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Energisa
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    Sicred Natal Magalu
    domingo, 30 de novembro de 2025

    Ato de vandalismo em frente a sacolão desativado provoca incêndio em Cataguases

    Chamas consumiram pertences de morador em situação de rua na Vila Tereza



    Um incêndio atingiu a entrada de um imóvel desativado, onde funcionava um sacolão, na Vila Tereza, em Cataguases, na noite deste domingo (30). O Corpo de Bombeiros foi chamado às 19h50 para controlar as chamas que consumiam objetos deixados na porta do imóvel.

    De acordo com as primeiras informações, a suspeita é que o fogo teria sido provocado de forma intencional. Roupas e outros pertences de uma pessoa em situação de rua foram incendiados na entrada do local. Quando os bombeiros chegaram, não havia ninguém no endereço.


    O imóvel está desocupado e vazio. Os danos ficaram restritos as portas da construção, que foi tomada por fumaça durante o incidente. A corporação conseguiu controlar rapidamente a situação, evitando que o fogo se espalhasse para outras áreas.

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    A linha de investigação que ganha força é a de que outra pessoa em situação de rua pode ter sido responsável pelo ato. Relatos indicam a possibilidade de rivalidade entre indivíduos que vivem em condições de vulnerabilidade na região.

    O caso será encaminhado para a Polícia Civil, que deverá conduzir as apurações. Imagens de câmeras de segurança instaladas nas proximidades serão analisadas para identificar o autor do incêndio.

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    A área onde ocorreu o incidente tem se tornado ponto de abrigo para pessoas sem moradia fixa. A ação coloca em evidência os conflitos que podem surgir nesse contexto de extrema vulnerabilidade social.

    Por Mídia Mineira.

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    Cirurgiões do Hospital de Cataguases anunciam paralisação e alegam descumprimentos contratuais

    Médicos notificam MAM Soluções e Saúde e advertem que serviços de cirurgia nos plantões serão suspensos a partir desta segunda-feira, 1º de dezembro


    Não, não é uma notícia repetida. A situação do Hospital de Cataguases, que já vinha acumulando episódios de tensão desde a intervenção municipal iniciada em abril de 2024, ganhou mais um capítulo crítico. Desta vez, são os médicos cirurgiões plantonistas que ameaçam paralisar os serviços a partir de 1º de dezembro, caso não sejam solucionados os problemas contratuais com a empresa gestora MAM Soluções e Saúde Ltda.

    Em notificação extrajudicial enviada à gestora, ao hospital, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, os profissionais relatam descumprimentos contratuais, falta de condições de trabalho e um clima de insegurança no ambiente hospitalar.


    A notificação, assinada pelo advogado Rafael Vilela Andrade, que também representa médicos plantonistas da clínica médica em situação semelhante, aponta que a demissão e o tratamento dados aos colegas da clínica médica criaram um ambiente de instabilidade que afeta diretamente os cirurgiões. Os profissionais exigem a solução da situação contratual de forma igualitária e o pagamento pontual de todos os médicos plantonistas, independentemente da especialidade.

    A principal queixa é a falta de informação e garantia sobre os pagamentos, que, segundo os médicos, tornaram-se imprevisíveis desde a chegada da MAM à gestão do hospital.

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    O cenário atual, segundo os profissionais, expõe as fragilidades da intervenção municipal, que teria por objetivo trazer estabilidade ao hospital. Conforme já revelado em reportagem anterior, a Defensoria Pública ajuizou ação civil pública questionando a legalidade do contrato com a MAM Soluções e Saúde, empresa sediada em Paty do Alferes, no Rio de Janeiro. Entre os pontos controversos está a alegação de que a empresa não possui registro no Conselho Regional de Medicina (CRM/MG), o que violaria a legislação federal e tornaria o contrato nulo. A juíza deu prazo para a Prefeitura de Cataguases responder as alegações da Defensoria Pública até esta segunda-feira (1º).

    Entre os profissionais, a postura da gestora — de pagar os médicos especialistas em dia, mas atrasar os plantonistas da clínica médica — tem levantado questionamentos. Os médicos alegam que essa prática contradiz um acordo firmado na presença do Ministério Público e da Defensoria Pública, que garantiria o pagamento independente dos repasses do hospital — procedimento que era adotado pela gestora anterior. Para agravar o quadro, o repasse que a administração do Hospital de Cataguases havia combinado fazer à MAM na sexta-feira não se concretizou, adicionando mais um elemento de tensão ao cenário já conturbado. A insegurança financeira se soma ao desgaste emocional dos profissionais, que alegam conduta inadequada e desrespeitosa por parte dos contratantes, com impactos diretos, segundo eles, na qualidade do atendimento aos pacientes.

