Percurso resgata o contrabando de ouro em trilhas históricas e culturais.
Fotos: Ciclorrota Descaminhos do Ouro / Divulgação. |
Uma nova oportunidade para os amantes de cicloturismo foi oficialmente lançada nesta quarta-feira (13) na Zona da Mata Mineira. A Ciclorrota Descaminhos do Ouro, com seus 420 quilômetros de extensão, atravessa 15 municípios, conectando história, cultura, gastronomia e paisagens naturais.
O trajeto, que resgata as rotas usadas no contrabando de ouro durante o período colonial, é dividido em sete caminhos e 14 etapas. Os ciclistas e caminhantes podem percorrer estradas rurais e urbanas que passam por cidades como São João Nepomuceno, Guarani e Tabuleiro. O projeto busca promover o desenvolvimento do turismo local, valorizando a rica herança cultural e histórica da região.
Além do pedal, a rota oferece experiências que incluem visitas a locais históricos e pontos de relevância cultural, como o município de Rio Pomba, berço da civilização na Zona da Mata, e São João Nepomuceno, que foi palco de operações militares contra o lendário contrabandista “Mão de Luva”.
O projeto, idealizado em 2018, contou com a parceria entre a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), Sebrae e outros órgãos. Durante o lançamento em Goianá, os organizadores destacaram o potencial turístico da rota, que foi sinalizada para orientar cicloturistas e visitantes.
História e turismo unidos
A Ciclorrota não é apenas um desafio físico, mas também uma imersão na história. Durante o período colonial, a região era conhecida como Sertões do Leste das Áreas Proibidas, utilizada por contrabandistas que evitavam as fiscalizações da Estrada Real. Personagens como Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, chegaram a participar de expedições contra os contrabandistas na área.
Entre os destaques históricos, está o Caminho de Langsdorff, documentado pela famosa expedição científica liderada pelo naturalista alemão Georg Heinrich Von Langsdorff. O percurso também inclui localidades como Rochedo de Minas e Tabuleiro, ricas em histórias e paisagens deslumbrantes.
O trajeto é dividido em sete rotas principais, que oferecem diferentes experiências aos ciclistas. Elas incluem a Estrada de Langsdorff, com paisagens elevadas, e a Rota do Porto, que era usada para escoar ouro pelo Rio Paraíba do Sul até o litoral.
Fotos: Ciclorrota Descaminhos do Ouro / Divulgação. |
Os organizadores ressaltam que a iniciativa pretende não apenas atrair turistas, mas também fomentar a economia local. O trajeto passa por cidades com rica gastronomia, produção artesanal e um cenário natural exuberante, criando oportunidades para empreendedores e comerciantes locais.
As sete rotas da Ciclorrota Descaminhos do Ouro
- Rota 1: Limite de fiscalização de Cunha Menezes (66,7 km – Piau, Goianá e Rio Novo)
- Rota 2: Estrada para a Região Aurífera (81,7 km – Tabuleiro e Rio Pomba)
- Rota 3: Estrada de Langsdorff (74,3 km – Guarani e Descoberto)
- Rota 4: Estrada para Macuco (82,6 km – São João Nepomuceno e Rochedo de Minas)
- Rota 5: Estrada para Louriçal (49,3 km – Bicas e Mar de Espanha)
- Rota 6: Rota do Porto (85,5 km – Chiador e Pequeri)
- Rota 7: Estrada do Rio Cágado (80,1 km – Pequeri, Chácara e Goianá)
Mais informações sobre o percurso podem ser encontradas no site oficial do projeto, cicloturismo.descaminhosdoouro.com.br.
Por Mídia Mineira.
Entre para o nosso canal no Whatsapp: Clique aqui
0 comments:
Postar um comentário