Instituição enfrenta atrasos em benefícios, salários e débitos com profissionais
O clima é de "alerta vermelho" na saúde municipal, e o tom subiu no Legislativo. O vereador Carlos Magno, o Maguinho, não apenas pediu: ele suplicou publicamente ao prefeito José Henriques para que o "troco" da Câmara, cerca de R$ 535 mil, não se perca na burocracia e vá direto para o Hospital de Cataguases.
O pano de fundo é uma crise que parece não dar trégua. O hospital, que hoje está sob intervenção direta da prefeitura (ou seja, a responsabilidade está na mesa do Executivo), vive um cenário de asfixia financeira que atinge o andar de baixo: o trabalhador. Segundo Maguinho, o prefeito “estourou” todo orçamento do ano em outubro e agora vai “empurrar com a barriga” até 2026 para entrar no novo orçamento.
O Raio-X do Problema
Segundo as cobranças levadas ao plenário por Maguinho, a lista de pendências é extensa e delicada:
- Funcionários: Vale-alimentação atrasado e FGTS sem recolhimento regular.
- Folha: 13º salário no vácuo.
- Corpo Médico: Dívidas com anestesistas e médicos da urgência e emergência.
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Fontes ligadas à saúde dizem que o clima é de desânimo. "O verbo agora é suplicar porque o diálogo parece ter travado", diz um interlocutor do Legislativo. Às vésperas do Natal os funcionários do Hospital de Cataguases não sabem o que fazer.
O Nó do Consórcio
E não para por aí. O "fio da meada" da crise chega ao CISUM (Consórcio Intermunicipal União da Mata). A denúncia, também de Maguinho, é que a prefeitura teria ficado três meses sem pagar o consórcio, o que travou exames essenciais para a população. É o famoso "cobertor curto": enquanto gasta de um lado, a ponta do atendimento fica descoberta.
O Jogo Político e o Contraste dos Números
Há um incômodo nos bastidores sobre o valor devolvido pela Câmara. Os R$ 535 mil de Cataguases "encolheram" quando comparados aos R$ 1 milhão devolvidos pela vizinha Leopoldina. Segundo o Legislativo, o valor é menor porque a Casa priorizou obras de infraestrutura no prédio do Legislativo. No entanto, a crítica de bastidor é que em um momento em que o hospital "pede socorro", gastar com reforma vira munição para a oposição.
A real: No papel, quem manda na caneta é o prefeito José Henriques. O Legislativo devolve, mas não carimba o destino. O apelo de Maguinho deixa o Executivo emparedado, pois se o dinheiro não for para o hospital, a conta política do colapso da saúde fica no colo do prefeito, ou seja, “a bola” agora está com o Executivo.
Deixamos este canal aberto caso o Executivo queira se manifestar.
Por Mídia Mineira.
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