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    Os cirurgiões deixam claro na notificação que não se trata de um movimento isolado, mas de uma resposta à deterioração das relações de trabalho e à falta de previsibilidade. O documento adverte que, caso haja substituição dos profissionais durante a paralisação, como já aconteceu com os cerca de 20 médicos plantonistas que foram demitidos na semana passada, medidas administrativas e judiciais cabíveis serão tomadas, citando o Código de Ética Médica que veda a assunção de cargos para suceder médicos demitidos ou afastados em represália a movimentos legítimos da categoria. Um dos médicos, Hudson Pinheiro de Faria, já comunicou que não retornará aos plantões independentemente da solução do caso.

    A sucessão de crises no Hospital de Cataguases, que incluem paralisações, notas oficiais contraditórias e decisões que mudam ao longo de um mesmo dia, alimenta a percepção, entre a população e os profissionais, de que a intervenção municipal tem gerado mais instabilidade do que soluções. Enquanto a prefeitura promete relatórios completos e reafirma compromissos com a saúde pública, a população de Cataguases acompanha com preocupação crescente os desdobramentos de uma situação que parecia estar sendo encaminhada, mas que, na prática, revela um cenário de imprevisibilidade. A maior vítima desse contexto continua sendo a população, que busca no pronto-socorro algo aparentemente simples, mas cada vez mais distante: atendimento digno, organizado e confiável.

    Por Mídia Mineira.

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    sexta-feira, 28 de novembro de 2025

    Defensoria ajuíza ação contra intervenção no Hospital de Cataguases e aponta ilegalidade em contratos

    A crise no "Gigante Azul" ganha o rigor da Justiça após a Defensoria Pública alertar sobre risco real de colapso e questionar a legalidade do contrato da empresa gestora


    A novela do Hospital de Cataguases, nosso "Gigante Azul", ganhou, nesta semana, capítulos preocupantes, expondo de forma constrangedora os desafios da intervenção municipal comandada pelo prefeito José Henriques. Entre paralisações, notas oficiais que parecem escritas em universos paralelos e decisões que se contradizem ao longo do mesmo dia, a população local acompanha com crescente preocupação o que tem se tornado um dos episódios mais delicados da saúde pública da cidade desde a intervenção municipal feita pelo prefeito José Henriques, em abril de 2024.

    A promessa era de reorganização, estabilidade e salvação da Santa Casa, mas o que se vê agora é um cenário paradoxal: uma instituição que deveria estar se reerguendo parece, na verdade, tropeçar nos próprios passos. A intervenção, ao que tudo indica, tem sido mais eficaz em gerar instabilidade e questionamentos judiciais do que em restabelecer a paz e a previsibilidade nos serviços essenciais.

    Diz o ditado popular que “time que está ganhando não se mexe”, no entanto, o “Zé mexeu”. Quando o setor era administrado pelo próprio Hospital com um custo notavelmente inferior, havia problemas, mas nunca dessa magnitude. Com a intervenção, o setor foi terceirizado e, mesmo com o aumento do custo, a primeira empresa contratada, a Daher & Mansur, manteve o panorama de estabilidade, assegurando o pagamento dos profissionais utilizando recursos próprios e, segundo consta, sem intercorrências financeiras. No entanto, a troca de gestão, sem motivo aparente, para a nova empresa, a MAM Soluções e Saúde Ltda, sediada em Paty do Alferes/RJ, deu lugar a uma crise. 

    A MAM Soluções e Saúde Ltda. enfrenta agora um questionamento público sobre o cumprimento de seus compromissos. Conforme as declarações do advogado dos médicos, Rafael Vilela, a empresa tem efetuado o pagamento apenas dos especialistas, deixando de fora os médicos plantonistas da clínica médica e alegando a não efetivação do repasse por parte do Hospital. Essa postura levanta sérias preocupações, visto que, segundo Vilela, existe uma cláusula contratual e um acordo firmado — inclusive na presença do Ministério Público e da Defensoria Pública — que garantiria a quitação dos salários de forma independente do repasse do HC, prática que era adotada pela gestora anterior. Tal desencontro entre o estabelecido e o praticado culmina em um perigoso desequilíbrio interno e na insegurança dos profissionais envolvidos.


    A crise atingiu seu ponto mais sensível nesta semana, marcada por um novo atraso no pagamento dos médicos plantonistas, um sinal preocupante de que a gestão atual, apesar de seu discurso, estaria repetindo a mesma fragilidade em previsibilidade financeira que criticava na administração anterior. Enquanto alguns profissionais, como os especialistas, teriam seus honorários quitados, os clínicos permaneceram à espera, reforçando o "tratamento diferenciado" questionado pelo advogado da categoria. A situação chegou a um ponto crítico de quebra de confiança quando, após o início de uma paralisação na quarta-feira (26) e uma reunião de urgência que resultou em um acordo de suspensão dos protestos e garantia de pagamento (conforme atesta a ata do encontro), a MAM Soluções e Saúde Ltda reagiu ao movimento ao rescindir o contrato dos cerca de 20 médicos clínicos, exigindo, inclusive, o cumprimento de aviso prévio. O que antes parecia uma solução de consenso se transformou em nova instabilidade em poucas horas.

