O novo presidente do SINSERPU, Sindicato dos servidores das Prefeituras e Câmaras Municipais de Cataguases, Astolfo Dutra, Santana de Cataguases, Itamaratí de Minas, Dona Euzébia, Recreio e Ubá, Sr. Carlos Silvério da Silva Oliveira, conversou nesta sexta-feira (22), com o jornalista Rosário François Fusco, no Programa Mídia Mineira que vai ao ar pelas emissoras: Ativa FM (às 8 horas) e Cataguases AM (às 12 horas).
Segundo o novo presidente, seu objetivo será lutar pela valorização do funcionário público municipal, que tem descido em uma escala rápida de desvalorização. "O patrimônio da prefeitura é o funcionário, se ele estiver desvalorizado, desmotivado, não faz seu serviço com perfeição" disse.
Segundo Carlos, o Sindicato cuida dos interesses de aproximadamente 1900 servidores da prefeitura de Cataguases, 1500 da prefeitura de Ubá e também de servidores de outras cidades (Astolfo Dutra, Santana de Cataguases, Itamaratí de Minas, Dona Euzébia e Recreio), no entanto, o número de filiados ainda é pequeno e uma das metas do novo presidente, será visitar todos os servidores, de todas as prefeituras, para ouvir as reivindicações e tentar ampliar o número de filiados. Ele deixou claro que não é filiado a nenhum partido político e portanto, deverá lutar pelos interesses dos servidores sem partidarismo. "Eu costumo falar o seguinte: Se [o prefeito] está do lado do funcionário, eu estou do lado dele, se ele está contra os funcionários, eu estou contra ele", ressaltou.
Em relação ao atraso no pagamento dos servidores públicos municipais, o presidente deixou claro que já aconteceram atrasos nos outros municípios onde o sindicato atua, mas apenas em Cataguases esse atraso tem permanecido sistematicamente. Na visão dele, o juiz teria legalizado uma situação ilegal, ao assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permitiu ao prefeito o pagamento até o dia 11 de cada mês. "Eu penso que se a pessoa entrar com uma ação contra a prefeitura, documentado, mostrando que realmente este atraso trouxe prejuízo financeiro para ele, eu acredito que ele ganhe" afirmou.
Sobre o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica - PMAQ-AB/Municipal, que não está sendo pago aos agentes comunitários e reivindicado pelo vereador Michelângelo, Carlos Silvério disse que o problema está nas mãos do jurídico do sindicato e que, após a análise, o sindicato irá lutar para que a Lei seja cumprida, garantiu.
Outro problema enfrentado pelos servidores, seria a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI). De acordo com Carlos, para que a determinação seja cumprida, o servidor não pode aceitar trabalhar sem o equipamento. "Uma coisa que eu nunca entendi no serviço público é porque um funcionário de carreira, com estabilidade, faz coisa errada com medo do patrão ou gestor? Se ele tem todas as Leis que asseguram e amparam ele, porque ele vai ter medo? O gestor é obrigado a dar condições de trabalho. O encarregado só pode cobrar a capina se der a enxada, a bota e a luva, se não der condições, ele não tem como cobrar", destacou o presidente que trabalha de pedreiro da prefeitura há 10 anos e que apenas uma vez recebeu uma colher e uma desempenadeira, que fora isso, nunca teve nenhuma ferramenta oferecida pela prefeitura.
Confira a entrevista na íntegra abaixo:
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