Filme "Alegria Brasil" com Maria Alcina tem estreia prevista para 2026

Segundo longa da trilogia da cineasta Elizabete Martins Campos homenageia cantora cataguasense e a identidade cultural brasileira

As filmagens do longa-metragem "Alegria Brasil, estrelando Maria Alcina" começaram no dia 13 de agosto em Cataguases, Minas Gerais, marcando o início da produção do segundo filme da trilogia da cineasta Elizabete Martins Campos. Com estreia prevista para o segundo semestre de 2026, a obra promete ser um ensaio fílmico sobre a identidade brasileira.

Cataguases, conhecida como berço do cinema brasileiro pelo pioneiro Humberto Mauro, serve como cenário perfeito para a metalinguagem que o filme propõe. A produção homenageia a cantora cataguasense Maria Alcina, transformando-a em símbolo do alto astral e criatividade que caracteriza o povo brasileiro.

"Alegria Brasil" mistura documentário e cinema expandido, incorporando instalações artísticas e interatividades. O projeto conta com cerca de 35 músicas na trilha sonora, reunindo tanto composições inéditas criadas especialmente para o filme quanto grandes clássicos da MPB.

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O roteiro valoriza a multiculturalidade brasileira através de letras que refletem o Brasil de ontem e de hoje. Entre os compositores estão nomes consagrados como Ary Barroso e João Bosco, ambos da Zona da Mata Mineira, além de Chico Buarque, Sergio Bardotti, Luis Bacalov, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Aldir Blanc, Neguinho da Beija-Flor, Sérgio Sampaio, Chacal, Moraes Moreira, Anastácia, Liane, Gambier, Wado, Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes.

O filme também incorpora canções inéditas de novos talentos locais, vencedores do Concurso de Música Autoral para Cinema realizado em 2023. Entre as revelações estão Thaylis Carneiro, Levi Marcelino, Emanuel Messias, Eric do Vale e Salvador Sassá, todos naturais de Cataguases.

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Instalações artísticas e participação comunitária

Uma das características mais marcantes do projeto são as "instalações fílmicas" em espaços simbólicos da cidade. Entre elas, destacam-se projeções de imagens de cachoeira no monumento Portal Humberto Mauro, cenas musicais na Concha Acústica de Francisco Bolonha (em homenagem ao músico Patápio Silva), além de locações em jardins de Burle Marx e obras de Oscar Niemeyer, Cândido Portinari e da pintora cataguasense Djanira.

A participação da comunidade é um dos pilares fundamentais do projeto. Músicos locais foram convidados para as gravações, e moradores da região tiveram a oportunidade de participar em cenas, como a filmada no bairro Taquara Preta, com a Escola de Samba Unidos da Taquara Preta. Esta escola, em 1989, homenageou Maria Alcina com um samba-enredo dedicado à artista, contando com sua presença no desfile. A cena também contará com o tradicional Bloco Rebenta, fortalecendo os laços entre cultura popular, música e cinema.

A visão da diretora

"É incrível ver como Cataguases respira arte. É uma extensão da vida das pessoas. E é neste lugar que nasce Maria Alcina, que teve suas primeiras experiências artísticas muito cedo", explica Elizabete Martins Campos. "Para mim, no longa, Alcina representa o povo brasileiro, por tudo que ela traz impregnada de signos da nossa identidade. No filme, Alcina volta à sua cidade, ela não sabe muito bem se está em um sonho, realidade ou filme."

A diretora descreve o universo do filme como musical, dançante, poético, fantástico, onírico, alegre e experimental. "Para mim, é uma honra filmar com a Maria Alcina, que vejo como uma vanguardista das performances brasileiras, uma mulher mineira, de muita coragem e ousadia."

Experiência da cineasta

Com mais de 50 anos de carreira, a cantora Maria Alcina vem sendo pesquisada e filmada desde 2019 pela diretora e jornalista Elizabete Martins Campos. Este é o segundo filme da cineasta, que retrata a 'brasilidade' por meio de ícones femininos da música nacional. Seu primeiro filme foi o premiado "My Name is Now, Elza Soares" (2014), que venceu as categorias de Melhor Longa-Metragem Documentário - Júri Popular e Melhor Trilha Sonora Original - Júri Oficial no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2019.

Local de filmagem e parcerias

O Estúdio-Escola ANIMAPARQUE, em Cataguases, é um dos principais espaços de filmagem do longa. O local é um parque criativo voltado para os setores do audiovisual, animação e inovação, integrado ao Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais. No Núcleo Escola, funciona o curso "Tecnologias em Cinema e Animação", oferecido pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

Uma animação inspirada na música "De Normal Bastam os Outros", de Arnaldo Antunes, está sendo desenvolvida por alunos do Estúdio-Escola ANIMAPARQUE, ampliando a proposta colaborativa e de impacto além da tela do projeto.

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Apoio e patrocínio

"Para nós, da Energisa Minas Rio, é motivo de grande orgulho colaborar com as artes em geral e, em especial, com o cinema nacional", afirma Eduardo Mantovani, diretor-presidente da Energisa Minas Rio. "Apoiar esse projeto é reafirmar nosso compromisso com a valorização da cultura brasileira, com as expressões artísticas regionais e, principalmente, com os talentos mineiros."

O filme "Alegria Brasil, estrelando Maria Alcina" é uma realização da It Filmes, em parceria com o Polo Audiovisual da Zona da Mata, Instituto Energisa, ANIMAPARQUE e Fábrica do Futuro. Conta com patrocínio master do GRUPO ENERGISA, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de MG, patrocínio do Tecidos Cataguases, investimentos FSA/BRDE/ANCINE via edital Coinvestimentos Regionais 2018/Cataguases, e apoio cultural Film Commission/Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura Municipal de Cataguases e Oton Penas.

Com as filmagens já iniciadas em agosto, a expectativa é que o lançamento oficial de "Alegria Brasil, estrelando Maria Alcina" aconteça no segundo semestre de 2026, prometendo ser uma celebração única da cultura e identidade brasileiras.

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Por Mídia Mineira.

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8/22/2025 01:38:00 PM