    É relevante pontuar que, nesta semana que se encerra, precisamente na terça-feira (25), o Conselho Municipal de Saúde teria reiterado uma preocupação significativa: a empresa MAM Soluções e Saúde Ltda., contratada para a gestão, ainda não possui o registro no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM/MG), conforme levantamento do órgão. Essa situação aponta para uma irregularidade na contratação por parte da equipe de intervenção da Prefeitura, visto que a legislação exige o cadastro no CRM/MG para empresas de gestão em saúde. O fato levanta sérios questionamentos sobre o cumprimento do Artigo 1º da Lei nº 6.839/80, sendo que a Defensoria Pública, na ACP, alega que isso tornaria o contrato nulo. O cenário sugere um aparente descompasso com a legalidade que contrasta com a promessa de ordem e rigor esperada de um processo de intervenção na saúde.

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    O resultado imediato de todo esse enredo, pode estar levando o Hospital de Cataguases a um vácuo assistencial. Na noite de ontem, quinta-feira (27), o Hospital chegou a operar em "fluxo alternativo", um eufemismo técnico para a ausência de médicos e o risco real de colapso. Nossa reportagem teve acesso a um e-mail do Diretor-Técnico, alertando as autoridades de saúde e ao Ministério Público sobre a falta de escala a partir das 19h, situação que foi contornada horas depois. Tal fato, confirma que a instabilidade que a Prefeitura alega combater foi, ironicamente, potencializada por suas próprias decisões administrativas.

    Defensoria Pública abre ACP por risco de colapso e pede anulação de contratos

    Em meio a todo esse imbróglio, a Defensoria Pública ajuizou, na tarde de ontem, uma Ação Civil Pública (ACP), contra o Hospital, a MAM, o Município de Cataguases e outros, colocando na berlinda a legalidade dos contratos questionados, cujo valor da causa para fins processuais atinge a cifra de mais de R$ 10 milhões.

    A petição inicial descreve um cenário de risco iminente de colapso assistencial e aponta graves irregularidades, como a alegação de nulidade dos contratos das duas empresas e a ausência de registro da MAM Soluções no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM/MG). Além da alegada inadimplência crônica no pagamento de plantonistas, a Defensoria cita o uso indevido de verbas públicas de emendas parlamentares e a falta de alvará sanitário vigente para o Hospital. A instituição busca, por meio do processo, que o Judiciário determine um Plano de Ação Estrutural para reestruturar a política pública de saúde e restabelecer a legalidade na gestão hospitalar. A intervenção, que começou como um ato político-administrativo, agora terá suas decisões escrutinadas em detalhes pelo rigor da Justiça. O Ministério Público também está tomando as devidas providências para reestabelecer a tranquilidade dos serviços.

    Nota da Prefeitura 

    Diante do cenário de crise, a Nota da Prefeitura, publicada na imprensa local, atribui aos médicos a criação de um "ambiente de instabilidade" devido às ameaças de paralisação e não atribui responsabilidades à empresa gestora. Essa posição, contudo, gera um forte contraste com a lógica dos fatos beirando ao surrealismo: os profissionais não ameaçaram paralisar por diletantismo, mas em resposta à falta de pagamento, que se configura como a falha principal da empresa contratada pela própria intervenção. O argumento inicial de que a intervenção se deu em razão da dívida de R$ 40 milhões enfrenta dificuldades de sustentação quando a gestão mantém um contrato que possui questionamentos de legalidade (como a falta de registro no CRM), há críticas sobre um aparente aumento nos gastos com a folha de pagamento e a gestão do Pronto Socorro, e ainda persiste uma falta de transparência detalhada sobre as ações realizadas ao longo dos 19 meses de intervenção. A narrativa oficial defendida pela prefeitura é contestada pela diretoria que administrava o hospital antes da intervenção, que apresenta números divergentes e questiona o momento político da medida, implementada em pleno período eleitoral.

