A "Boca Maldita" de Cataguases, tradicional ponto de encontro para se comentar política e os principais assuntos do momento no alto calçadão de Cataguases, perdeu um pouco do encanto por não poder contar com um dos mais assíduos frequentadores, o Sr. Edgar Martins Pacheco, o popular Patachoca.
Edgar Patachoca, como era conhecido, faleceu aos 79 anos, na noite desta quinta-feira (27), em Cataguases. Era uma figura polêmica e pitoresca, nascido em 30 de outubro de 1936, foi pioneiro na transmissão sem fio e do radioamadorismo no município, na década de 60 montou um transmissor em um caixa de fósforos para irradiar jogos. Foi fundador da Rádio Cultura de Cataguases e do Informativo Regional Bairros de Cataguases, este último, com mais de 26 anos de circulação, era definido por ele como "um jornal a serviço do povão". Seu informativo, era aguardado por todos no início de cada mês, alimentando os assuntos da "Boca Maldita" onde a população recebia a opinião do autor com críticas e elogios a administração pública e aos personagens do Município. Qual político já não foi vítima das criticas ácidas do Patachoca? Os que não foram, não terão mais esse privilégio.
Na política, era atuante desde os 18 anos de idade, foi presidente da associação de moradores do bairro Dico Leite, candidato a vereador e embora não tenha sido eleito, influenciava em todos os pleitos com seu apoio ou rejeição. Polêmico e controverso, recebeu da Câmara Municipal de Cataguases, várias moções, de congratulações, aplausos e até de repúdio.
Patachoca deixa viúva a Sra Nilma Carvalho Ribeiro Pacheco, 11 filhos, 4 homens e 7 mulheres, mais de 20 netos e 2 bisnetos.
O sepultamento está marcado para as 17 horas no Cemitério São José em Cataguases.
Confira abaixo uma das poucas aparições em vídeo de Patachoca, na entrevista em 2013 para o Site Mídia Mineira, uma das primeiras realizadas por esse site, por ocasião de sua detenção após reclamar na Secretaria de Saúde.
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