Polícia Civil conclui investigação em tempo recorde após jovem de 20 anos denunciar abuso durante vistoria de imóvel
A Delegacia de Polícia Civil de Cataguases finalizou as investigações sobre um caso de importunação sexual que chocou a cidade. O episódio envolveu um proprietário de imóvel de 71 anos e uma jovem inquilina de 20 anos, ocorrido durante uma visita para possível locação no bairro Vila Minalda.
O crime aconteceu na primeira segunda-feira de junho, quando a vítima se dirigiu ao endereço para avaliar as condições da propriedade. Durante o tour pelo imóvel, o proprietário conduziu a interessada até uma área mais isolada da residência, momento em que perpetrou os atos de natureza sexual sem qualquer consentimento.
Segundo as informações levantadas pela investigação, a jovem foi submetida a toques inadequados e forçada a manter contato físico de caráter libidinoso. A situação somente cessou devido à reação de defesa da vítima, que conseguiu se afastar do agressor e abandonar o local imediatamente.
Orientada por seu companheiro, a vítima procurou as autoridades policiais para formalizar a denúncia. O delegado Conrado Guedes, responsável pelo caso, destacou a rapidez com que as investigações foram conduzidas, sendo concluídas em apenas quatro dias úteis.
Durante o processo investigativo, foram realizadas diversas diligências, incluindo depoimentos de testemunhas, análise de documentação médica e coleta de evidências que sustentaram a tipificação do delito. O trabalho minucioso da equipe policial resultou no indiciamento formal do suspeito.
O investigado foi enquadrado no artigo 215-A do Código Penal, que trata especificamente da importunação sexual. Conforme explicou o delegado, este tipo de crime se caracteriza pela prática de atos libidinosos sem consentimento da vítima, visando satisfação da lascívia do agressor, independentemente do uso de violência física ou ameaças.
A legislação brasileira estabelece pena de reclusão entre um e cinco anos para este delito. O delegado enfatizou que a tipificação não exige necessariamente o emprego de força ou intimidação, sendo suficiente a ausência de anuência da vítima para caracterizar o crime.
Todo o material investigativo foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, órgãos competentes para dar continuidade ao processo criminal. O acusado permanecerá em liberdade durante o desenrolar do processo judicial.
A celeridade demonstrada pela Polícia Civil na resolução do caso reflete o compromisso institucional com o combate aos crimes contra a dignidade sexual. O delegado Conrado Guedes ressaltou a importância da apuração célere e eficaz destes delitos, garantindo tanto a responsabilização dos autores quanto a proteção das vítimas.
O caso serve como alerta para situações similares que podem ocorrer durante negociações imobiliárias, evidenciando a necessidade de precauções por parte de potenciais inquilinos, especialmente quando se trata de visitas individuais a propriedades.
A comunidade de Cataguases aguarda agora os próximos desdobramentos judiciais do caso, que representa um marco na agilidade investigativa da região da Zona da Mata mineira no tratamento de crimes desta natureza.
Por Mídia Mineira.
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