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    Para a população, resta o questionamento e a expectativa de que os órgãos de fiscalização e defesa dos interesses públicos (como a Câmara Municipal, o Conselho Municipal de Saúde, o Ministério Público e a Defensoria Pública) consigam agir de forma eficaz para solucionar o problema. Os fatos demandam respostas urgentes, incluindo: Qual a razão para a Prefeitura manter um contrato que é alvo de questionamentos de legalidade por parte desses órgãos? Com a recorrência de atrasos de pagamento e o tratamento considerado inadequado aos médicos clínicos, a empresa terá capacidade de atrair e reter profissionais que aceitem trabalhar sob tamanha instabilidade? A grande interrogação que paira sobre a cidade não é mais se o Hospital estava em crise, mas sim qual é a real competência e critério da equipe de intervenção. Talvez o maior problema não seja apenas a crise, mas a insistência em afirmar que ela não existe. Enquanto a Prefeitura promete um "relatório completo" e o Prefeito reafirma o compromisso com a saúde, a população de Cataguases assiste a essa "novela" de desfecho incerto, com um Pronto Socorro operando na base do improviso e um quadro de profissionais esgotados e desconfiados. A população continua entrando pela porta do pronto-socorro em busca de algo mais simples e mais urgente: atendimento digno, transparente e minimamente organizado.

    Por Marcos Gama
    Jornalista responsável 
    pelo Portal Mídia Mineira - DRT: 002000/MG
    Graduado em Administração Pública pela UFJF

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    quinta-feira, 27 de novembro de 2025

    Energisa leva estreia do documentário ‘Ary’ em primeira mão para o público da Zona da Mata

    Filme sobre compositor mineiro será apresentado em Muriaé, Cataguases e Ubá a partir desta quinta-feira


    A Zona da Mata mineira se prepara para receber as exibições do documentário "Ary", produção que retrata a trajetória do compositor Ary Barroso. As sessões começam nesta quinta-feira, dia 27 de novembro, e seguem até o próximo domingo em três municípios da região.

    O filme já passou por importantes festivais de cinema do país, como o Festival do Rio 2025 e a Mostra Internacional de São Paulo. Agora, chega às cidades de Muriaé, Cataguases e Ubá, esta última berço do artista homenageado.

    Todas as exibições terão entrada gratuita. Em Cataguases e Muriaé, os ingressos serão distribuídos uma hora antes de cada sessão, por ordem de chegada. Já em Ubá, o público pode garantir sua vaga pela plataforma Sympla ou diretamente na bilheteria do Cine Ritz.

    O diretor André Weller e Márcio Barroso, neto do compositor, estarão presentes nas sessões para conversar com o público. A narração do documentário fica por conta de Lima Duarte, que conduz os espectadores pela história do criador de músicas marcantes como "Aquarela do Brasil", "No Rancho Fundo" e "Na Baixa do Sapateiro".


    A produção utiliza uma combinação de recursos audiovisuais para contar a história do artista. Dramatizações se misturam com fotografias e vídeos históricos, além de textos escritos pelo próprio Ary Barroso. O material inclui registros raramente vistos, vindos de acervos de instituições como Disney, Paramount e Museu da Imagem e do Som.

    No elenco, aparecem nomes conhecidos do público brasileiro: Dira Paes, Stepan Nercessian e Leo Jaime participam das dramatizações. A estrutura narrativa busca apresentar tanto a vida pessoal quanto a obra do compositor que levou a música brasileira para plateias internacionais.

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    A escolha das três cidades para receber as exibições tem motivação regional. Ubá é a cidade onde Ary Barroso nasceu, enquanto Cataguases e Muriaé são reconhecidas como centros culturais importantes na Zona da Mata. Algumas cenas do próprio documentário foram gravadas em Ubá e Muriaé.

    A exibição integra diferentes eventos culturais em cada município. Em Muriaé, a sessão faz parte da programação do Festival de Cinema local. Em Ubá, o documentário compõe o Festival Intersessões, que tradicionalmente valoriza produções com conexão à identidade regional.

    A iniciativa ocorre no contexto das comemorações de 120 anos do Grupo Energisa, que patrocina o projeto. A empresa já desenvolve outras ações culturais na região, como o Polo Audiovisual da Zona da Mata e a Fábrica do Futuro.

    Eduardo Mantovani, que ocupa a diretoria-presidência da Energisa Minas Rio, explica que a proposta é aproximar o público da história de um artista nascido na região. Segundo ele, o projeto usa a cultura como elemento de transformação nas comunidades atendidas pela empresa.

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    A programação começa em Muriaé, no Teatro Municipal Belmira Vilas Boas, às 19h desta quinta-feira. Na sexta-feira, dia 28, é a vez de Cataguases receber a exibição no Centro Cultural Humberto Mauro, também às 19h.

    Em Ubá, serão duas sessões: no sábado, dia 29, às 15h, e no domingo, dia 30, às 17h. Ambas acontecem no Cine Ritz, localizado na Avenida Raul Soares, 319, no Centro da cidade.

    Por Mídia Mineira.

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    segunda-feira, 24 de novembro de 2025

    Homem é preso suspeito de violência doméstica em Cataguases

    Suspeito descumpriu medidas protetivas, usou caminhonete para tentar atropelar ex-companheira, zombou em redes sociais e foi detido com drogas na cidade


    Um homem de 36 anos foi detido pela Polícia Civil em Cataguases acusado de uma série de agressões contra sua ex-companheira, de 35 anos. A prisão aconteceu após o indivíduo descumprir medidas protetivas e utilizar uma caminhonete para tentar atingir a mulher. No momento da captura, policiais encontraram com ele duas porções de cocaína.

