Por iniciativa do Polo Audiovisual da Zona da Mata, o público cataguasense que ainda não havia tido a oportunidade de assistir ao filme Redemoinho, filmado em Cataguases e baseado na obra do escritor cataguasense Luiz Ruffato, pôde se deliciar com duas sessões do longa dirigido por José Luiz Villamarim com produção de Vânia Catani da Bananeira Filmes e realização no Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, com a parceria da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, da Fábrica do Futuro e patrocínio da Energisa.
As sessões aconteceram no Centro Cultural Humberto Mauro e antes, Luiz Ruffato, José Luiz Villamarim e Vânia Catani, concederam uma entrevista coletiva para a imprensa presente.
Perguntado sobre como foram as filmagens em Cataguases, as dificuldades encontradas e o que Cataguases precisa melhorar para que mais filmes aconteçam na cidade, Villamarim disse em primeiro lugar que o filme tinha de ser filmado em Cataguases porque a literatura de Ruffato se passa em Cataguases e seria uma traição não fazê-lo na cidade. Ele também disse que não teve dificuldade nenhuma durante a filmagem, que teve o maior apoio do Polo Audiovisual e que só tem elogios em relação a equipe e acolhida da cidade.
Já a produtora Vânia Catani, disse que como já haviam sido feito outros filmes em Cataguases a população acolheu muito bem a equipe, que a infraestrutura atendeu, que a inclusão de pessoas da cidade na produção não atrapalhou. "Foi uma beleza, nosso escritório era uma delícia, confortável, nossos hotéis eram ótimos, os donos nos compreendiam, compreendiam as peculiaridades do nosso ofício, do nosso trabalho, dos nossos horários e teve um hotel que comprou até uma churrasqueira para fazer churrasco pra gente, então, foi uma alegria". Em relação ao que Cataguases precisa melhorar para que mais filmes aconteçam na cidade e região, a produtora disse que o maior problema hoje é a questão do deslocamento, que a cidade precisa de um aeroporto mais próximo com voos regulares para Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
O escritor Luiz Ruffato questionado se hoje se sente mais reconhecido em sua cidade, respondeu que nunca esperou reconhecimento em Cataguases, que não é algo que almeja na vida. "Cataguases deveria agradecer a mim, não é porque eu estou colocando Cataguases, porque isso é dinheiro entrando na cidade, isso é economia, agora reconhecimento literário, sinceramente, se quiser me reconhecer ótimo, se não quiser me reconhecer, não faz a menor diferença pra mim porque não é isso que eu almejo. Cataguases pode fazer o que quiser pra mim que eu sempre vou ser aos olhos da burguesia de Cataguases, o filho do pipoqueiro e da lavadeira, nunca vou passar disso". Ele explicou que pretende manter esse conflito e que não almeja ser uma pessoa que não é. Segundo o escritor, no fundo, as honrarias são uma tentativa de cooptação.
O escritor também falou sobre sua obra literária no cinema. "Literatura é uma coisa, cinema ou teatro é outra coisa, são linguagens e não dá para você pretender que seu livro que está na sua cabeça, na cabeça de um leitor, vá aparecer no filme. Evidentemente que eu me sinto representado pelo Redemoinho, isso não há dúvida, eu tenho absoluta certeza de que tudo que está no Redemoinho tem um pouquinho de Luiz Ruffato lá mas, o Redemoinho é do José Luiz Villamarim, é da Vânia, dos atores, do Walter Carvalho, do George Moura, ou seja, não é meu. Então, eu nunca criei expectativas em relação as adaptações do meu trabalho, nenhuma. Eu só fui ver o filme no Rio de Janeiro quando estava pronto".
Sobre os próximos projetos no cinema, Villamarim disse que tem projetos para outros dois filmes e alguns convites, que também deve continuar fazendo outras coisas na TV também, mas que ainda não poderia revelar.
