Investigação da Polícia Civil aponta que ela demonstrava sinais de desespero financeiro, especialmente nos últimos meses que antecederam a tragédia
O delegado Conrado Rodrigues Guedes, responsável pelas investigações do caso de envenenamento em Cataguases, revelou à TV Integração novos detalhes sobre a motivação do crime que chocou a Zona da Mata mineira. Segundo o delegado, a mulher de 61 anos que morreu após servir feijão supostamente envenenado com chumbinho ao marido e ao enteado demonstrava forte resistência ao pagamento de pensão alimentícia.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Cataguases indicam que Maria Amélia Campos Gonzaga Altino (foto acima) manifestava inconformismo específico com o valor mensal destinado à mãe biológica da criança de 6 anos. O delegado Conrado explicou que esse descontentamento financeiro representava um ponto de tensão constante na dinâmica familiar.
De acordo com as apurações policiais, a questão da pensão alimentícia gerava conflitos recorrentes no relacionamento. A mulher questionava regularmente a necessidade desse pagamento, considerando que o valor comprometia significativamente o orçamento familiar. Essa situação de stress financeiro teria se intensificado nos últimos meses.
O delegado ressaltou que a investigação identificou um padrão de comportamento da suspeita relacionado às dificuldades econômicas enfrentadas pelo casal. A partir de meados de 2022, ela começou a buscar orientações jurídicas sobre possibilidades de redução ou extinção da obrigação alimentar, demonstrando crescente preocupação com a situação.
Durante a entrevista à TV Integração, o delegado Conrado detalhou que os problemas financeiros se agravaram progressivamente, criando um ambiente de tensão doméstica. A mulher expressava regularmente sua discordância com o comprometimento da renda familiar para o pagamento da pensão, chegando a questionar a legitimidade dessa obrigação.
As investigações revelaram que a suspeita demonstrava sinais de desespero financeiro, especialmente nos últimos meses que antecederam a tragédia. O delegado explicou que esse quadro de instabilidade econômica, combinado com o inconformismo em relação aos gastos com pensão, pode ter contribuído para a decisão extrema.
O caso permanece sob investigação da Delegacia de Cataguases, com a polícia aguardando os laudos periciais definitivos para confirmar a hipótese de envenenamento seguido de suicídio. Os exames toxicológicos e a análise dos materiais coletados na residência do casal serão fundamentais para o esclarecimento completo dos fatos.
O delegado Conrado informou que a linha investigativa principal continua sendo a de envenenamento intencional seguido de suicídio, mas outras possibilidades não foram descartadas completamente. A polícia trabalha com cautela para garantir que todos os aspectos do caso sejam devidamente apurados antes das conclusões finais.
O marido da suspeita, de 51 anos, e o menino de 6 anos permanecem internados. Segundo informações, o homem está estável e a criança ainda com maior gravidade. A criança foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Januário, em Ubá, onde recebe cuidados médicos especializados.
A comunidade de Cataguases acompanha com preocupação o desenrolar das investigações, enquanto aguarda a recuperação das duas vítimas que sobreviveram ao episódio. O caso gerou discussões sobre a importância do acompanhamento psicológico em situações de conflitos familiares envolvendo questões financeiras.
O delegado Conrado destacou que a investigação continua em andamento, com a polícia trabalhando para esclarecer todos os detalhes sobre as circunstâncias que levaram a essa tragédia familiar. Os laudos periciais serão determinantes para confirmar oficialmente as causas da morte e do envenenamento.
Por Mídia Mineira com informações da TV Integração.
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