    O caso começou a ser investigado depois que a vítima procurou a delegacia no dia 11 deste mês. Ela relatou ter sido ameaçada e teve bens danificados pelo ex-companheiro dias antes. A Justiça deferiu medidas protetivas de urgência, e o homem foi notificado oficialmente dois dias depois sobre as restrições impostas, que incluíam a proibição de qualquer tipo de aproximação.


    Contrariando as determinações judiciais, o investigado continuou perseguindo a mulher. No dia 15, ele teria usado o próprio veículo para tentar atropelá-la, colidindo contra o automóvel da vítima. Após o ataque, fugiu para Guarapari, no litoral capixaba.

    Da cidade litorânea, o homem passou a publicar mensagens em redes sociais nas quais ridicularizava a ex-companheira e fazia piadas sobre a situação. O comportamento demonstrava desprezo pelas consequências legais de seus atos.

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    A prisão ocorreu quando o suspeito voltou a Cataguases para buscar objetos pessoais e trocar de veículo. Policiais realizaram a abordagem e o encontraram carregando uma mala com roupas e as duas porções de entorpecente. A caminhonete usada no ataque foi apreendida como instrumento do crime.

    As investigações apontam que o homem responde por perseguição, ameaça, dano qualificado, descumprimento de medidas protetivas e tentativa de feminicídio. A delegacia segue apurando os fatos para conclusão do inquérito policial.

    O delegado responsável pelo caso destacou a gravidade das ações praticadas. Segundo ele, mesmo sabendo estar sob investigação e com restrições judiciais, o investigado manteve condutas que colocaram a vida da vítima em perigo. O uso das redes sociais para zombar da situação evidenciaria uma sensação equivocada de impunidade.

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    A Polícia Civil informou que o preso foi encaminhado ao sistema prisional. A investigação permanece em andamento para esclarecimento completo dos episódios de violência doméstica e familiar relatados pela vítima.

    Por Mídia Mineira.

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    Motorista é encontrado a 1 km de carro capotado na MG-133 e recusa teste do bafômetro

    Condutor de HR-V foi localizado desorientado após acidente



    Um acidente registrado na noite deste sábado (23) na MG-133 chamou a atenção das equipes de resgate pela situação inusitada. O Honda HR-V foi encontrado capotado no quilômetro 25 da rodovia, em Rio Novo, a cerca de 74 quilômetros de Cataguases, mas sem ninguém no interior do veículo.

    A Polícia Militar Rodoviária foi acionada por volta das 22h para atender a ocorrência. Quando os policiais chegaram ao local, o automóvel estava tombado sobre a pista, completamente vazio. A guarnição de Tabuleiro repassou a informação de que uma ambulância do SAMU havia sido despachada em direção a Rio Pomba.


    O mistério foi esclarecido no Hospital de Rio Pomba. Segundo o socorrista que atendeu a ocorrência, o motorista foi localizado aproximadamente um quilômetro distante do ponto onde o veículo capotou. Após ser encontrado, o homem ainda retornou até o carro acidentado para buscar seus objetos pessoais.

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    O condutor apresentava sinais de desorientação e não conseguiu descrever como o acidente aconteceu. A equipe médica que o examinou levantou a hipótese de hemorragia interna. Os profissionais de saúde também identificaram indícios de que o motorista poderia estar sob influência de álcool.

    Questionado sobre a ingestão de bebidas alcoólicas, o homem negou ter consumido qualquer tipo de bebida antes de dirigir. Ele se recusou a realizar o teste do etilômetro, conhecido popularmente como bafômetro, que poderia confirmar ou descartar a presença de álcool no organismo.

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    O veículo precisou ser removido da pista por representar risco para outros motoristas e por não haver ninguém no local para assumir a custódia do bem. As infrações de trânsito cabíveis foram registradas. A perícia técnica não compareceu ao lugar do acidente. O estado de saúde debilitado do condutor impediu que os policiais avaliassem suas condições psicomotoras no momento do atendimento.

    Por Mídia Mineira.

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    Motorista morre após capotamento na rodovia entre Cataguases e Santana de Cataguases

    Vítima de 53 anos foi encontrada sem vida ao lado do veículo na manhã de domingo

    Foto: Redes Sociais.

    O capotamento de um veículo na rodovia AMG-0515, no trecho que liga Cataguases a Santana de Cataguases, resultou em um óbito na manhã de domingo (23). A vítima, um homem de 53 anos, identificada apenas pelas iniciais "A.M.S.", que conduzia o automóvel, faleceu no local após o acidente, registrado às 10h25. O ocorrido demandou a presença de diversas equipes de emergência.

