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    segunda-feira, 27 de março de 2017

    Prefeito de Ubá vem a Cataguases para conhecer projeto da Copasa de esgotamento sanitário - Confira entrevista exclusiva


    O prefeito de Ubá, Edson Teixeira Filho (PHS), visitou o prefeito de Cataguases, Willian Lobo, na última sexta-feira (24), buscando uma maior aproximação entre as prefeituras e troca de informações. Entre os principais assuntos, o prefeito Edson quis saber como foi realizado o contrato para o serviço de esgotamento sanitário em Cataguases, uma vez que Ubá vive hoje um drama na questão, devido a procrastinação do problema pelos gestores anteriores, culminando em decisão judicial que obriga o município - que ainda não decidiu a empresa que irá executar o serviço - a realizar 40% do tratamento do esgoto em um ano. Outra prioridade do prefeito de Ubá, diz respeito a implantação do aterro sanitário, pois o município paga hoje aproximadamente R$ 300 mil mensais, incluindo o transporte, para que seu lixo seja depositado em Juiz de Fora, contra aproximadamente R$ 40 mil de Cataguases onde o aterro já foi implantado no primeiro mandato de Willian Lobo.

    A iniciativa do prefeito de Ubá vir a Cataguases, nasceu após encontro com o prefeito Willian Lobo em duas reuniões que aconteceram em Muriaé. "Nada mais natural e acho que isso não acontece muito na nossa região, que os prefeitos dialoguem um pouco mais para procurar soluções comuns para problemas que são comuns" disse.

    A maior parte da conversa entre os prefeitos foi sobre esgotamento sanitário: "Um dos principais motivos da gente estar aqui hoje com Willian  é exatamente esse, porque ele já tem um trabalho em andamento com a Copasa para o tratamento de esgoto e o tratamento de água. Em Ubá, nós temos uma peculiaridade que não existe aqui, pois em Cataguases, pelo menos até este momento, ainda não tem falta de água para ser tratada, em Ubá nós temos um problema sério de fornecimento de água porque toda água nasce dentro do município e nestes últimos três anos de seca, nós tivemos realmente problema e a Copasa, detém, por mandado judicial, o tratamento de água por um prazo de 10 anos mas não faz ainda o tratamento de esgoto. Então, nós estamos negociando um contrato, não com a Copasa mas com o Governo do Estado para tratamento de água mas principalmente tratamento do esgoto sanitário. Hoje nós temos um ribeirão que atravessa a cidade totalmente poluído, quase um esgoto a céu aberto e nós não podemos mais conviver com isso, daí a ideia de vir aqui e saber quais as dificuldades que vocês estão enfrentando no relacionamento com a Copasa, como está o andamento das obras, qual a previsão inclusive de colocar em funcionamento e também como a população tem convivido com isso porque sabemos que a gente vai enfrentar vários problemas pois a Copasa hoje tem uma série de dificuldades em Ubá, então esse é o principal motivo hoje da nossa visita, mas isso não quer dizer que vamos encerrar por aqui os nossos assuntos, a ideia é que a gente faça reuniões constantes, não só com Cataguases, mas também com Muriaé, Leopoldina, com todos os municípios onde a gente possa conseguir alguma contribuição e também passar um pouco da nossa experiência para os outros prefeitos", explicou Edson Teixeira.


    O prefeito também explicou que Ubá tem dois problemas que não tem como esperar mais: a situação do ribeirão que encontra-se totalmente poluído e uma decisão judicial que obriga o município, em curto prazo, estar com 40% do saneamento básico concluído com um plano municipal que prevê a totalização dos serviços em no máximo 5 anos, além da escassez de água. "Nós estamos trabalhando alguns processos, inclusive junto a Copasa, de adquirir recursos dentro do plano que está sendo proposto para que nós consigamos pagar ao produtor rural, por serviço ambiental, para ele produzir, armazenar e conservar a água além de proteger as nascentes, mata ciliar, topo de morro, replantio de florestas, isso já está tudo previsto em nosso planejamento e a Copasa aceita fazer esse pagamento de 2% sobre sua renda líquida para esse Fundo Municipal de Meio ambiente para  que a gente possa incentivar o produtor a melhorar a produção de água de sua propriedade mas ai não se esgota o problema, porque como você falou, em Cataguases enfrenta-se problema e nós também vamos enfrentar porque a cidade toda ela terá de ser implantada a rede de esgota, agora a gente tem de ver isso, quais os problemas que tem aqui para que possamos minimizar em Ubá, essa é a ideia", ressaltou.


