Declaração controversa de Lula durante cúpula na União Africana provoca tensão diplomática com Israel.
Em um desenvolvimento recente nas relações internacionais, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi declarado "persona non grata" pelo governo de Israel. A medida surge após comentários feitos pelo presidente, que estabeleceu um paralelo entre o Holocausto e a atual guerra em Gaza, durante uma entrevista concedida no último final de semana.
Lula, que estava em Adis Abeba, Etiópia, para participar de uma reunião da cúpula da União Africana, fez um apelo aos países ricos para que aumentassem a ajuda humanitária a Gaza. Ele expressou profunda preocupação com a crise humanitária na região, que se intensificou desde outubro, quando o grupo terrorista Hamas, governante de Gaza, lançou um ataque contra Israel, levando a mais de 1.200 mortes e cerca de 240 reféns, conforme relatado pelas autoridades israelenses.
A situação escalou rapidamente, com retaliações que resultaram em mais de 28 mil mortes de palestinos, incluindo civis, mulheres e crianças, além de forçar mais de um milhão de pessoas a abandonarem suas casas, de acordo com as autoridades de Gaza.
O problema foi a improvisação do discurso onde ele disse: "O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus". A fala gerou uma repercussão extremamente negativa. Nas palavras do correspondente de assuntos diplomáticos do jornal online israelense The Times of Israel, Lazar Berman, a fala de Lula é "ignorante, na melhor das hipóteses".
A recusa de Lula em retratar-se de seus comentários, que comparavam as ações de Israel contra o Hamas ao Holocausto, levou o governo de Israel a manter sua decisão de considerar o presidente brasileiro como persona non grata, avaliando cuidadosamente os próximos passos a serem tomados.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel reiterou oficialmente que não haverá mudança em sua postura, conforme anunciado pelo Ministro Israel Katz na segunda-feira (19). Por enquanto, medidas adicionais, como a suspensão das relações diplomáticas, não estão previstas.
Apesar da tensão gerada pelas declarações de Lula, há indicações de que Israel não deseja que a situação escale para um rompimento completo. Membros do governo israelense destacaram a importância de diferenciar entre as posições oficiais do governo brasileiro e as visões da população em geral, sinalizando uma abordagem cautelosa em meio à crise diplomática.
Por Mídia Mineira.
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