Outras três pessoas envolvidas no esquema, incluindo empresários e uma advogada, foram condenadas a penas de três anos e quatro meses de reclusão.
O ex-vereador e policial militar da reserva Joel Morais de Asevedo Junior, de 54 anos (foto), foi condenado a 25 anos e sete dias de prisão em regime inicial fechado. A decisão foi anunciada na última quinta-feira (28) e está relacionada aos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, investigados no âmbito da Operação Catarse. De acordo com o Ministério Público, o ex-parlamentar desviou recursos públicos da Câmara Municipal de Muriaé, em Minas Gerais, entre 2017 e 2019.
Joel Morais, que está preso preventivamente desde dezembro de 2023 no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, não terá o direito de recorrer em liberdade. Outras três pessoas envolvidas no esquema, incluindo empresários e uma advogada, foram condenadas a penas de três anos e quatro meses de reclusão, mas as punições foram substituídas por medidas restritivas de direitos, como prestação de serviços à comunidade.
As investigações apontaram que os desvios ocorriam por meio da utilização de notas fiscais falsas, emitidas por empresas do setor de papelaria. Os documentos superfaturavam a compra de materiais como papel, cartuchos e toners de impressora, gerando pagamentos indevidos. O esquema também envolveu a ocultação de patrimônio, como veículos e imóveis, que pertenciam ao ex-vereador e à esposa, conforme denunciado pelo MP.
Além das acusações financeiras, Joel Morais enfrenta outro processo por homicídio. Ele é acusado de assassinar sua esposa, Priscila Silva Dala Paula Azevedo, de 26 anos, em dezembro de 2021. Na ocasião, Priscila foi morta a tiros dentro de casa, e o casal tinha um filho de apenas 1 ano e 4 meses. O ex-vereador confessou o crime, que permanece em julgamento.
Na política, Joel Morais construiu uma trajetória de destaque em Muriaé, sendo eleito vereador pela primeira vez em 2004 com votação recorde. Ele manteve o cargo por quatro mandatos consecutivos, de 2004 a 2020, e chegou a presidir a Câmara Municipal em 2013. Apesar de tentar a reeleição em 2020, não obteve sucesso.
A Operação Catarse expôs um esquema que, segundo o MP, comprometeu não apenas recursos públicos, mas também a confiança na gestão legislativa do município. A condenação do ex-vereador é considerada um marco no combate à corrupção na região, enquanto os desdobramentos do caso continuam em outras esferas judiciais.
Por Mídia Mineira.
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