A noite de sexta-feira (21), foi marcada pela primeira Audiência Pública "Cataguases Contra as Drogas", onde falaram e se comprometeram com as propostas apresentadas, as autoridades: José César Samor, prefeito de Cataguases; Sérgio Gouveia, Více-Prefeito de Cataguases; Fernando Pacheco Fialho, Presidente da Câmara Municipal; Dr. Maurício José Machado Pirozzi, Juiz da vara da Família, infância e juventude; Dr Gustavo Garcia Araújo, Promotor de Justiça; Dra Eliana Maria de Oliveira Spindola, Defensora Pública; Geraldo Luchini, presidente do COMAD; Sargento Jorge Roberto Silva Alves, representando a PM e Marco Antônio de Oliveira Lopes, Presidente da Associação de Ajuda aos Dependentes Químicos de Cataguases e propositor da audiência.
A reunião iniciou com atraso, por volta das 19:40 o que prejudicou maior participação do público presente e terminou por volta das 23 horas.
Todos destacaram a importância de trabalhar unidos e em rede, para dar celeridade as ações.
O Presidente da Câmara, Fernando Pacheco, disse que Cataguases Contras as Drogas, pretende criar condições próprias para organizadamente, combater as drogas usando o estudo de caso do município e ressaltou que o legislativo está disposto a criar leis, fazer o papel regulador e fiscalizador para que o projeto possa funcionar e anunciou que o legislativo, deverá devolver ao executivo em torno de 1 Milhão de reais que poderá ser utilizado prioritariamente para o projeto.
Dr. Maurício, alertou da necessidade de mudança de comportamento de toda sociedade e principalmente dos que detém cargos públicos, que não são donos dos cargos mas que estão ocupando estes cargos para servir e ressaltou que se coloca a disposição para agilizar as questões ligadas a Dependência Química e que trabalhará junto aos colegas juízes.
O Prefeito Cesinha, também se colocou a disposição e disse que estará procurando recursos para ajudar e que embora seja praticamente impossível acabar com as drogas, fará o possível para minimizar o problema no município. Cesinha também disse que fará com que os secretários se coloquem a disposição para ajudar, principalmente os secretários de Educação, Saúde e Assistência Social.
Também o Sargento Jorge Roberto, relatou que a polícia tem cumprido seu papel, embora com as dificuldades como menor efetivo e falta de viaturas e que a melhor maneira para o combate é a denuncia dos moradores, pois segundo ele, as pessoas tem coragem de denunciar um vizinho que está trabalhando por causa do barulho, mas não tem coragem de denunciar um traficante.
Perguntado se em Cataguases poderia implantar um convênio para internação compulsória e involuntária como foi feito em São Paulo, o Juiz Dr. Maurício, disse que é possível, porém seria necessário uma análise mais profunda para ver se aplicaria em Cataguases.
Marco Antônio Baiano, também discursou e destacou a importância de todas as entidades que trabalham contra a Dependência Química em Cataguases mas que segundo ele, existe um número muito grande de dependentes que ainda não foram alcançados, pois as entidades que existem, são poucas para atender a demanda.
Dr. Gustavo, Promotor Público, falou como funcionaria a união em rede e destacou que é necessário as entidades e o executivo se informar para buscar recursos Federais e Estaduais, que existem mas que não estão sendo utilizados pelo município. Informou também, que existe uma lei que pode reverter para a PM e para entidades, bens apreendidos, fruto do tráfico de Drogas. No final, Dr Gustavo disse que seria necessário implantar programas nas escolas para informar os malefícios das Drogas.
Também falaram entre outros: A Dra Maria Ângela Girardi, que destacou a importância de trabalhar em projetos que preencham as necessidades humanas para que as pessoas não busquem esse preenchimento nas drogas. A Professora Maria das Graças, solicitou a implantação de clínicas especializadas no tratamento feminino. O presidente da subseção da OAB de Cataguases, Márcio Facchini Garcia, também disse que a OAB estará a disposição. O diretor do projeto de reabilitação de dependentes químicos, projeto “Ricardinho”, padre Édson Campos, explicou sobre o projeto e disse que tem muitos recursos disponíveis do governo, mas que é necessário as entidades buscarem se organizar e se adequarem as normas para conseguir estes recursos e que muitas prefeituras estão aderindo ao projeto Ricardinho. O Secretário da Catedral das Assembleias de Deus em Cataguases, Sr. Reginaldo, também falou sobre um projeto que a igreja está realizando e tem trabalhado nas madrugadas prestando ajuda.
O Vereador Vinícius também falou e solicitou o engajamento do município no Cartão Aliança Pela Vida que visa financiar a internação de Dependentes em Clínicas particulares.
De concreto, ficaram propostas na educação, de capacitação dos professores para identificar os jovens que possam começar a utilizar substâncias ilícitas, maior acesso dos poderes junto a população, destinação de verba do legislativo, maior engajamento das secretarias municipais, apoio as clínicas entre outras ações que serão objeto de um termo de compromisso que será redigido e assinado pelos poderes que estiveram representados, juntamente com os órgãos, instituições, Ministério Público, Defensoria Pública e PM.
Foi um primeiro passo que necessitará de outros, para que se possa achar os caminhos para o combate e assistência a Dependência Química.
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