poder Judiciário deferiu medidas protetivas de urgência para garantir a segurança da vítima. Contudo, o investigado optou por desrespeitar frontalmente as determinações judiciais, mantendo o padrão de perseguição e intimidação contra a mulher.
Diante do flagrante desacato às ordens judiciais, os investigadores da PCMG solicitaram à Justiça a prisão preventiva do suspeito. A detenção foi executada pela equipe da Delegacia de Polícia Civil de Cataguases no final de maio, há aproximadamente duas semanas.
No momento da prisão, os agentes cumpriram simultaneamente um mandado de busca e apreensão na residência do investigado. Durante a operação, foram confiscados diversos equipamentos eletrônicos que possuíam relação direta com os crimes praticados, incluindo possíveis evidências digitais do material divulgado indevidamente.
O delegado Conrado Rodrigues Guedes, responsável pelo caso, explicou que o trabalho investigativo conseguiu reunir provas consistentes que resultaram no indiciamento do suspeito por múltiplas infrações penais. Entre os crimes apontados estão ameaça, descumprimento de medida protetiva, divulgação de cena de nudez sem autorização, uso de falsa identidade e registro não autorizado de intimidade sexual.
O caso ilustra a complexidade dos crimes de violência doméstica na era digital, onde os agressores utilizam a tecnologia como ferramenta adicional de controle e humilhação das vítimas. A divulgação não consensual de imagens íntimas, conhecida popularmente como "pornografia de vingança", constitui crime específico no ordenamento jurídico brasileiro.
A conclusão do inquérito policial representa um passo importante para que a vítima obtenha justiça e para que o agressor responda adequadamente pelos crimes cometidos. O material investigativo será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá sobre o oferecimento da denúncia criminal.
Por Mídia Mineira.
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