    Opções


    Perguntado se a Copasa seria a única opção para execução do esgotamento sanitário em Ubá, Edson Teixeira disse que o município tem três opções na prática mas que a Copasa sai na frente por deter a concessão do tratamento de água. Ele deixou claro que não é possível desvincular o esgotamento sanitário da empresa que trata a água, pois seria tecnicamente impossível, uma vez que as duas contas teriam de ser uma só. "Vamos imaginar, se eu não pago minha conta de água, a Copasa ou outra empresa ou autarquia, tem o poder de cortar a água, mas como se corta esgoto? Não tem jeito. Você não pode ter uma empresa que trabalhe com esgoto e outra que trabalhe com água, tem de ser integrada. Hoje a Copasa tem a concessão de água, o correto seria também ter a concessão de esgoto, isso ai é uma questão que está sendo discutida, mas nós poderíamos municipalizar essa questão ou poderíamos licitar, o que já foi tentado duas vezes em Ubá, mas as duas vezes a Copasa conseguiu impedir a licitação e continuamos com essa demanda judicial, então, se amanhã ou depois a gente fechar com a Copasa, ela teria que desistir dessa ação contra a Prefeitura de Ubá, seria a condição e isso está previsto inclusive na minuta de convênio. Os prazos estão ficando curtos, eu já não penso tanto no prazo de mandato de prefeito que encerra em 2020, eu penso nos prazos da necessidade real, da gente investir em produção de água, da gente ter capacidade de produção e distribuição de água mas principalmente, de tratar todo o esgoto do município, incluindo os distritos, então, as três opções são possíveis, teoricamente, a mais indicada hoje é a Copasa, mas se nós não chegarmos a um entendimento vamos partir para uma segunda opção", disse.


    Valor para o usuário final


    O prefeito Edson disse que provavelmente a cobrança será semelhante com a de Cataguases pois a Copasa tem uma tabela única e no geral as empresas começam a cobrar antes do serviço estar totalmente pronto, com uma taxa menor que depois de pronto todo serviço dobra de valor, da mesma forma que acontece com as empresas de pedágio que começam a cobrar antes da rodovia estar totalmente pronta. "Isso é um problema sério para discutir e os prefeitos vão sofrer com isso, mas são vários aspectos, como saúde, visual, você imagina aquela beira rio de Ubá que atravessa praticamente todo o município com aquele esgoto a céu aberto, imagina aquilo ali com a água mais limpa, uma água sem coliformes fecais, sem poluição, você melhora também o ambiente, não é questão apenas de saúde. É difícil para o munícipe entender isso, mas cabe a nós, prefeitura, Copasa, meios de comunicação, informar devidamente a população das vantagens que ela teria com o tratamento de esgoto", explicou o prefeito que também acredita que a cobrança da tarifa de esgoto servirá para que os usuários pensem em economizar água o que será importante para o município que vem sofrendo com racionamentos nas últimas secas. " A ideia é que se você vai pagar um pouco mais porque você vai ter de incluir o esgoto, você passa a economizar também um pouco de água. Se você gasta 15 mil litros de água por período, você pode gastar 10 mil. Se você economizar na água, vai estar deixando de pagar um valor maior pela água sem perda da qualidade de vida, isso que é importante, porque às vezes nós desperdiçamos a água e se você vai economizar na água, automaticamente você economiza também no esgoto sanitário. Esta é uma ideia que vai ter de ser divulgada, bem trabalhada com a população, mas é inevitável que a gente enfrente esse problema, com a população, em um primeiro momento, gostando ou não, eu acredito que daqui a 15 ou 20 anos, as pessoas vão pensar: que bom que algum prefeito começou a fazer isso ai, que algum prefeito terminou e que algum prefeito continua dando assistência a esse processo, se tivesse começado há 30 ou 40 anos atrás, quando começaram as concessões de água, nós não estaríamos enfrentando este problema", completou.


