A música símbolo de Minas Gerais diz que “quem te conhece não esquece jamais”. Seja por sua natureza exuberante e bela, seja por sua economia ou por sua gente hospitaleira e trabalhadora, quem conhece Minas costuma se encantar. Ao longo da sua história, no entanto, o segundo Estado mais forte da Federação padeceu de um drama com a velha máxima do “mineiro que trabalha quieto”.
Minas ficou fechada entre as montanhas o que fez com que, internacionalmente, sua força econômica e os feitos do seu povo não fossem tão conhecidos. O governador Antonio Anastasia está retornando, neste sábado (01/06), de viagem oficial da Europa, cujo principal objetivo foi mostrar a ingleses e franceses que Minas existe e é o Estado mais preparado no Brasil para receber novos investimentos.
“Eu fico muito impressionado que depois de 500 anos da descoberta do Brasil, de 300 anos da existência de Minas Gerais como uma entidade política autônoma, o Estado ainda seja tão desconhecido nos meios empresariais e culturais, nos meios de desenvolvimento não só da Europa, mas no mundo inteiro”, disse o governador, ao fazer um balanço da viagem.
Segundo o governador, “as viagens tem o objetivo, de abrir os olhos das pessoas, de mostrar que o Brasil não se resume ao Rio e a São Paulo, mas mostrar que nós temos um Estado rico com muitas oportunidades, e que precisamos de novas empresas para gerar empregos e qualidade de vida melhor para os nossos mineiros”. Sob esse ponto de vista, ele vê que o saldo foi muito positivo, tanto na Inglaterra, quanto na França. “Minas Gerais começa a ser colocada neste radar, no mapa dos investimentos”, resume o governador.
Foram encontros com autoridades locais e com empresários das mais diversas áreas com o intuito de apresentar os atrativos de Minas e iniciar conversas para atrair novos negócios para o Estado. “Minas Gerais, por quem conhece, é um Estado muito respeitado. A gestão pública realizada ao longo dos últimos anos é considerada uma referência internacional. O fato de termos recebido ano passado o grau de investimentos das agências internacionais nos deu um status, um reconhecimento muito bom. E isso nos abre portas”, afirma Anastasia, que não esconde o fato de que, antes de se abrir ao mundo, o Governo teve de fazer seu dever de casa.
Oportunidades
Com um Governo que incentiva a produção do setor privado e valoriza a qualificação da sua gente, ao ser apresentada, Minas Gerais chama a atenção do mundo. O resultado concreto disso é o interesse real das empresas em conhecer melhor o Estado para começar a investir nas oportunidades oferecidas.
“Tanto na Inglaterra, como na França, nós tivemos boa acolhida. Contatos excelentes com os empresários, apresentação de Minas para diversas empresas, apontamento de oportunidades, apresentação concreta de áreas onde possamos investir, especialmente na questão do gás, na bacia do São Francisco, tema que foi muito discutido com a Companhia de Eletricidade e Energia Nuclear da França, a EDF, pois precisamos de parceiros estratégicos para investir nesta questão em nosso Estado” explica Anastasia.
Além das rodadas de conversas para apresentação do Estado, foram assinados acordos de cooperação, entre eles, um envolvendo o Governo de Minas e uma das maiores instituições de educação do mundo para o intercâmbio de alunos e servidores públicos. “Foi um dado muito bom o acordo com a Escola Nacional de Administração da França, que é considerada a melhor escola de administração pública do mundo, com a Fundação João Pinheiro, a nossa Escola de Governo, que por seu turno é a melhor do Brasil”, avalia o governador.
Passo a passo
A partir de agora, a determinação do Governo do Estado é que o trabalho continue. “Conseguimos dar um novo patamar a Minas Gerais, dando sequência a esse trabalho de internacionalização que estamos fazendo ao longo dos últimos dez anos. Mas as tratativas não podem se encerrar nessas reuniões. Temos que determinar sempre, e é o que faço aos diretores de nossas empresas, aos secretários e equipe de Governo, que mantenham contato permanente com essas empresas para mostrar as oportunidades”, explica.
Foi com essa estratégia que Minas Gerais conseguiu atrair muitos investimentos produtivos nos últimos 10 anos. O foco no planejamento, com metas ousadas e resultados concretos acabam chamando a atenção do mundo. “O resultado vem sempre a médio e longo prazo. Quando estivemos na Índia, em 2011, fizemos contato com relação, por exemplo, a Infosys, que agora está se consolidando em Minas Gerais. Da mesma forma, quando fomos ao Japão, conseguimos as tratativas com a Mitsui, que está fazendo um investimento no Triângulo Mineiro. Nunca é uma coisa para amanhã. Mas é fundamental que lancemos essas iscas e coloquemos Minas Gerais no mapa dos investimentos como um local não só seguro, mas como de excelente educação, com boa logística, bem situado no Brasil, com grande população e também com um Governo que tem reconhecimento internacional”, destaca.
Ao considerar positivo o saldo da viagem, o governador afirma que quer ainda aliar o trabalho de preparação para a Copa do Mundo com a divulgação do Estado para outros países. “Tenho certeza que não só novas empresas virão para Minas Gerais, como já estão indo, mas mais do que isso, e é o saldo mais importante, Minas Gerais vai ficando cada vez mais conhecida. A grande oportunidade está aí na nossa porta: a Copa das Confederações e, em especial, a Copa do Mundo, que é transmitida para bilhões de expectadores em todo mundo. Teremos seis jogos em Minas Gerais, e nosso nome será muito falado. Temos que associar esse nome às nossas potencialidades, às riquezas e às opções de investimentos em Minas”, ressalta o governador.
Fonte: Agência Minas
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