Estudo conduzido na UFJF demonstra benefícios da atividade física supervisionada para portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica
Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) comprovaram cientificamente que a prática regular de exercícios físicos melhora significativamente a percepção de felicidade em pacientes que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A investigação, liderada pelo professor Anderson José, da Faculdade de Fisioterapia, surgiu após observações de que indivíduos com DPOC frequentemente apresentam baixos índices de felicidade autorrelatada.
A metodologia do estudo envolveu 40 participantes diagnosticados com DPOC, divididos em dois grupos distintos. O primeiro grupo realizou um programa de exercícios físicos supervisionados durante dois meses, com frequência de três sessões semanais, incluindo atividades aeróbicas e treinamento com pesos. O segundo grupo, considerado controle, manteve apenas o tratamento médico convencional oferecido pelo Hospital Universitário.
Os resultados foram expressivos e revelaram que os pacientes submetidos ao programa de exercícios apresentaram aumento na percepção de felicidade, enquanto o grupo controle demonstrou redução nesse mesmo indicador. Além disso, os participantes fisicamente ativos registraram maior satisfação com a vida em comparação aos sedentários.
"Observamos melhorias que vão além dos benefícios físicos já conhecidos como aumento da capacidade pulmonar e resistência à fadiga. Os dados mostram um impacto direto no bem-estar psicológico desses pacientes", explicou o professor Anderson José, coordenador da pesquisa.
Um ponto crucial destacado pelos pesquisadores é a necessidade de supervisão profissional durante as atividades físicas para pacientes com DPOC. Por se tratar de uma condição respiratória específica, exercícios sem acompanhamento adequado podem representar riscos à saúde. "O acompanhamento por profissionais qualificados é essencial para garantir que essas atividades tragam benefícios e não complicações", ressaltou o pesquisador.
Para mensurar os níveis de felicidade e satisfação, a equipe utilizou questionários reconhecidos internacionalmente, os mesmos aplicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em estudos globais sobre bem-estar populacional. Embora o conceito de felicidade possa parecer subjetivo, esses instrumentos permitem avaliações qualitativas consistentes, baseadas em fatores como saúde, situação econômica, emoções positivas e relacionamentos interpessoais.
Com os resultados promissores obtidos, a equipe da UFJF pretende publicar o estudo em periódicos científicos internacionais e expandir a investigação para outros grupos de pacientes com doenças respiratórias crônicas, como a asma. A expectativa é que as descobertas incentivem mais pessoas com DPOC a adotarem um estilo de vida ativo, sempre com orientação profissional adequada.
Por Mídia Mineira.
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