    A vítima dirigia um Fiat Uno de cor preta, registrado em Cataguases. Por motivos ainda desconhecidos, o automóvel perdeu o controle e capotou sobre a pista. Quando as primeiras equipes de socorro chegaram ao local, o condutor já estava caído nas proximidades do veículo.


    Os socorristas do SAMU que atenderam o chamado constataram que o homem não apresentava mais sinais vitais. O óbito foi confirmado ainda no local do acidente. A equipe médica não teve condições de realizar qualquer procedimento de reanimação.

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    A Polícia Militar isolou toda a área do acidente para garantir a segurança dos demais motoristas que trafegavam pela rodovia e para preservar possíveis vestígios que possam auxiliar na investigação. A perícia técnica da Polícia Civil foi acionada e compareceu ao local para realizar os procedimentos de praxe, incluindo a coleta de evidências e a documentação da cena.

    Após a conclusão dos trabalhos periciais e a liberação da área, o corpo da vítima foi removido por uma empresa funerária. O Fiat Uno, que estava com a documentação regularizada e licenciamento atualizado para 2025, foi entregue a uma testemunha que acompanhava a ocorrência.

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    As circunstâncias que levaram ao capotamento ainda serão apuradas pela Polícia Civil, que deve analisar as condições da pista, do veículo e outros fatores que possam ter contribuído para a tragédia.

    Por Mídia Mineira.

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    domingo, 23 de novembro de 2025

    Justiça nega pedido liminar de ex-provedor do Hospital de Cataguases contra intervenção municipal

    Advogado de defesa anuncia que irá recorrer à segunda instância


    A Justiça de Primeira Instância de Cataguases indeferiu o pedido de liminar em mandado de segurança impetrado pelo ex-provedor do Hospital de Cataguases, Ulisses Portela Neto, contra a intervenção municipal na instituição. A decisão, que mantém a medida administrativa, foi baseada na ausência de comprovação de ilegalidade manifesta nos atos do Prefeito Municipal.

    Na ação judicial, Ulisses Portela contestava os decretos municipais que decretaram e prorrogaram a intervenção na instituição hospitalar. O ex-provedor sustentava não haver calamidade financeira que justificasse a medida, além de apontar falta de transparência e suposta motivação político-eleitoral por trás da decisão administrativa. Ele solicitava a suspensão imediata da intervenção e seu retorno à gestão do hospital.


    A magistrada, Dra. Luciana de Oliveira Torres,  da 2° Vara Cível, responsável pelo caso fundamentou a negativa no fato de que os decretos municipais apresentam motivação formal adequada, descrevendo situação de risco à continuidade dos serviços hospitalares. Segundo a decisão, os atos administrativos justificam a intervenção como medida necessária para manter a assistência à saúde da população, gozando de presunção de legitimidade.

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    A decisão judicial ressaltou que grande parte das provas apresentadas pela defesa de Portela baseou-se em matérias jornalísticas, vídeos de redes sociais e manifestações de terceiros. Para a juíza, esses elementos não constituem prova pré-constituída idônea capaz de demonstrar ilegalidade manifesta ou desvio de finalidade por parte da administração municipal.

    Quanto à alegação de motivação político-eleitoral, o magistrado destacou que o desvio de finalidade é vício grave que não se presume, dependendo de demonstração clara e objetiva. A decisão também pontuou que a prorrogação da intervenção não pode ser considerada ilegal exclusivamente pelo fato de ter sido renovada, uma vez que se insere no poder-dever do município de fiscalizar serviços essenciais, especialmente tratando-se do único hospital da cidade.

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    A defesa de Ulisses Portela informou que irá recorrer da decisão para a segunda instância e, se necessário, levará o caso ao Superior Tribunal de Justiça. Enquanto isso, a intervenção municipal no Hospital de Cataguases segue mantida, garantindo, segundo o entendimento judicial, a continuidade da prestação de serviços de saúde à população.

    Por Mídia Mineira.

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    sábado, 22 de novembro de 2025

    A conta que não fecha: Cataguases e o decreto do contingenciamento tardio

    Após meses de ampliação de despesas que ultrapassaram R$ 4 milhões anuais, gestão municipal aciona freio de emergência com medidas drásticas de contingenciamento

    Foto: Rede Social (Instagram) / Reprodução.

    O calendário político tem dessas ironias. Em março, a Câmara Municipal de Cataguases aprovou uma sequência de projetos que elevaram significativamente os gastos públicos. Em novembro, o mesmo Executivo que patrocinou aquelas propostas assinou um decreto de contenção orçamentária com prazo de 90 dias. Entre uma data e outra, o que mudou não foram as circunstâncias econômicas do país ou do estado – foi, aparentemente, a percepção de que as contas municipais possuem limites.

