Além do consumo, os impostos, custos da geração, transmissão e distribuição de energia estão incluídos na fatura cobrada a cada mês.
O outono chegou e muita gente já está na torcida para que o clima quente dê uma trégua nos próximos meses. Mas aqui na região Sudeste não são raros os dias em que as temperaturas permanecem elevadas mesmo nas estações mais frias. E você sabia que essa oscilação de temperatura tem impacto direto na sua conta de energia? Nos dias quentes, o ar-condicionado ligado por mais tempo e o abre e fecha da geladeira são os hábitos que impulsionam o seu gasto de energia. Já nos dias mais frios o chuveiro elétrico, a secadora de roupas e o ferro de passar assumem o posto de “vilões de consumo”.
“Por isso, para evitar um susto no orçamento ao final do mês, é importante que as pessoas usem a energia elétrica de maneira eficiente, sem desperdício e de olho no consumo mensal que vem detalhado na conta de energia”, orienta Luciano Cunha, coordenador de Leitura da Energisa Minas Rio.
Mas, quando se fala de fatura de energia, muitas pessoas não têm ideia do que vem cobrado todo mês. “Acompanhar o consumo não é apenas olhar o valor final a ser pago. A conta de energia é a soma do seu consumo, mais impostos, encargos setoriais, custos do processo de produção da energia elétrica e, dependendo do período, acréscimo da bandeira tarifária vigente. Ou seja, a tarifa da energia traz uma série de cobranças que resultam no total a ser pago todo mês”, explica Cunha.
Por isso, quando compreende a composição da conta de energia, o cliente consegue identificar quais os hábitos precisam ser adotados por toda a família para evitar que a conta venha mais alta por causa do desperdício de energia elétrica.
Sua conta em fatias
É importante saber que o valor da tarifa é definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), responsável pelas regras e fiscalização do setor elétrico no Brasil. É ela que também determina os processos de reajuste ou revisão tarifária de cada concessionária.
Em cada conta de energia estão cobrados os valores referentes ao consumo do imóvel em kWh no mês; custos da geração, transmissão e distribuição da energia que chega ao consumidor final (residências, estabelecimentos comerciais e industriais); encargos setoriais, impostos diretos, acréscimos da bandeira tarifária vigente e outros serviços como iluminação pública. Neste caso, por exemplo, a Energisa atua apenas como arrecadadora, repassado integralmente o valor da contribuição da iluminação pública aos órgão municipal.
De maneira didática, podemos comparar a conta de energia a uma pizza, em que o valor total se divide em fatias que vão para os respectivos órgãos e empresas responsáveis pelos serviços.
Economia no dia a dia
Depois de compreender o que é cobrado na conta, é importante que as pessoas desenvolvam hábitos que favoreçam o uso eficiente da energia. Além dos eletrodomésticos e eletrônicos que geram calor e costumam consumir bastante energia, outras práticas como guardar alimentos quentes na geladeira, sobrecarregar a tomada com vários aparelhos, deixar equipamentos em stand-by e lâmpadas ligadas o dia todo sem necessidade também contribuem para aumentar o gasto com a energia.
“Como a leitura do consumo pode ser realizada entre 27 e 33 dias, para não ter surpresas no final do mês, a família deve praticar o consumo consciente todos os dias e evitar o desperdício de energia”, finaliza o coordenador da Energisa.
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