    Aterro sanitário


    Outro problema enfrentado pelo município de Ubá trata da questão da destinação do lixo. O prefeito explicou que em 2008, ele fazia parte do governo como secretário de planejamento e que o prefeito na época chegou a licenciar um terreno para criação de um aterro sanitário, mas que o prefeito que o sucedeu, não quis criar o aterro sanitário e resolveu fazer um contrato com uma empresa em Juiz de Fora para que o lixo fosse depositado neste aterro a aproximadamente 160 quilômetros de Ubá, que hoje gera uma média de 60 a 80 toneladas por dia, dependendo do período e que isso custa para prefeitura, R$ 160 mil reais e com o agravante de ter de pagar outros R$ 160 mil de frete.

    O prefeito disse que no dia 7 de abril tem uma reunião agendada com prefeitos da região para retomar o aterro sanitário em Ubá, na forma de consórcio. "Hoje, o meio ambiente está sendo protegido, porque o lixo é depositado de forma correta, mas a um custo muito alto para a população, esse recurso poderia estar sendo aplicado em outras atividades necessárias no município".

    O prefeito ressaltou também o valor que Cataguases gasta, aproximadamente R$ 40 mil por mês, por já ter o aterro sanitário funcionando. "A questão do valor de Cataguases realmente me surpreendeu, a gente vai fazer uma visita ao aterro sanitário, como eu te falei, vamos aprender com os acertos! Aqui está fazendo certo, de uma forma equilibrada, com um custo adequado, porque nós não buscarmos esta experiência e aplicarmos também no nosso município ou nos nossos municípios da região?".


    Herança controlável



    Muito educado, o prefeito não quis falar sobre herança maldita, disse apenas que foi deixado recurso em caixa mas que ficaram alguns passivos que a prefeitura terá de arcar no futuro. "O reajuste dos funcionários em 2016 não foi feito, se amanhã ou depois o juiz falar que teremos de pagar, nós teremos R$ 4 milhões de recursos para pagar. A previdência da prefeitura é previdência privada, nós fazemos todo o processo de aposentadoria hoje, não tem INSS para os funcionários efetivos e isso também existe um passivo de R$ 4 milhões que pode amanhã ou depois eu ser obrigado a pagar porque está vindo de gestão anterior, além de pequenos valores como licenciamentos ambientais que não foram feitos, alguns atrasos de pagamento, mas deixo claro que o recurso que ficou praticamente dá para pagar isso ai, desde que eu não tenha de pagar a previdência, ai vou ter um déficit razoável, mas nesse momento, não é nenhum problema, não diria que é herança maldita absolutamente, é herança controlável, se eu não gastar mais do que eu arrecado não vejo nenhum problema. [...] Nós temos feito um trabalho de pouco investimento mas de bom uso do recurso público, deixamos de indicar dois secretários, passamos estas atribuições, para nosso vice-prefeito, ele está ocupando duas secretarias pra gente reduzir custos e deixamos de preencher aproximadamente 25 cargos de confiança, também no intuito de economizar recursos e não estou tendo prejuízo na administração, nós temos total colaboração dos nossos funcionários,  secretários, de nossos assessores e isso que nos dá tranquilidade para levar os quatro anos de mandato que nós temos", finalizou.

    A entrevista completa do prefeito em áudio você confere no programa Mídia Mineira desta terça-feira (28) pela Multisom Sertaneja, à partir das 8 horas ou pelo link: http://multisomsertaneja.com

    Confira abaixo mais fotos da visita do prefeito de Ubá em Cataguases:








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