    O Decreto nº 6.168/2025 do prefeito José Henriques, assinado em 19 de novembro, estabelece cortes no horário de funcionamento da administração pública, revisão de contratos e suspensão de novos afastamentos de servidores. As justificativas apresentadas pelo prefeito José Henriques mencionam déficit financeiro, gastos elevados com pessoal e a necessidade de promover eficiência na gestão. Argumentos razoáveis, não fossem as decisões tomadas pelo próprio governo nos meses anteriores.

    Basta revisar as matérias aprovadas pela Câmara em março (e são apenas algumas) para identificar um primeiro paradoxo. O Projeto de Lei Complementar 11/2025, que promoveu a reorganização da Secretaria Municipal da Fazenda, implicou impacto estimado de R$ 2 milhões por ano e recebeu aprovação unânime. Na mesma sessão ordinária de 24 de março, também foi aprovado o PL 16/2025, que direciona R$ 1,6 milhão anuais em subsídios ao transporte coletivo urbano — uma medida que avançou sem a apresentação de estudos técnicos detalhados que embasassem os valores propostos. Vale mencionar que as empresas responsáveis pelo serviço, assim como a Catrans, encontram-se sob investigação do Ministério Público em apurações relacionadas a possíveis irregularidades em licitação, ainda sem conclusão.

    O terceiro item daquela pauta polêmica merece atenção especial. O PL 19/2025 concedeu reajuste de 12,2% aos secretários municipais, elevando vencimentos de R$ 9.156,86 para R$ 10.273,99. O detalhe que não pode passar despercebido: a própria Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara emitiu parecer contrário por inconstitucionalidade. Mesmo assim, o projeto foi aprovado com apenas dois votos contrários. Nos bastidores, conforme apurado pelo portal de notícias Mídia Mineira, alguns secretários teriam pressionado pela aprovação.


    A linha do tempo dos gastos não se encerra em março. Entre as iniciativas aprovadas ao longo de 2025, consta a criação de uma nova Secretaria Municipal de Segurança, Prevenção, Mobilidade e Defesa Civil. Apenas com os vencimentos dos novos servidores, desconsiderando encargos e custos de estrutura, o impacto alcança R$ 96.300 mensais – ou R$ 1,155 milhão anualmente. Trata-se de uma expansão administrativa considerável em momento de alegada crise fiscal.

    A ampliação do quadro de cargos comissionados não ficou restrita à nova secretaria. O Projeto de Lei 002/2025 aumentou vagas efetivas na Prefeitura, com previsão de acréscimo de 4,5% nas despesas com pessoal para 2025 e 4,3% para 2026. O PL 010/2025 elevou salários de cargos de controle interno. Projetos 39 e 40 de 2025 modernizaram a EMATEC, empresa pública municipal, prevendo folha anual entre R$ 12 milhões e R$ 14 milhões quando plenamente estruturada.

    Os números consolidados no portal da transparência municipal revelam o tamanho do descompasso entre discurso e prática. Até novembro, o município gastou R$ 98,2 milhões com folha de pagamento. As despesas com viagens alcançaram R$ 1,7 milhão. Comunicação institucional consumiu R$ 219 mil pagos a quatro emissoras de rádio e um site local, além de R$ 690 mil em credenciamento para serviços de utilidade pública, para as mesmas emissoras de rádio. Carros de som custaram R$ 163 mil aos cofres públicos.

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    A área cultural apresenta números igualmente expressivos. Aproximadamente R$ 1 milhão foi destinado à contratação de artistas e bandas para eventos na cidade. Produtoras de eventos receberam R$ 491 mil. Locação de palco, gradil, energia, som e iluminação para eventos da Secretaria de Cultura ultrapassaram R$ 300 mil, segundo estimativas baseadas em informações fragmentadas no portal da transparência (o valor pode ser ainda maior), estima-se que já foram gastos com eventos somente em 2025, mais de R$ 2 milhões.

    O Plano Plurianual 2026-2029 projeta continuidade dessa trajetória de expansão. A Secretaria de Cultura registra crescimento de 42,5% nas despesas com realização de eventos entre 2026 e 2029. O Festival Modernista, sozinho, avança 31% no período, partindo de R$ 2,1 milhões para R$ 2,7 milhões anuais. A comunicação institucional apresenta elevação de 7,6%, enquanto a folha de Serviços Urbanos cresce 15,4%.

    Análise técnica do próprio PPA municipal identifica riscos fiscais evidentes. A rigidez da folha de pagamento, combinada com vinculações constitucionais obrigatórias em educação e saúde, reduz drasticamente a margem de manobra orçamentária. Simulações apontam que uma queda de apenas 5% nas transferências correntes (o que pode acontecer dependendo da política e conjultura do próximo ano) geraria impacto superior a três vezes todo o pool discricionário disponível – incluindo festival, eventos, comunicação e gabinete, deixando a prefeitra em "maus lençois".

