Ela foi transferida do presídio de Leopoldina após confessar homicídio
A mulher de 31 anos acusada de assassinar a própria filha de sete anos foi removida do sistema prisional comum e encaminhada ao Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, localizado em Barbacena, região do Campo das Vertentes. A transferência ocorreu nesta quarta-feira (2), apenas 24 horas após sua prisão em flagrante.
O crime chocou os moradores de Leopoldina, onde a tragédia familiar veio à tona na manhã de terça-feira (1º). Durante o interrogatório policial, a suspeita detalhou como executou o homicídio, relatando ter administrado medicamentos ansiolíticos à criança antes de cometer o ato fatal.
A investigação revelou que a menina foi submetida a múltiplas agressões. Segundo os registros policiais, após a sedação forçada, a criança foi asfixiada e posteriormente atacada com objeto perfurocortante, sofrendo ferimentos no tórax e nos membros superiores. A brutalidade do crime levantou questionamentos sobre o estado mental da acusada.
O avô da vítima protagonizou uma corrida desesperada contra o tempo ao transportar a neta ferida até a Santa Casa de Caridade Leopoldinense. Apesar dos esforços médicos, a gravidade dos ferimentos tornou impossível qualquer tentativa de reanimação, e o óbito foi confirmado pela equipe hospitalar.
A própria acusada precisou receber atendimento médico após apresentar lesões autoinfligidas nos pulsos e pescoço. Ela permaneceu hospitalizada por algumas horas antes de ser conduzida ao presídio local, onde ficou detida por aproximadamente um dia até a decisão judicial de transferência.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública confirmou o encaminhamento da suspeita para a unidade especializada em Barbacena, embora não tenham sido divulgados os critérios técnicos que fundamentaram esta decisão. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais ainda não se pronunciou sobre os procedimentos adotados na audiência de custódia.
A defesa da acusada, representada por advogado constituído, optou por não emitir declarações públicas sobre o caso. A estratégia defensiva permanece em sigilo enquanto aguarda-se a conclusão dos exames periciais e psiquiátricos necessários para determinar a capacidade mental da ré.
A comunidade do bairro São Cristóvão, onde ocorreu a tragédia, organizou uma manifestação espontânea de solidariedade em memória da criança. Dezenas de pessoas se reuniram na praça central portando balões brancos, símbolo da pureza infantil interrompida precocemente.
O caso gerou comoção na região, especialmente pela ausência de antecedentes criminais da suspeita. Os registros policiais não apontam ocorrências anteriores envolvendo a família, o que intensifica o mistério sobre as motivações do crime e o estado psicológico da acusada. Segundo informações ela não havia se contentado com o divórcio.
As autoridades trabalham para esclarecer as circunstâncias que levaram uma mãe a cometer tal ato contra a própria filha. A investigação prossegue enquanto aguarda-se a avaliação psiquiátrica que poderá determinar se a acusada possuía discernimento no momento do crime.
Por Mídia Mineira.
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