Terminou na quinta-feira (14), a capacitação profissional para o Projeto Afetivo Sexual "Adole Ser Cataguases".
Com início na Segunda-feira (11), o projeto visa capacitar profissionais da área de educação e Assistência Social, que tenham contato direto com Adolescentes, a detectar os problemas pertinentes a faixa etária promovendo oficinas de diálogos e a exteriorização dos questionamentos dos jovens, aumentando a auto estima dos educandos com diminuição dos índices do uso de drogas, gravidez na adolescência, DSTs -AIDS, violência sexual entre outras coisas, melhorando a saúde física e mental dos adolescentes.
A iniciativa foi da SMCC - Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases e Prefeitura Municipal de Cataguases, através das Secretarias de Educação, Assistência Social e Saúde.
Estiveram presentes, a Secretária de Educação, Luciana Barbosa Moreira, representantes das Secretarias citadas, a Dra Maria Ângela Girardi (Presidente da SMCC), Polícia Militar e representações de 9 escolas, sendo 7 da rede municipal de ensino e 2 da rede Estadual que durante os quatro dias ouviram atentamente o conhecimento repassado pelas educadoras Sra Andreia Righi, Pedagoga, especialista em Educação Sexual e mestre na Área de Trabalho Social e Intervenção Sócio educativa e Stella Brasil, ambas de Belo Horizonte. Neste Primeiro Módulo, foi discutido a implantação e funcionamento do projeto nas escolas.
A Secretária de Educação, Luciana Moreira, disse a nossa reportagem que assumiu imediatamente a proposta da Dra Maria Ângela, por acreditar que os jovens precisam desse embasamento e dessa segurança que muitas vezes em casa eles não tem e que também, muitos tem mais liberdade com os educadores do que com a família, por estes motivos, ela acredita que a escola é um ambiente propício para realização dessas oficinas. "No que depender da Secretaria de Educação nós não vamos medir esforços para que dê certo" concluiu a Secretária.
Dra Maria Ângela Girardi, idealizadora do Projeto, também disse que é um sonho antigo trazer essa questão do conhecimento da Sexualidade para os jovens, pois segundo ela, os adolescentes tem muita informação mas não tem reflexão em cima da informação, pois sabem por exemplo, sobre camisinha, mas não usam e a questão que o Projeto vem trazer é justamente isso, uma reflexão e a promoção de mudanças não só em relação a sexualidade mas também dos valores, respeito a si próprio e auto estima. Maria Ângela, acredita também, que será possível montar um protocolo para implantação do Projeto nas escolas já para o ano que vem, ocasião que as educadoras voltarão a fim de efetivar um programa pedagógico para que realmente aconteça, pois existe um programa do Estado mas que na prática, fica no papel. Como médica ginecologista, a doutora disse que sabe as consequências que o aborto, a gravidez, uso de drogas e evasão escolar pode trazer e que o objetivo é trazer estas reflexões para os alunos e para os pais também.
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Ainda sobre o currículo escolar para o ano que vem, a Dra Maria Ângela disse que será discutido este ano ainda com a Secretária de Educação, mas que a vontade é que uma determinada turma de cada escola tenha de 15 em 15 dias pelo menos, uma dinâmica de grupo sobre valores, uso de drogas, sexualidade entre outros e o que ela considera mais importante, foi a vontade que os profissionais se mostraram para realizar esta capacitação. Segundo ela, a proposta não é criar um monólogo mas que sejam oficinas participativas. "Eu não tenho dúvidas, a educação é que muda uma cidade, um país e o mundo" disse.
A Pedagoga Andreia Righi, falou que o Projeto é um Programa de educação afetivo-sexual e é voltado para a adolescência e para questões da sexualidade, mas que dentro disso, foram discutidos questões da convivência, comunicação entre adolescentes e adultos, questões da sexualidade, cidadania entre outros. "A ideia é formar profissionais das várias áreas que compõe a rede de proteção de crianças e adolescentes para trabalhar estas questões, seja nas escolas, no Cras e unidades de saúde" disse a educadora que destacou também a presença da Polícia Militar nas palestras.
Esta foi a primeira etapa do projeto e já está marcada uma nova reunião para o dia 26 de novembro às 8h30min. Também um grupo no facebook foi criado para os educadores debaterem e tirarem suas dúvidas e um comitê será montado para visitar as escolas a partir do ano que vem.
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