    Em setembro, durante sessão na Câmara Municipal, a secretária de Cultura reconheceu que a Lei Municipal Ascânio Lopes, que determina destinação de 0,25% do orçamento para fomento cultural via editais públicos, não é cumprida desde 2014. Os recursos previstos foram redirecionados para eventos municipais. Enquanto isso, a gestão ampliou gastos com festividades, mas não aplicou mecanismos de transparência e democratização do acesso aos recursos culturais.

    A questão da transparência merece parágrafo próprio. Existe legislação municipal que obriga a publicação detalhada dos gastos com eventos no portal da transparência e no Jornal Cataguases dentro de 15 dias. Durante sessão ordinária, vereador alertou para o descumprimento dessa norma. A resposta da secretária de Cultura foi considerar suficiente a prestação de contas disponível no portal da transparência – ainda que as informações estejam fragmentadas e dificultem análise consolidada.

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    O decreto de contingenciamento surge, assim, como um reconhecimento indireto de que as decisões adotadas nos últimos meses contribuíram para um cenário de desequilíbrio fiscal. Medidas como a redução do horário de expediente, a revisão de contratos e a suspensão temporária de afastamentos de servidores têm caráter emergencial e atuam mais sobre os efeitos do que sobre as causas. A questão central é saber se haverá disposição para revisar escolhas estruturais que ampliaram despesas de forma permanente. Vale lembrar que o Tribunal de Contas do Estado já havia alertado a administração, ainda no final do primeiro mandato do prefeito José Henriques, sobre o fato de o município ter ingressado no grupo daqueles com elevado comprometimento das receitas correntes. À época, o índice de despesa corrente alcançava 89,17% em um período móvel de 12 meses, indicando forte pressão sobre as contas públicas. Ainda assim, a expansão das despesas prosseguiu, em parte para atender compromissos apresentados ao longo do ciclo político-eleitoral.

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    A situação evidencia um desafio recorrente na gestão pública brasileira: a falta de um planejamento fiscal consistente e de longo prazo. Observa-se a ampliação de despesas permanentes — como folha de pagamento, subsídios e estruturas administrativas — sem que haja, na mesma proporção, um crescimento sustentável das receitas. Além disso, percebe-se uma atuação legislativa pouco firme na fiscalização e no acompanhamento das ações do Executivo, o que reduz a eficácia do controle institucional. Quando o orçamento fica pressionado, os ajustes acabam incidindo sobre os investimentos e sobre a qualidade dos serviços oferecidos à população.

    O quadro se agrava quando se observa que o próprio Poder Legislativo também contribuiu para o desequilíbrio fiscal. Em outubro, a Câmara Municipal aprovou em apenas 19 minutos o Projeto de Lei Complementar 8/2025, criando novos cargos comissionados que elevam a folha de pagamento do Legislativo em mais de R$ 2 milhões anuais. A decisão, tomada contra 94,4% da opinião pública manifestada em consulta, somada aos gastos com reforma do imóvel onde funciona a Casa, reduz drasticamente a margem para que os vereadores devolvam recursos ao Executivo dos duodécimos recebidos durante o ano – prática comum em exercícios anteriores quando havia sobra orçamentária. Com Executivo e Legislativo ampliando simultaneamente suas estruturas de gasto, o contribuinte assiste à sincronização perfeita de dois Poderes na arte de gastar mais do que o orçamento comporta.

    O contribuinte de Cataguases fica refém desse ciclo vicioso. Pagou pela expansão do aparato público nos últimos meses e agora terá serviços públicos prestados em horário reduzido durante o período de contenção. É a população quem sofre as consequências da imprevisibilidade orçamentária e da falta de rigor na análise de impacto fiscal antes da aprovação de projetos que ampliam gastos.

    Resta saber se o decreto de 90 dias será suficiente para reequilibrar as contas ou se representará apenas mais um capítulo na gestão errática das finanças municipais. O PPA 2026-2029 já sinaliza continuidade da trajetória de crescimento de despesas. Sem mudanças estruturais nas escolhas orçamentárias, o próximo decreto de contenção pode estar apenas alguns meses à frente.

    A governança fiscal responsável exige coerência entre o que se aprova em março e o que se decreta em novembro, além de uma previsibilidade para quedas de receitas. Do contrário, a administração pública se transforma em exercício permanente de apagar incêndios que ela mesma acendeu. E quem paga essa conta, invariavelmente, é a sociedade que confia aos gestores públicos a tarefa de administrar recursos coletivos com responsabilidade e planejamento.

    Confira o decreto na íntegra clicando nas imagens abaixo para ampliar:



    Jornalista responsável 
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