Mônica Botelho, representando o Polo Audiovisual, a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e a Energisa, agradeceu a todos e disse que este talvez seja o mais cataguasense dos filmes realizados em Cataguases, com verdadeiro DNA cataguasense e que foi um projeto acalentado por muitos anos. "A gente fica muito honrada de contar com esse time de bambas aqui, realizando o filme que tem esse registro cataguasense na veia. Do ponto de vista emblemático e simbólico é o filme que realmente marca uma retomada do cinema em Cataguases. Teve outros filmes aqui mas, simbolicamente, Redemoinho representa mais que nenhum outro esse DNA de Cataguases".
Inspirado em romance de Luiz Ruffato,“Redemoinho” é o primeiro longa-metragem de Villamarim. Rodado integralmente em bairros e distritos de Cataguases, em 2014, o filme traz grandes talentos nacionais: no elenco, Julio Andrade, Irandhir Santos, Cássia Kiss, Dira Paes, no roteiro, George Moura, e fotografia, Walter Carvalho. Cerca de 150 profissionais da Zona da Mata, entre artistas e técnicos, também trabalharam no filme.
Reconhecido em festivais e pela crítica especializada, o filme vem conquistando público em salas de cinema de todo o Brasil. Na trama, dois amigos de infância se reencontram após 20 anos de separação. Luzimar (Irandhir Santos) é operário da fábrica de algodão e não saiu da cidade. Gildo (Julio Andrade) mora em São Paulo, tem carro, algum dinheiro e a ilusão da vida na metrópole. Entre cervejas e recordações, os dois amigos passam a vida a limpo e repensam suas escolhas.



O escritor Luiz Ruffato questionado se hoje se sente mais reconhecido em sua cidade, respondeu que nunca esperou reconhecimento em Cataguases, que não é algo que almeja na vida. "Cataguases deveria agradecer a mim, não é porque eu estou colocando Cataguases, porque isso é dinheiro entrando na cidade, isso é economia, agora reconhecimento literário, sinceramente, se quiser me reconhecer ótimo, se não quiser me reconhecer, não faz a menor diferença pra mim porque não é isso que eu almejo. Cataguases pode fazer o que quiser pra mim que eu sempre vou ser aos olhos da burguesia de Cataguases, o filho do pipoqueiro e da lavadeira, nunca vou passar disso". Ele explicou que pretende manter esse conflito e que não almeja ser uma pessoa que não é. Segundo o escritor, no fundo, as honrarias são uma tentativa de cooptação.
O escritor também falou sobre sua obra literária no cinema. "Literatura é uma coisa, cinema ou teatro é outra coisa, são linguagens e não dá para você pretender que seu livro que está na sua cabeça, na cabeça de um leitor, vá aparecer no filme. Evidentemente que eu me sinto representado pelo Redemoinho, isso não há dúvida, eu tenho absoluta certeza de que tudo que está no Redemoinho tem um pouquinho de Luiz Ruffato lá mas, o Redemoinho é do José Luiz Villamarim, é da Vânia, dos atores, do Walter Carvalho, do George Moura, ou seja, não é meu. Então, eu nunca criei expectativas em relação as adaptações do meu trabalho, nenhuma. Eu só fui ver o filme no Rio de Janeiro quando estava pronto".
Sobre os próximos projetos no cinema, Villamarim disse que tem projetos para outros dois filmes e alguns convites, que também deve continuar fazendo outras coisas na TV também, mas que ainda não poderia revelar.

Inspirado em romance de Luiz Ruffato,“Redemoinho” é o primeiro longa-metragem de Villamarim. Rodado integralmente em bairros e distritos de Cataguases, em 2014, o filme traz grandes talentos nacionais: no elenco, Julio Andrade, Irandhir Santos, Cássia Kiss, Dira Paes, no roteiro, George Moura, e fotografia, Walter Carvalho. Cerca de 150 profissionais da Zona da Mata, entre artistas e técnicos, também trabalharam no filme.
Reconhecido em festivais e pela crítica especializada, o filme vem conquistando público em salas de cinema de todo o Brasil. Na trama, dois amigos de infância se reencontram após 20 anos de separação. Luzimar (Irandhir Santos) é operário da fábrica de algodão e não saiu da cidade. Gildo (Julio Andrade) mora em São Paulo, tem carro, algum dinheiro e a ilusão da vida na metrópole. Entre cervejas e recordações, os dois amigos passam a vida a limpo e repensam suas escolhas.
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