Cobertura vacinal contra a doença mostra declínio em 2023.
Os produtores de bovinos e bubalinos em Minas Gerais estão sob a legislação que exige a vacinação de fêmeas entre 3 a 8 meses de idade contra a brucelose, uma doença que não apenas afeta a saúde animal, mas também representa um risco para os seres humanos. Esta medida faz parte do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), coordenado no estado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Em 2023, Minas Gerais registrou uma taxa de vacinação de 77,5% segundo os dados fornecidos pelos produtores, uma diminuição em relação ao ano anterior, quando o índice atingiu 86%. Este recuo é atribuído à escassez de vacinas disponíveis no mercado, evidenciando os desafios enfrentados pelo setor agropecuário na manutenção de altos níveis de imunização.
A brucelose, causada pela bactéria Brucella abortus, pode resultar em abortos tardios entre as fêmeas e é considerada zoonótica, capaz de transmitir-se para humanos, especialmente aqueles em contato direto com animais infectados ou seus resíduos. A prevenção através da vacinação, conduzida exclusivamente por profissionais autorizados, é crucial para o controle da doença.
Apesar dos desafios, Minas Gerais tem demonstrado progresso significativo ao longo dos anos no combate à brucelose. Estudos realizados mostram uma redução consistente na prevalência da doença, com o estado atualmente classificado como de baixa prevalência pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Este status reflete o impacto positivo das medidas de controle adotadas, incluindo a vacinação obrigatória iniciada em 1989 e a exigência de declaração de vacinação pelos produtores.
A legislação atual impõe multas para os produtores que falham em vacinar ou declarar a vacinação de seus animais, destacando a seriedade com que o estado trata a questão. A marcação dos animais vacinados, um requisito legal, ajuda na identificação e no monitoramento da imunização.
O IMA continua a enfatizar a importância da participação ativa dos produtores na vacinação e declaração, visando não apenas proteger a saúde animal, mas também prevenir riscos para a saúde humana. A agência disponibiliza informações adicionais e suporte através de seu site e unidades locais, encorajando uma abordagem colaborativa na erradicação da brucelose em Minas Gerais.
Por Mídia Mineira com
informações da Agência Minas.
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